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A 'Terra Rasgada' (Sorocaba) eterniza o Tropeirismo, reinaugurando o Museu do Tropeiro

“Temos um museu em formação, já com mais de 200 peças, uma biblioteca com perto de 100 livros sobre a  história de  Sorocaba e da região. Temos ainda centenas de fotos, vídeo e já alguns documentos.  Costumo dizer que o tropeiro é um personagem nacional, com grande destaque aqui em nossa região.”

 

O jornalista e historiador sorocabano Sérgio Coelho de Oliveira tem o Tropeirismo em seu DNA , uma vez que seu avô, assim como um número considerável de homens do século 18 e 19, “encaravam o desafio de conduzir comitivas de burros e mulas dos pampas gaúchos até as Minas Gerais.”

“Em meio a esse longo percurso, que levava vários meses, Sorocaba era passagem obrigatória, já que para atravessar o Rio Sorocaba sobre a ponte Francisco Delosso, eram recolhidos os impostos. Essa movimentação toda deu origem à Feira de Muares de Sorocaba, realizada entre 1750 e 1897, um grande atrativo para o comércio desses animais, que passaria a ser um dos principais vetores do desenvolvimento econômico da história de Sorocaba.

“Hoje, aos 79 anos de idade, Sérgio Coelho continua sua luta na defesa da preservação da memória do tropeirismo, na produção de pesquisas e na difusão do conhecimento.”

“Autor de livros sobre o ciclo tropeiro, que são referências para pesquisadores, Coelho também é presidente do Centro de Estudos Históricos Caminho das Tropas (Cehicat), que acaba de reinaugurar sua sede em novo endereço.”*

Segundo Sérgio Coelho, o Centro de Estudos Históricos Caminhos das Tropas, da qual é o presidente, é uma entidade civil sem fins lucrativos. Os seus recursos vêm de um grupo de amigos, que gosta de Sorocaba e do Tropeirismo.

A sua sede, atualmente, é na rua Tobias Barreto, 64, ali perto da Estamparia da Avenida São Paulo, onde  estão concentradas as atividades do Cehicat.

Trata-se de um museu em formação, já com mais de 200 peças, uma biblioteca com perto de 100 livros sobre a  história de  Sorocaba e da região, com centenas de fotos, vídeo e já alguns documentos.

Sérgio Coelho costuma dizer que o tropeiro é um personagem nacional, com grande destaque aqui em nossa região. E a proposta do Centro de Estudos Históricos é promover a pesquisa da vida tropeira e a propagação desse conhecimento.

As portas do museu estão abertas a quem queira participar desta luta. Todos são bem-vindos, tanto os que querem apenas estudar, como os que querem ajudar, doar peças etc. São bem-vindas, também, as pessoas que possam contribuir. Hoje a  entidade tem cerca de 20 associados, que contribuem de acordo com suas posses – uns dão R$ 20,00, e outros dão R$ 100,00, R$ 150,00 etc. A receita, atualmente, porém, dá somente para pagar o aluguel da casa-sede.

E é exatamente por falta de recursos que o museu ainda não conseguiu ter um horário regular de funcionamento. Todavia, são atendidas todas as pessoas interessadas em conhecer o Centro.

Diante dessa dificuldade, Sérgio coelho se pergunta: Por que todo esse trabalho? Toda essa luta? E ele mesmo responde: “Porque eu e meus companheiros classificamos o Tropeirismo como o fato histórico mais importante de Sorocaba.  E não conta com um tratamento à altura dessa importância. Quem também pensa assim e pode ajudar, que se junte a nós. Garanto que Sorocaba vai ganhar muito com isso.”

O museu, com a reinauguração, está, agora, dando início também a uma proposta antiga: um levantamento das famílias descendentes de tropeiros! Coelho diz, com um ar altaneiro: “Queremos ter essas famílias representadas em nossos arquivos, inclusive com direito a  fotos nas paredes. A minha família já está lá!’

Para os interessados em conhecer esse ‘espaço tropeiro’, há a necessidade de agendamento prévio, pelo e-mail cehicat@gmail.com. E, para quem quer obter mais mais informações, pelo site caminhodastropas.com.br ou pelo perfil do Cehicat no Facebook.

*  O texto inicial, entre aspas, foi transcrito da reportagem realizada em 30/12/2017 pelo repórter Felipe Shikama, do jornal Cruzeiro do Sul, sob o título: ‘Centro de Estudos Caminho das Tropas reinaugura sua sede em novo endereço’. E a foto acima, em destaque, é de autoria de Fábio Rogério.

Abaixo, algumas fotos das peças do museu (fornecidas por Sérgio Coelho):

  

      

  

  

 

 

Sergio Diniz da Costa
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