AFLAS lança concurso literário de poesias

O I Concurso de Poesia da Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe foi lançado em homenagem à professora ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe

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A AFLAS – Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe lançou o I Concurso de Poesia em homenagem à Profª. Dra. ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe.

As avaliações dos poemas foram feitas às cegas, ou seja, seus avaliadores receberam os poemas, sem saberem os nomes dos autores para que a integridade do concurso fosse mantida, sendo eles: a Prof.ª Dr.ª Marleide Cunha; Prof.ª Dra. Advanuzia Santos; a Prof.ª Ma. Geovana de Oliveira Lima, e os acadêmicos da ASL – Academia Sergipana de Letras, Dr. Domingos Pascoal de Melo e Dr. Paulo Amado Oliveira.

Todos os participantes terão seus poemas publicados nesta coluna do Jornal Cultural Rol, que há 30 anos leva cultura para todo o mundo, e fará conhecer os talentos literários do pequeno grande Estado de Sergipe.

4º lugar

José Denivaldo dos Santos

José Denivaldo dos Santos
José Denivaldo dos Santos

Amor é?

Um infindável e constante rasgar-se.

E de incertezas sempre banquetear-se.

É pluma leve que aos ombros nos pesa.

Em noite escura é a chama de uma vela.

É colher em sonhos as mais lindas rosas.

É andar por nuvens alvas e formosas.

Mas também é viver em puro desalinho.

Às vezes até deitar-se sobre espinhos.

É esquecer-se um pouco de si mesmo.

É viver livre, é divagar sem medo.

É dizer “eu te amo” apenas num olhar.

É desnudar-se, é se revelar.

Ah, é achar-se às vezes, tão perdido!

É embrenhar-se no desconhecido.

É jogar-se às águas sem saber nadar.

É ruflar as asas sem saber voar.

Mas penso que o amor também seja isto!

Nada além deste eterno correr riscos.

Talvez seja por isso, que é tão fascinante.

Amar…

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Aos amados avós

Virgínia Assunção: Poema ‘Aos amados avós’

Foto da autora do poema, e colunista do jornal ROL, Virgínia Assunção
Virgínia Assunção

Nas profundas rugas dos sorrisos,

Nos sábios olhares cansados

No afago das mãos tão curtidas,

Existe ainda a beleza dos avós amados.

Nos braços deles encontramos

Um amparo cheio de afeto e carinho,

Tornam-se portos seguros em nossas vidas,

Uma luz a guiar nosso caminho.

Suas palavras sábias, carregadas de amor,

Acalmam nossos receios, medos e dores,

Nunca lhe faltam doces, beijos e afetos

Enchendo nosso mundo de diversas cores.

Ao chegar no crepúsculo de suas vidas

Relembram seus dias de mocidade e vigor,

Compartilham com os netos suas vivências

Nos enchendo mais ainda de amor.

Vocês são nossa riqueza, avós queridos!

Defensores da família, do amor e das tradições,

Alicerces de uma herança perpétua, bendita

Mesmo no ocaso da vida, viverão em nossos corações.

Virgínia Assunção

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A Justiça não é cega

Virgínia Assunção: Poema ‘A Justiça não é cega’

Virgínia Assunção

Nas grandes e pequenas cidades do país

Ecoa nas ruas a injustiça irracional

Esquecidas histórias com vidas silenciadas,

Essa gente suplica por igualdade social.

Calejadas mãos dos que trabalham sem parar

E poucos desfrutando de muito luxo e poder,

Suor confundido com lágrimas a transbordar

Na luta diária pelo pão para sobreviver.

Onde estão as vozes dos que prometem, falaciosos?

Não veem as feridas abertas, doloridas, sangrando?

É preciso quebrar, urgente, as amálgamas dos gananciosos.

Que tenhamos, conscientes, a obrigação e premissa

De fazer da poesia um instrumento de protesto

Abrindo os olhos do mundo para dantesca injustiça.

Virgínia Assunção

mavifeitosa@gmail.com

WhatsApp: 79/99159-9790

Instagram: http://@virginiaassuncao_

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A violinista

Virgínia Assunção: Poema ‘A violinista’

Virgínia Assunção

De olhos fechados e face ditosa

Na delicadeza daquele momento

Absorta, a violinista toca e levemente sorri

Entoa do seu instrumento as quatro notas

Sol..ré…lá…mi….

A linda dama ergue o seu arco

Friccionando as cordas do seu violino

Sua própria essência dedilha o aparelho

E sua doce sonata vai surgindo.

Em consonância com a sua alma

Mostra no semblante a harmonia

Do seu prazer constante e indelével

Ao tocar enternecida sua melodia.

E a música invade todo o ambiente

Flutuando num mover-se paulatino

Enquanto ela, em recôndito, guarda

O seu amor, nas quatro notas do seu violino.

Virgínia Assunção
mavifeitosa@gmail.com>

WhatsApp: 79/9159-9790

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Virgínia Assunção: 'Engano'

Virginia Assunção

Engano

Imagino que sou a mulher perfeita,

A mais querida e a mais amada

Imagino que por ti fui eleita,

Paro e vejo que não sou nada.

Sorrio contente e sempre feliz

Sem aos outros dar o que saber

Cuido das feridas, cautelosa…

Sem mostrar onde está a doer.

E agora, amor, que te encontrei

Guardo este amor e nada digo

Faço de conta que não sei o que sei!

Faço de conta que estou sempre contigo…

Neste instante, que te amo tanto…

Que deixaste minha alma dilacerada

Guardaste este silêncio, e eu, em pranto…

Paro e vejo que para ti, continuo sendo nada.

Virgínia Assunção

mavifeitosa@gmail.com




Virgínia Assunção: 'Pedaços'

Virginia Assunção

Pedaços

Não há como atravessar a vida

Sem deixar pedaços de nós na passagem.

É vital cuidar para que os pedaços

Não machuquem outros.

É preciso entender esse processo

Sem deixar que ele nos engula

Escondendo o nosso brilho

Evidenciando o lado obscuro,

Delatando o que nos faz sofrer.

Precisamos estar nutridos de amor

Para superar o mal de cada dia

Plenos da esperança,

Que nos faz resistir na caminhada.

 

Virgínia Assunção

 mavifeitosa@gmail.com

 




Virgínia Assunção: 'Feliz'

Virginia Assunção

Feliz

Feliz
É a alegria sem repouso,
Mesmo quando tristes,
O bom ânimo
Deve ser o pouso.
Cante alto, mesmo sem afinação,
Deixe Deus invadir o seu ser
Em cada canto do seu coração.
Dê risadas gostosas, juvenis.
Verá ao final de tudo,
Que é tão fácil ser feliz.

Virginia Assunção

mavifeitosa@gmail.com