Amor, como é bom amar!

Sandra Albuquerque: Poema ‘Amor, como é bom amar!’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
“… o amor traz vida, leveza e sorrisos”
Imagem gerada com IA do Bing ∙ 26 de novembro de 2024 às 3:46 PM

Amor meu
A melhor coisa que existe é amar, pois o amor traz vida, leveza e sorrisos.
Amar é descomplicar.
O amor sadio é verdadeiro e, apenas, soma.
Nele não há estresse e nem preconceitos e sim, simplicidade.
A veracidade toma conta do ambiente.
Tanto em dias chuvosos ou ensolarados, as emoções estão ali presentes.
Não há dúvidas e nem desconfianças.
Um vive para o outro.
O tempo passa sem ser notado.
O importante é estar perto, olho no olho e um nos braços do outro, sentindo o cheiro e a pele.
Poder acordar ao cântico dos pássaros, com os cabelos desalinhados sem make ou filtros e sim, com a realidade é uma das vantagens do amor da alma.
Quero estar com você sempre, até o fim dos meus dias, olhando o jardim, apreciando a horta e dormir ouvindo as águas do córrego entre as pedras e as folhagens.
Ver bem de perto as estrelas, as quatro fases da Lua e o pôr do Sol e sempre o novo amanhecer.
Portanto, me aguarde que estou chegando.
Vou subir a serra.

Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque

RJ, 25/11/2024 – 08:34 PM – Direitos Reservados à Autora

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Folheando o meu diário

Sandra Albuquerque: ‘Folheando o meu diário’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
Imagem gerada por IA do Bing –  20 de outubro de 2024 às 1:43 PM

Faço hoje, ao completar 66 anos, uma viagem no tempo. Voltei à infância e lembrei que fui criada na roça e era filha de avó.

O relevo era diferente de hoje:

As estradas eram de terra, havia muito verde, as cigarras faziam festa e pássaros de todas as cores.

As casas eram um pouco distantes uma das outras. Corria em volta da casa, enquanto passava as mãos nas flores; brincava com os capins de fazer colchões e a goiabeira era a minha visita predileta, apesar de ter mamoeiro, limoeiro, laranjeira, abacateiro, bananeira e mangueira.

Eu acordava com o canto do galo, o glu-glu-glu do Peru e corria para ver o pavão fazer pose.

Eu tinha um porquinho rosa, o Roque, que não gostava de lama, seu chiqueiro era de cimento e tomava banho com sabonete. Mas ficou tão gordo que meu avô teve que matar e eu não quis comer-lhe a carne.

Também tinha gatos e cachorros.

Eu adorava ver o pé de pimenta-do -reino subindo pelo abacateiro, deixando o tronco cheio de bolinhas verdes que ficavam vermelhas e no ponto da colheita ficavam pretinhas. E o pé de urucum, que lindo! E isto, sem falar no algodoeiro e na amoreira.

Eita vida boa, diferente de hoje! Não precisava de muito pra ser feliz.

O leite? De cabras e de vaca e eram entregues em garrafas de vidro. Da nata fazia a manteiga.

A coalhada e o queijo eram de primeira qualidade e era uma delícia comer com mel ou com doce de banana feito no tacho e na lenha.

Pão era o padeiro que entregava amigavelmente.

O fogão era à lenha, feito de tabatinga. Minha mãe-avó fazia um feijão como ninguém. As panelas que iam no fogão à lenha eram ariadas com sebo de boi e areia e ficavam um brilho.

A carne de porco era conservada depois de assada, dentro da lata de banha do próprio porco

A mesa era farta no café da manhã: macaxeira, batata doce, banana cozida ou um bom pedaço de angu, canjiquinha e era festa, com café coado no coador de pano. Pegávamos a caneca de ágata e soprava com cuidado pra não queimar a língua.

A escola se chamava Grupo Escolar e era tão longe que eu ia de kombi escolar. Os trabalhos de casa tinham que ser feitos antes do escurecer, pois a energia era solar e, à noite, acendíamos a lamparina. Geladeira era à querosene.

Sou de uma geração que brincava com as crianças da vizinhança: amarelinha, passa anel, escravos de Jó, bambolês, detetive, pique tá, pique ajuda, pique lata, pular corda etc.

Os meninos soltavam pipas, jogavam bolas de gude, lançavam ferraduras de cavalo longe, quedas de braços etc. Ainda tinha andar na corda bamba, balanços, queda de braço, queimada. Ah, que coisa boa!

Telefone eu nem conhecia. A gente tinha o prazer em escrever cartas e tinha até umas que a gente perfumava.

Era tudo diferente. Era tudo melhor do que hoje. Era o tempo de bênção pai, mãe, tio e avós.

As crianças entendiam, apenas pelo olhar.

Se eu pudesse voltar no tempo… Voltaria à minha infância.

Todas as tardes eu ia na lagoa. E ia ao mar de Saquarema. Adorava comer siri, caranguejo, camarão e peixe. Lagosta, somente conheci já adulta

Como todo mundo cresce, cheguei à fase do trabalho e dediquei-me 30 anos à Educação.

No começo era no interior mesmo e ia de bicicleta ou de carona no carro do leite.

A distância era cruel: 45 minutos a pé pra dar aulas e amava o que fazia.

Saí do interior para a cidade grande e vi outro público diferente. Não aquele que você passava e era bom dia! boa tarde! ou boa noite! E sim cada um por si e Deus que proteja a todos.

Nunca vou me esquecer do medo que senti em atravessar dentro de uma rural em cima de uma balsa de Niterói para a cidade do Rio de Janeiro…

Hoje eu poderia estar falando de outro tema. Mas eu não me envergonho de ter nascido pobre  e chegar onde cheguei e sei que o futuro ainda me reserva muito mais.

Agradeço aos meus avós e meus tios que, mesmo como pobres, me deram ensinamentos e nunca me deixaram faltar nada.

E enquanto isso, vou folheando o meu diário e acrescentando todos os dias, nas entrelinhas do tempo, o que se passa na minha história de vida: de uma menina do interior a uma Acadêmica Benemérita, Comendadora  e Embaixadora Guanabara Poetisa Sandra Albuquerque pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes – FEBACLA, além de Editora Setorial Social e colunista do Jornal Cultural ROL, com várias agremiações e coautora de várias antologias e pertencente a outras academias literárias que me dão muita honra por delas ser acadêmica: Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB e Academia de Letras, Ciências e Artes da Amazônia Brasileira – ALCAAB.


Sandra Albuquerque

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Reflexo meu

Sandra Albuquerque: Poema ‘Reflexo meu’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
Imagem gerada com IA do Bing - 10 de outubro de 2024 às 7:07 PM
Imagem gerada com IA do Bing – 10 de outubro de 2024 às 7:07 PM

O que vejo?
Reflexo meu no espelho
As marcas de toda uma vida
Sorrisos, lágrimas
Chegadas e partidas
Embutidas numa imensidão.
Encontrei pedras
E muitos rios
Pelo caminho
Em minha jornada
Até aqui.
Na vastidão de palavras
Não consigo decifrar
O relógio do tempo
Seria uma forma distante de me autopunir?

Poetisa Sandra Albuquerque

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O amor sem preconceito

Sandra Albuquerque: Poema ‘O amor sem preconceito’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
Imagem gerada com IA do Bing - 25 de setembro de 2024
 às 10:26 PM
Imagem gerada com IA do Bing – 25 de setembro de 2024
às 10:26 PM

O amor não tem cor
O amor não tem idade
O amor é sem razão
E traz felicidade .

O amor não é inerte
O amor é colorido
No amor não há transtornos
O amor não é doído.

O amor liberta a alma
O amor é até sem jeito
O amor só acontece
Quando não há preconceito.

O amor é como pluma
Leve brisa suave
Quando toca o coração.
A nossa alma invade.

Comendadora poetisa Sandra Albuquerque
Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2024.

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Primaveril

Sandra Albuquerque: Poema ‘Primaveril’

Sandra Albuquerque
Imagem gerada com a IA do Bing ∙ 21 de setembro de 2024 
às 8:34 AM
Gerado com IA ∙ 21 de setembro de 2024 às 8:34 AM

É manhã
Ainda sonhando com a noite enluarada
E o céu estrelado
Sinto os primeiros raios solares
Refletindo em meus lençóis.
E ouço os cânticos singelos dos pássaros
E o ciciar das cigarras.
Espreguiço-me lentamente
Enquanto da cama me levanto.
E sobre a camisola branca
Coloco o meu roupão de seda
Vou até a sacada.
Caminho até a varanda
Sento-me na espreguiçadeira.
Olho o céu azul,
E as ondas que batem nas pedras indefesas
misturando-se à areia suave e límpida.
A brisa que leve soa
Traz o aroma das flores
De todas as cores
Dos jardins dali:
Margaridas, girassóis
Sempre-vivas, rosas, acácias e camélias
Papoulas e ipês.
Que paisagem encantadora!
As folhas aplaudem
Os beija-flores
Enfeitam o ambiente
Em um tom primaveril .

Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque
Rio de Janeiro,19 de setembro de 2024

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O homem dos meus sonhos

Sandra Albuquerque: Poema ‘O homem dos meus sonhos’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
Imagem criada pela IA do Bing

Eu fico em frente a tela
Com lápis 6 B
Pra te desenhar

Procuro um rosto, um sorriso
Um corpo e uma pele
Pra o decifrar

Você é vivo em meus sonhos
E busco um meio
De eternizar.

Ai, como é difícil delinear alguém
Que só vejo
Em meu pensar.

Mas em meio
A tudo isto
Surge a inspiração

Eu crio
O modelo perfeito
E sorrio em meu peito
Imaginando você.

E quando termino
Para minha surpresa
Lá do outro lado da rua
Ao abrir as janelas
E as cortinas
O que vejo?
Você
Tal como desenhei.

Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque
Rio de Janeiro, 01/08/2024.

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Alma brasileira!

Sandra Albuquerque: Poema ‘Alma Brasileira!’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
Imagem criada pela IA do Bing – 02 de agosto de 2024, às 10:50 AM

Brasil!
Nação brasileira
Com seus encantos
Das belas praias, rios
Cachoeiras e mares
Que desaguam
Em peles bronzeadas
Morenas Mulatas
Pretas
Sim!
Pretas e por que não?
Sabemos que está terra é mestiça
Digna de aplausos e rimas
E ainda há néscios
Querendo contestar.
O lugar de alguém
Com a pele preta
Não merece um tronco
Com chibata e rancor
Mas sim, um pódio
Nos lugares mais altos
Que a sociedade já viu
E quem discorda
Não conhece a história
Do nosso Brasil.
É da baiana formosa
Do Nordestino que luta
Do Rio de Janeiro
A Terra da Preta Empoderada
Merece destaque
Em todas as partes
Em qualquer escalão.
O menosprezo é ódio
E quem sabe inveja
Da beleza da pele
Que eu aplaudo de pé.
Que o racismo acabe
Não me perdoe os insensíveis
Porque falo a verdade
Porque conheço a História.
E em toda a beleza
Que a natureza expõe
Se os senhores de engenho
Aqui voltassem
Talvez, jamais seriam patrões.
Porque aqui
A África existe
Bem dentro de nós
Pois somos mergulhados nela.
Somos guerreiros
E precisamos aceitar
Que a pele preta é um tesouro.
Não adianta menosprezar.

Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque
(Rio de Janeiro, 01/08 /2024)

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