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Teatro Escola Mario Persico apresenta as peças 'Beijo no Asfalto' e 'Cordel do Chapeuzinho e o Lobo'

‘Beijo no Asfalto’ (29/09 – sábado – 21h00) ‘Cordel do Chapeuzinho e o Lobo’ (30/09 – domingo – 18h00)

BEIJO NO ASFALTO

Sábado – 21h00

Escrita em apenas 21 dias, a peça O Beijo no Asfalto foi inspirada na história de um repórter do jornal “O Globo”, Pereira Rego, que foi atropelado por um arrasta-sandália, espécie de ônibus antigo. No chão o velho jornalista percebeu que estava perto da morte e pediu um beijo a uma jovem que tentava socorrê-lo. Nelson Rodrigues mudou “um pouquinho” da história. Na trama do dramaturgo, o atropelado da Praça da Bandeira pede um beijo a Arandir, figura jovem e de coração puro e atormentado. Amado Ribeiro, repórter do jornal “Última Hora” retratado por Nelson no folhetim Asfalto Selvagem, presencia o beijo e, junto com o delegado corrupto Cunha, transforma a história do último desejo de um agonizante em manchete principal. O sensacionalismo da “Última Hora” muda completamente a história, retratando Arandir como um criminoso que empurrou o amante e depois o beijou. A vida do jovem se transforma num inferno e nem mesmo sua mulher acredita que ele é inocente. Por trás de uma história aparentemente simples, O Beijo no Asfalto discute questões fundamentais à condição humana. Nelson Rodrigues aproveitou o beijo espontâneo dado por Arandir, homem de coração puro, no atropelado, para fazer um libelo contra a falsidade, o juízo baseado na aparência e as convicções erradas de parte da sociedade.
A pior de todas as personagens é, sem dúvida, o repórter corrupto Amado Ribeiro, resumido por Nelson Rodrigues como um “cafajeste dionisíaco”. Cruel, maligno, inescrupuloso e sensacionalista, ele compensa seu vazio interior com abuso de poder. Compra provas, inventa testemunhas, se aproveita de situações e ingenuidades, planta informações, enfim, é uma escola sobre como o Jornalismo não deve ser exercido. Não deixa de ser mais uma personagem frustrada das tragédias rodrigueanas. Figura real, Amado Ribeiro esteve presente também no folhetim Asfalto Selvagem, e foi retratado desta mesma forma. Em vez de se incomodar, o colega do dramaturgo dizia sempre que era ainda muito pior. A peça tem um clima de pesadelo. Todas as pessoas que envolvem Arandir voltam-se contra ele depois da publicação da foto no jornal. Werneck, colega de escritório, lidera o coro dos detratores e começa a constranger Arandir no dia seguinte à manchete do Última Hora. Dona Judith, a datilógrafa, acha que um dia um homem parecido com o atropelado foi até o jornal e transforma sua dúvida em certeza absoluta. A posição da viúva é ainda pior: com medo de ver publicado no jornal o fato de ter um amante, testemunha contra Arandir. É justamente através de seu falso testemunho sobre a ligação dos dois homens que a polícia consegue a prova que necessitava para dar verossimilhança à farsa. O detetive Aruba representa o policial burro, que não consegue acertar uma única vez. E dona Matilde, vizinha, simboliza o coro dos fofoqueiros, típicas figuras que adoram bisbilhotar a tragédia alheia.. No meio de tanta gente cruel e preconceituosa, é inevitável que uma figura pura e espontânea como Arandir acabasse soterrado. Típica vítima inocente, ele beijou o atropelado para realizar seu último desejo. Arandir só aceitou dar o beijo no asfalto por generosidade e piedade. Não tinha nenhuma maldade impulsionando suas atitudes. Sua bondade, entretanto, não poderia ter futuro num ambiente dominado pela degradação moral e ética. Por isso acaba sozinho, sendo o único homem da terra a acreditar na verdade dos fatos. A surpresa é um elemento bastante explorado por Nelson Rodrigues em O Beijo no Asfalto. Além da paixão de duas irmãs pelo mesmo homem, tema sempre recorrente em sua obra, Nelson Rodrigues retratou mais uma vez a imprensa. Criticando o Jornalismo onde ele próprio se criou o autor pinta o retrato de uma imprensa sem um mínimo de qualidade e ética.

Ficha Técnica:

 Elenco:

Arandir:                          Wellington Firmino

Amado Ribeiro               Jefferson Pereira

Cunha                               Marcos Sanson

Detetive Aruba               Guilherme Lopes

Werneck                          Edgar Sewaibrick

Selminha                         Rai Queiros

Dália                                Amanda Faicar

Viúva                               Gabriele Clemente

Matilde                            Mara Solange

                                         Gabriele Clemente

                                         Lenice Gomes

                                         Selma Araujo

Aprígio                           Mario Persico

 

 

Direção                          Mario Persico

 

Serviço:

 

Espetáculo: O Beijo no Asfalto

Local: Teatro Escola Mario Persico

Endereço: Rua da Penha, 823

Data: 29/09/2018

Horários: 21h00

Ingressos: R$ 30,00 e R$ 15,00

Classificação: Indicada para maiores de 14 anos (temática adulta)

 

CORDEL DO CHAPEUZINHO E O LOBO

Domingo – (18h00)

Trabalhar o mito infantil de Chapeuzinho Vermelho dentro de uma concepção politicamente correta e com enfoque no meio ambiente e ecologia. A estória do Chapeuzinho Vermelho tem muitas versões. ”A imagem de uma menina “inocente” e encantadora sendo engolida por um lobo deixa uma marca indelével na mente.” A versão mais popular deste conto é a assinada pelos Irmãos Grimm, Chapeuzinho e a vovó voltam a viver e o lobo sai castigado exemplarmente. Perrault foi quem escreveu a primeira versão deste conto: ”Capinha Vermelha”. O especialista em contos infantis mais abalizado, Andrew Lang, opina que se todas as versões de Chapeuzinho Vermelho terminassem como a versão de Perrault terminou, seria melhor que as abandonássemos. Foi com os Irmãos Grimm que este conto teve a sua salvação e se transformou no conto de fadas mais divulgado dentre todos eles.

O espetáculo que parte do mito infantil de Chapeuzinho Vermelho trazendo a história para o agreste brasileiro numa alusão às histórias de cordel e inverte a polaridade tentando uma visão mais politicamente adequada aos novos tempos. O lobo está longe de ser o vilão absoluto. Na verdade é um velho que foge do zoológico para vir morrer em sua caatinga natal. O vilão aqui é o homem, mais especificamente na representação do caçador, aqui transformado em dois atrapalhados e divertidos clowns. O espetáculo embora infanto-juvenil em sua concepção acabou virando uma peça para todas as idades, pois tanto adultos quanto crianças acabam se divertindo com a história desse lobo velho que volta para sua catinga natal para morrer junto aos seus e acaba sendo ajudado pela menina Chapeuzinho Vermelho que o ajuda a se livrar dos terríveis caçadores que o perseguem.

Serviço:

Espetáculo: Cordel do Chapeuzinho e o Lobo

Local: Teatro Escola Mario Persico

Endereço: Rua da Penha, 823

Data: 30/09/2018

Horários: 18h00

Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00

Classificação: Livre (infanto-juvenil)

Observação: Pagam meia entrada, estudantes, Professores, Terceira Idade, e todos ingressos Antecipados ou Reservados

Atendimento: 30351566 de terça a sexta das13h00 as 18h00 e sábado das 09h00 as 15h00

Sergio Diniz da Costa
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