setembro 07, 2024
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Artigo Dolores Tucunduva: 'A felicidade para Aristóteles corresponde ao hábito'

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Maria Dolores Tucunduva: ‘A felicidade para Aristóteles corresponde ao hábito’

A felicidade para Aristóteles corresponde ao hábito continuado da prática da virtude e da prudência.

Por sua própria natureza os homens buscam o bem e a felicidade, mas esta busca só pode ser alcançada pela virtude.

A virtude é entendida como Aretê – excelência.

É somente através do nosso caráter que atingimos a excelência.

A boa conduta, a força do espírito, a força da vontade guiada pela razão nos leva à excelência. Dessa forma, a felicidade está ligada a uma sabedoria prática, a de saber fazer escolhas racionais na vida.

É feliz aquele que escolhe o que é mais adequado para si.

A razão é a faculdade que analisa, pondera, julga, discerne. Ela nos permite  distinguir o que é bom ou mau,  a distinguir os vícios das virtudes. Ela  nos permite fazer escolhas pertinentes para nossa felicidade.

Por exemplo, a temeridade é um vício por excesso, a covardia é um vício por falta; o meio termo é a coragem, que é uma virtude.

O orgulho é um vício por excesso,  a humildade um vício por falta; o meio termo é a veracidade, que também é uma virtude.

A inveja é um vício por excesso, a malevolência é um vício por falta; o meio termo é a justa indignação.

Para Aristóteles toda escolha exige uma mediania, um equilíbrio entre o excesso e a falta.

Na vida não podemos ser imprudentes e impulsivos se arriscando em situações perigosas.

Por outro lado,  também não podemos ser covardes e ter medo de tudo deixando que o medo nos domine. É necessário o meio termo entre esses dois sentimentos, devemos enfrentar os medos e perigos sabendo agir com bom senso.

O mesmo raciocínio serve para alimentação, não podemos comer muito para passar mal do estômago, assim como não podemos evitar comer, pois também vamos adoecer. Devemos comer com moderação.

Por esta ótica, também podemos pensar os sentimentos.

Na vida não podemos ser vaidosos preocupando-nos apenas com nossas qualidades, satisfazendo sempre o nosso ego.

Por outro lado, também não podemos ser muito modestos,  achando que somos inferiores.

É necessário auto-estima, sabendo reconhecer através da razão nossos defeitos e nossas qualidades.

Para Aristóteles, portanto,  devemos sempre escolher o meio termo, sendo moderados em tudo que fazemos na vida. Somente assim atingiremos o bem e a felicidade.

 

Aristóteles. Ética a Nicômaco. Edipro, São Paulo, 2007

Helio Rubens
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