A paz

Ella Dominici: Poema ‘A paz’

Ella Dominici
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Ela é nua da cor da luz

tem nuances em tons de Azuis

matizada em voláteis véus 

olorando o sentir dos céus 

A paz

Tem ternura dos olhos teus

tem sorrisos de mil bebês 

é cantada por rouxinóis

e embalada por roxos sóis 

Há paz

nos Jardins de lavandas pois

há esperanças de dois em dois

nas lagunas dos aimorés

e nas bacias de lava-pés 

Há paz

Na subida aos lares lívios

ouço os silvos de bem-te-vis

vis à vis un amour plus vif

nos prazeres sabor de aniz 

Há paz

cirandando nas entrelinhas

balançando crianças minhas

e as tuas e as de ninguém,

abraçando n’importa quem

A paz

Oh meu Deus nos ensine paz!

Ilumine em caminhos sãos 

pacifique os meus irmãos 

nas mãos da alma, nos dedos meus

Haja Deus haja paz de Deus 

Resplandeça  mais paz mais paz! 

paz aos homens de boa vontade 

Há paz

 na esperança de um ano bom

o vindouro será melhor

todos nós vamos dando laços 

em abraços não somos sós

no som, musicais notas vão.     

doar sintonia pólen nos ares

do fraterno em cada olhar

Invadindo todos lugares

sal dos mares, amor nos lares

e no céu muito mais cristais

e nos homens mais paz, mais paz,

e a paz

 não será um aquém fugaz 

Que o perene anunciado

seja Deus e Seu Filho amado 

ao seu lado e em Seu agrado

ao seu lado e mais integrado!!!

                             

Haja paz 

                       a sublime paz

Ella Dominici

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Anatomia das vivas ondas

Ella Dominici: Poema ‘Anatomia das vivas ondas’

Ella Dominici
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Anatomia de vivas ondas
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Anatomia das vivas ondas!

I-

De um exílio entre o mar e o céu

sendo o pisar em estrela, maré de areia,

do outro lado, ilha ensolarada em véus do nada

Nua como um dia que engatinha a vida

Entre o ser das rochas, alto e decidido

ao mínimo de mim, conceito dividido

no engolir dunas pela boca sedenta

Desolada figura, símbolo da existência

Revendo sempre como nascem vagas,

 crescem

 quase imortalizado o tempo nas alturas,

  arrebentam

renascem no ínfimo tamanho de uma bolha, alongada

desenhando um mapa em água

Nem mesmo em dor consigo compreendê-la, vaga

efêmera se desmancha como num parto de uma fêmea

minuciosamente diz num beijo um louco amor, alada

cavalga como uma amazona reclusa nas

 montanhas

na liberdade do levantar de saias por movidas brisas



Diálogo com ímpeto aquoso

II-

Traduza o sentimento do pavor, do ímpeto

do mar que movimenta forte e lento,

sem demonstrar o verdadeiro encanto

Traduza onda que canta no marulho

como criança antiga empertigada

  desesperando a noite que engasgada

fenece em teu abraço disfarçada

O que sei de mim se sou das águas

onda, corpo, sinuosamente escuma,

sendo enfim terra no indelével plano,

do exílio entre o mar e minha voz exígua ,

o que sei de mim, em terra de escolhas,

olhando a querer céu de Estrela Única.

Ella Dominici

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