Chovem lágrimas do céu

José Louro: Poema ‘Chovem lágrimas do céu’

José Louro
Chovem lágrimas do céu

Chovem lágrimas dos céus
para lavar o espírito maldito
Ao longe ecoam vozes de sofrimento
de quem sabe que o perigo está perto
de quem sabe que o futuro é incerto
de quem sabe que a beleza dos dias está ameaçada,
pelas almas negras que se alimentam da dor, do sofrimento,
quais sanguessugas que se alimentam do sangue.

Chovem lágrimas dos céus para apagar o fogo do ódio
Chovem lágrimas dos céus para que a paz possa reinar
Ao longe vê-se a floresta que outrora foi verde e de múltiplas cores
mas onde agora reina o negro da noite.

Na incerteza dos dias vive um raio de luz
que não desiste, que é fonte de vida,
que está lá para ti e que anseia a paz eterna.
Chovem lágrimas dos céus
e um raio de luz teima em brilhar
para que tu possas viver.

José Louro
18/04/2024

Contatos com o autor

Voltar

Facebook




Canto do passaredo

Ella Dominici: Poema ‘Canto do passaredo’

Ella Dominici
Ella Dominici
"Da floresta ou da janela ouvem-se vozes que ecoam fortes ou de levinho… são amigos belos passarinhos"
“Da floresta ou da janela ouvem-se vozes que ecoam fortes ou de levinho… são amigos belos passarinhos”
Microsoft Bing – Imagem criada pelo Designer

O que canta o canto
da Santa natureza
do observatório do nosso âmago
voam dúvidas ou certezas
marsupiais ou singelezas?

Da floresta ou da janela
ouvem-se vozes que ecoam fortes
ou de levinho…
são amigos belos passarinhos

São desilusões de pássaros em gritos
ou desavenças formosas dos conflitos
queixas dos mais desavisados
frustrações juvenis dos mais infantos

Mistérios do canto
tem nele acalanto e paz infinita
ou roubam o encanto e desdita
na drástica sinfonia
que os ouvidos ouvem
e instigados se comovem
tal violência e tempestade
do impetuoso Bethoven.

O que cantam os pássaros
perderam na dança da conquista
no amoroso amatório?
sentem-se fogosos no canto aleatório
em nossas intuições
ouvimos bloqueadas sensações
desejos e paixões dos passarinhos
dor de saudades, falta nos ninhos

Mas seria …
quando um pássaros canta
vivente nele a alegria de Mozart
conta a sua glória de existir
nas tempestades resistir?
chama a fêmea que lhe falta
no seu tilintar e olente elixir?

Quando um pássaro canta
seriam suaves preces
deixadas no oratório
dos pássaros celestes?
perpetua-se o canto da realeza
simples pássaros…
da Santa Natureza

Ella Dominici

Contatos com a autora

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




Cláudia Lundgren: 'Vozes'

Cláudia Lundgren

Vozes

Que vozes são essas
Que emanam de mim?
Volume estrondoso
Alarido sem fim
Transbordantes vozes
Bocas gritantes
Urgentes, veementes
Extravagantes
Espada cortante
Sem qualquer limite
A mente não pensa
Voz dinamite
E quando eu me calo:
– Enclausuradas vozes! –
Com verbos me entalo
Sem dó, vis, algozes.

 

Claudia Lundgren

tiaclaudia05@gmail.com