Magia da noite
Cortina semiaberta, você surgiu das sombras;
te vi no escuro do cinema.
Em uma cadeira qualquer, olhei-te de relance;
sem interesse,
vieste e sentaste-te ao meu lado;
apaixonei-me por ti, assim o destino quis.
Teu discurso envolvente,
sorriso cálido e gestos naturais;
um olhar sincero,
envolvendo nossa madrugada,
tocou-me o ponto fraco,
nos meus lábios e nas loucuras.
Foi como um sonho!
Via teu rosto próximo ao meu,
meus braços loucos a te abraçar,
meu corpo e alma te querendo sem parar.
Fiquei vagueando no espaço,
o meu corpo em êxtase;
o teu corpo a roçar o meu;
nossos corpos num enlace total.
Ficarão as lembranças daquela noite guardadas na minha mente;
daquilo que me trouxeste,
sem me perguntar se eu queria.
Fiquei parada pensando:
‘Quanta ironia do destino,
cada um na sua casa…’.
Queria eu poder viajar no espaço,
voltar ao passado e viver este dia novamente.
Irene da Rocha
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