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Fundec abre ao público, no dia 04 de agosto, às 19h30, a exposição 'Cenários da Memória', do artista plástico sorocabano Santiago Ribeiro

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Natural de Sorocaba (SP), Santiago Ribeiro cria maquetes e cenários com diversos materiais. Desde os 6 anos de idade demonstrava interesse e uma forte paixão pela arte, influenciado diretamente pelo carnaval de sua cidade

 

Maquetes de patrimônios históricos de Sorocaba minuciosamente confeccionadas pelo artista plástico Santiago Ribeiro compõem a exposição Cenários da memória, que será aberta ao público nesta sexta-feira, às 19h30, na Fundec. A vernissage contará com palestra do historiador José Rubens Incao. A entrada é gratuita e a mostra poderá ser vista até 31 de agosto, de segunda a sexta, das 8h às 18h. A Fundec fica na rua Brigadeiro Tobias, 73.

Realizado com apoio da Lei de Incentivo à Cultura (Linc), no edital de 2016, a exposição traz dez miniaturas, ricas em detalhes, que reproduzem a arquitetura de imóveis históricos de Sorocaba, desde o casarão do fundador da cidade, Baltasar Fernandes, construído em 1654 e demolido em 1960, até o Mercado Municipal, inaugurado na década de 1930.

A mostra também traz miniaturas de imóveis que ainda preservam suas características originais, como o Casarão de Brigadeiro Tobias, a antiga Estação Ferroviária e o Mosteiro São Bento, e outras, demolidas ou já bastante modificadas, como a antiga Igreja de Santo Antônio (próxima ao Mercado Municipal, erguida no século 19 e demolida em 1950), o corredor comercial da Rua das Flores (atual rua Monsenhor João Soares) e o sobrado da Câmara Municipal e Cadeia (onde hoje se encontra a agência dos Correiros, na esquina das ruas Padre Luís e São Bento).

Santiago comenta que, além de despertar no público a curiosidade e nostalgia, o projeto visa estimular a reflexão para a importância da preservação dos patrimônios históricos locais que, segundo ele, também ajudam a construir a identidade cultural de uma comunidade. “O projeto levanta esse questionamento: até que ponto é válido o rolo compressor, que destrói a identidade arquitetônica e cultural, em nome do “progresso” e do “desenvolvimento”?”, indaga.

O artista plástico comenta que as esculturas, todas confeccionadas na escala de 1:100, começaram a ser desenvolvidas em dezembro do ano passado, com jornadas diárias entre 8 a 12 horas. Ele contou com a colaboração do ajudante Edneu Abud. “Minha matéria prima foi o papelão, mas também usei papel paraná e madeira balsa para dar acabamento e sucatas em geral, como embalagens de ovo e caixas de leite. A gente vai usando a criatividade e encontrando as soluções na hora”, complementa Santiago, que começou a se interessar pelas artes visuais aos seis anos de idade, assistindo aos desfiles de escola de samba de Sorocaba em sua época de ouro. Ao longo da carreira, com trabalhos de colagens e esculturas, fez das maquetes sua principal especialidade.

“Para mim, essa exposição representa o final de um ciclo, voltado a obras mais realistas.” Ao final da exposição, todas as maquetes serão doadas ao acervo da Biblioteca Infantil.

O artista detalha que a seleção dos dez cenários foi definida após uma profunda pesquisa, que contou com conversa com os historiadores José Rubens Incao, Gilberto Tenor, Adolfo Frioli e o arqueólogo Wanderson Esquerdo. Os detalhes e proporções foram rigorosamente observados e confirmados mediante consulta do acervo fotográfico da Biblioteca Infantil, que inclui fotografias com imagens do final do século 19 feitas por Júlio Dursk e Pedro Neves.

A exposição Cenários da memória fica em cartaz na Fundec até o final de agosto. Em seguida, a mostra ganhará itinerância pela Biblioteca Municipal (de 5 a 19 de setembro), Casarão de Brigadeiro Tobias (de 22 de setembro a 6 de outubro), e Biblioteca Aloísio de Almeida (10 a 24 de outubro). A abertura da mostra nesses espaços também contará com palestras de José Rubens Incao.

(Extraído na íntegra de: Exposição apresenta trabalho minucioso de Santiago Ribeiro. 02/08/17|Felipe Shikama – felipe.shikama@jcruzeiro.com.br)

 

O sorocabano Santiago Ribeiro

Natural de Sorocaba (SP), Santiago Ribeiro cria maquetes e cenários com diversos materiais. Desde os 6 anos de idade demonstrava interesse e uma forte paixão pela arte, influenciado diretamente pelo carnaval de sua cidade.

Com o passar do tempo foi-se aperfeiçoando e reinventando novas técnicas na concepção de sua arte, sinalizando um estilo próprio, uma marca pessoal, independente de qual seja o perfil da obra, seja barroco ou moderno, alegórico ou rústico, folclórico ou futurista.

Em meados dos anos 2000, inicia uma nova modalidade de arte: as colagens com papel. Os temas variam de acordo com a inspiração e o estilo clean destas colagens é uma de suas marcas mais marcantes.

A arte da literatura também entrou em sua vida, já no começo dos anos 90. Seu primeiro livro, ainda escrito à mão, foi um romance de terror, ‘A Casa Maldita’, de 1991. Desde então, nunca mais perdeu o vínculo e hoje possui em acervo com cerca de 27 livros, entre romances, crônicas, poesias, peças de teatro e contos.

Em seu currículo constam 21 exposições, entre coletivas e individuais, diversos prêmios na arte literária e um na área artística.

 

     

 

    

Sergio Diniz da Costa
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