Pietro Costa: Poema ‘Terra-floresta’
É preciso restituir os sonhos dos Yanomamis
Que a espada da justiça redima tanto sangue
E que o seu cântico volte a ser forte, vibrante
No ritmo do xamã, que cada alma se encante
Omissão de socorro na insegurança alimentar
Terras indígenas onde a lei é invadir, devastar
O Estado em xeque, situação para se lamentar
E tal selvajaria a humanidade precisa enfrentar
E no fogo da resistência o qual se alastra e vibra
Todo o garimpo ilegal e infâmia irão se dissolver
O mais tenebroso redemoinho não há de evolver
Essa nação dotada de esperança, tradição e fibra
Porque coexistir para a humanidade é preciso
E a sobrevivência do inteiro planeta, sob aviso
Na terra-floresta, viceja o irremediável refúgio
Prosperidade sem direitos, abjeto subterfúgio
Pietro Costa
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