Novamente outono
Folhas ressequidas tremulando;
um ano se passou, novamente outono.
Os galhos ainda mais secos,
Solitários.
Imaginei durar poucos meses;
isolamento temporário.
Um tapete amarelo no chão,
tão frágil, se desfez com o vento.
Já não vejo a copa das árvores;
me falta o ar.
Foi-se o verde do parque;
oxigênio a minguar.
Novamente, o banco vazio.
Linguagem figurada, verdades metafóricas.
Distanciados em mais uma estação,
pandêmico cenário.
O céu azul ameniza a triste solidão
do distanciamento necessário.
Claudia Lundgren
tiaclaudia05@hotmail.com
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