A tarde agoniza, abrem-se as cortinas do crepúsculo, acende os olhos do ocaso na varanda do tempo.
Na penumbra do poente resvala a saudade. Saudades que pelas frestas da janela derramadas pela rua se vão.
Casa nua, deserta, e a janela na sua solidão, chora, na tarde desnudada e fria.
Deixe-me entrar… Sou os raios do sol que atravessam sua janela e te aquecem do frio.
Sou o amor tua canção, tua poesia, teus segredos, teus mistérios.
O sorriso que encanta a vida, o chão da sua sombra, os sonhos que se perderam no tempo, o sol vestido de rendas douradas na imensidão do céu. O sol da tua janela.
Diego Maluffe é estudante de violino desde 2015 e, a partir de 2018, também professor
Diego Maluffe é um ‘velho’ jovem conhecido do Jornal ROL. Em 2019, quando seu talento despontava, a primeira matéria (https://jornalrol.com.br/?p=24592).
Dessa época para os tempos atuais, novos caminhos foram se abrindo. Recentemente, foi aprovado no processo seletivo do conservatório de Tatuí e iniciará uma nova jornada de estudos no instrumento.
Em uma época preferencialmente denominada Reencontro do saber literário angolano para alguns críticos, muitas são as ações para se ter a bainha bem costurada e as alças das mangas a exibirem literatura em vez de lixeratura.
É assim que Associações literárias, Grupos organizados inbuidos do espírito literário e pessoas individuais enganam o tempo para vê-lo passar sem ser notado e deixar uma marca registada sobre a mão, a massa e o saber.
Mateus Pinto
Por ocasião do II Simpósio Nacional de Crítica Literária, a ser realizada na União dos Escritores Angolanos no dia 31 de Agosto de 2024
Le origini storiche dei cognomi nel quadro della evoluzione della lingua italiana
Cristina Mantovani:
‘As origens históricas dos sobrenomes no quadro da evolução da língua italiana’
Il cognome è la denominazione di una famiglia discendente dallo stesso ceppo, trasmessa di padre in figlio. La parola deriva dal latino cum nomine, cioè ‘unito al nome’, che è l’appellativo particolare di ogni individuo.
O sobrenome é a denominação de uma família descendente do mesmo tronco, transmitido de pai para filho. A palavra deriva do latim ‘cum nomine’, que significa ‘unido ao nome’, sendo o apelido particular de cada indivíduo.
Gli antichi Romani, alcuni secoli prima di Cristo, furono i primi ad affiancare al nome individuale (praenomen), corrispondente al nostro nome di battesimo, il nome della famiglia di origine (gens) e un cognome (“cognomen”) specifico della linea genealogica di appartenenza, cioè la paternità. Ad esempio, Marco Tullio Cicerone, Lucio Cornelio Silla, ecc. Con la fine dell’Impero Romano, questa usanza venne dimenticata e, all’inizio del Medioevo, nessun particolare appellativo distingueva una famiglia dall’altra.
Os antigos romanos, alguns séculos antes de Cristo, foram os primeiros a adicionar ao nome individual (‘praenomen’), correspondente ao nosso nome de batismo, o nome da família de origem (‘gens’) e um sobrenome (‘cognomen’) específico da linha genealógica de pertencimento, ou seja, a paternidade. Por exemplo, Marco Túlio Cícero, Lúcio Cornélio Sula, etc. Com o fim do Império Romano, esse costume foi esquecido e, no início da Idade Média, nenhum apelido específico distinguia uma família da outra.
L’uso del cognome affiancato al nome riprese intorno all’anno 1000 d.C., quando la nascita dei Comuni e lo sviluppo dei commerci introdussero la necessità di distinguere le persone con lo stesso nome. Tuttavia, l’uso del cognome si consolidò stabilmente e definitivamente solo nel periodo 1400-1500 d.C.
O uso do sobrenome acompanhado do nome ressurgiu por volta do ano 1000 d.C., quando com a criação dos Comuni e das atividades comerciais introduziram a necessidade de distinguir as pessoas com o mesmo nome. No entanto, o uso do sobrenome se consolidou de forma estável e definitiva apenas no período de 1400-1500 d.C.
Le origini etimologiche dei cognomi sono molteplici. Alcuni proprietari di feudi e territori adottarono come cognome il nome della città o del territorio di loro dominio. Altri presero il nome della città di provenienza della loro famiglia, o il luogo particolare di abitazione, come un quartiere o una frazione alle porte della città. Diventarono cognomi i nomi di castelli, chiese, monti, fiumi vicini all’abitazione della famiglia. Oppure, i nomi di alberi o boschi presenti nelle vicinanze e rilevanti nella storia familiare.
As origens etimológicas dos sobrenomes são múltiplas. Alguns proprietários de feudos e territórios adotaram como sobrenome o nome da cidade ou do território de seu domínio. Outros adotaram o nome da cidade de origem de sua família ou o local específico de residência, como um bairro ou uma vila às portas da cidade. Tornaram-se sobrenomes os nomes de castelos, igrejas, montanhas, rios próximos à residência da família. Ou então, os nomes de árvores ou bosques presentes nas proximidades e relevantes na história familiar.
Molti cognomi derivano da soprannomi basati su qualità fisiche, vizi o virtù, o su animali in qualche modo somiglianti alla persona. Altri cognomi di animali derivano dai disegni sullo scudo di un soldato o dalle insegne della lancia. Altri ancora furono suggeriti da armi, mobili, vestiti e utensili di vario tipo. Molto diffuso era l’uso di cognomi derivati da mestieri e professioni, così come dal nome del padre o di un antenato illustre. Anche l’unione di due o più parole, spesso soprannomi, diede origine a una grande varietà di cognomi. Altre volte, furono dati per cognomi soprannomi e aggettivazioni strane, immorali, vergognose o ridicole.
Muitos sobrenomes derivam de apelidos baseados em qualidades físicas, vícios ou virtudes, ou em animais de alguma forma semelhantes à pessoa. Outros sobrenomes de animais derivam dos desenhos no escudo de um soldado ou dos emblemas da lança. Outros ainda foram sugeridos por armas, móveis, roupas e utensílios de vários tipos. Era muito comum o uso de sobrenomes derivados de ofícios e profissões, bem como do nome do pai ou de um ancestral ilustre. Até mesmo a união de duas ou mais palavras, muitas vezes apelidos, deu origem a uma grande variedade de sobrenomes. Outras vezes, foram dados como sobrenomes apelidos e adjetivos estranhos, imorais, vergonhosos ou ridículos.
Nei testi antichi, il cognome era scritto e usato al singolare, oppure preceduto da particelle come ‘de’, ‘di’, ‘dei’, ‘degli’, ‘delle’. Con il passare del tempo, molti singolari diventarono plurali e molte particelle scomparvero. È importante precisare, inoltre, che spesso i cognomi nacquero autonomamente in varie località, anche se identici, e pertanto l’omonimia non significa appartenenza allo stesso ceppo.
Nos textos antigos, o sobrenome era escrito e usado no singular, ou precedido por partículas como ‘de’, ‘di’, ‘dei’, ‘degli’, ‘delle’. Com o passar do tempo, muitos singulares se tornaram plurais e muitas partículas desapareceram. É importante esclarecer, ainda, que muitas vezes os sobrenomes surgiram autonomamente em várias localidades, mesmo que idênticos, e, portanto, a homonímia não significa pertencimento ao mesmo tronco.
Infine, quasi tutte le parole, e quindi anche i cognomi, hanno subito modificazioni di scrittura e pronuncia nel corso dei secoli, a seguito delle trasformazioni della lingua di origine. L’italiano di oggi è il risultato della costante evoluzione del latino degli antichi Romani, quel popolo che, tra il V secolo a.C. e il III secolo d.C., conquistò buona parte del mondo allora conosciuto. Quando l’Impero Romano si disgregò, tra il IV e il V secolo d.C., anche la lingua si frammentò in diverse lingue locali, mentre il latino classico continuava solo nell’uso scritto. In Italia nacque così il ‘latino volgare’, che prendeva il nome da ‘vulgus’, cioè ‘popolo’.
Por fim, quase todas as palavras, e portanto também os sobrenomes, sofreram modificações de escrita e pronúncia ao longo dos séculos, em decorrência das transformações da língua de origem. O italiano de hoje é o resultado da constante evolução do latim dos antigos romanos, aquele povo que, entre o século V a.C. e o século III d.C., conquistou boa parte do mundo então conhecido. Quando o Império Romano se desintegrou, entre os séculos IV e V d.C., a língua também se fragmentou em várias línguas locais, enquanto o latim clássico continuava apenas no uso escrito. Na Itália, surgiu assim o ‘latim vulgar’, que derivava de ‘vulgus’, ou seja, ‘povo’.
Questo latino parlato subì nei secoli successivi continui e molteplici influssi, differenziati per zone geografiche, dalle lingue parlate dai popoli che a più riprese invasero ed attraversarono la penisola: nel Medioevo i Goti, Longobardi, Franchi e Arabi, successivamente Spagnoli, Austriaci e Francesi. Così ebbero origine e si svilupparono i numerosi dialetti regionali, tutti nati dal latino parlato e ciascuno frutto di diverse combinazioni linguistiche.
Esse latim falado sofreu nos séculos seguintes contínuos e múltiplos influxos, diferenciados por áreas geográficas, das línguas faladas pelos povos que repetidamente invadiram e atravessaram a península: na Idade Média, os godos, lombardos, francos e árabes; posteriormente, espanhóis, austríacos e franceses. Assim surgiram e se desenvolveram os numerosos dialetos regionais, todos originados do latim falado e cada um fruto de diferentes combinações linguísticas.
Dal 1300 in avanti, il ‘dialetto toscano’ iniziò ad affermarsi come lingua parlata superiore, grazie alla civiltà di cui la Toscana fu culla nel Rinascimento, producendo scrittori di altissima fama, come Dante Alighieri, Francesco Petrarca, Giovanni Boccaccio e Niccolò Machiavelli. Tuttavia, fu solo a partire dal 1700 che il toscano cominciò a diventare la vera e propria lingua italiana, strumento di comunicazione nelle università, sulla stampa e nella corrispondenza, mentre il latino rimaneva la lingua ufficiale della Chiesa. L’unificazione della lingua andò di pari passo con il processo di raggiungimento dell’unità nazionale (1860) e di consolidamento dell’indipendenza nazionale, fino a prevalere definitivamente sui dialetti locali grazie alla scolarizzazione della popolazione e all’influsso di giornali, radio e televisione.
A partir de 1300, o ‘dialeto toscano’ começou a se afirmar como língua falada superior, graças à civilização de que a Toscana foi berço no Renascimento, produzindo escritores de altíssima fama, como Dante Alighieri, Francesco Petrarca, Giovanni Boccaccio e Niccolò Machiavelli. No entanto, foi apenas a partir de 1700 que o toscano começou a se tornar a verdadeira língua italiana, instrumento de comunicação nas universidades, na imprensa e na correspondência, enquanto o latim permanecia a língua oficial da Igreja. A unificação da língua caminhou lado a lado com o processo de alcance da unidade nacional (1860) e de consolidação da independência nacional, até prevalecer definitivamente sobre os dialetos locais graças à escolarização da população e à influência dos jornais, rádio e televisão.
In conclusione, possiamo dire che la lingua italiana, nella sua lunga evoluzione, ha assimilato e trasformato molti altri idiomi, pur rimanendo sostanzialmente la lingua neolatina più vicina al latino antico, rispetto al francese, spagnolo e portoghese, che pure hanno evidenti radici latine. Tuttavia, non bisogna dimenticare che lo stesso latino antico affondava le sue radici nella più antica lingua delle popolazioni greche, che dominarono il Mar Mediterraneo fino al VII secolo a.C., solcando le sue acque fino allo Stretto di Gibilterra.
Em conclusão, podemos dizer que a língua italiana, em sua longa evolução, assimilou e transformou muitos outros idiomas, permanecendo substancialmente a língua neolatina mais próxima do latim antigo, em comparação com o francês, espanhol e português, que também têm evidentes raízes latinas. No entanto, não devemos esquecer que o próprio latim antigo tinha suas raízes na língua mais antiga das populações gregas, que dominaram o Mar Mediterrâneo até o século VII a.C., navegando suas águas até o Estreito de Gibraltar.
Per questo motivo, molte parole italiane moderne, così come numerosi antichi termini latini, hanno le loro radici nella lingua della civiltà greca. La grandezza dei filosofi greci e la raffinatezza della loro struttura sociale e culturale rappresentano una pietra miliare nella storia dell’umanità, una luce che ancora oggi è in grado di illuminare gli uomini e di guidarli verso nuove scoperte.
Por este motivo, muitas palavras italianas modernas, assim como numerosos termos latinos antigos, têm suas raízes na língua da civilização grega. A grandeza dos filósofos gregos e a sofisticação de sua estrutura social e cultural representam um marco na história da humanidade, uma luz que ainda hoje é capaz de iluminar os homens e de guiá-los para novas descobertas.
Cistina Mantovani é correspondente do Jornal Cultural ROL pela cidade de Siena (Itália)
De onde vem essa força Que a tudo transforma E semeia? Essa luz que transpassa os olhos, Expande, transborda E derrama pelo chão!?
De onde verte essa emoção Feita água em cachoeira, Borbulhante e ligeira, Molhando as palmas das mãos? Essa ânsia de agir feito criança, Correr descalça na chuva E dormir por entre as nuvens?
De onde brota tantas palavras Carregadas de saudade, Se encadeando em frases, Se transformando em poesia… Esse avesso da alma, Que se entrega à fantasia?
De onde nasce essa coragem, Que já foi medo um dia, Mas hoje quer ser o mundo… Segundos de abstração, Que faz da gente um corcel?
De onde surge esse céu Que abre caminhos por dentro, Emerge como nascente, Trazendo à tona lembranças Esquecidas para sempre… Mas somente enquanto O ‘sempre’ Não nos devore loucamente!
A festa de aniversário de um dos velhos amigos foi um evento e tanto para uma velha confraria de adolescentes que estavam já em meia idade, mas que ainda tinham força para desafiar os desejos do tempo perante seus problemas físicos e mentais.
Um dos amigos reclamava de fortes dores nas costas causadas por hérnia de disco, o que o levava para muitas horas na academia e, depois, o deixava exaustado para trabalhar em seu escritório de advocacia, que contava com um bom número de clientes.
Outro amigo, que era bancário, havia perdido a mãe fazia algumas semanas, mas era um dos mais animados para aquela sessão de ficarem relembrando de tempos passados, quando se perdiam em noites afins na antiga danceteria da cidade. Sofria com alguns problemas crônicos de saúde , como uma tosse crônica, por ter praticamente ter fumado tudo quanto foi marca de cigarro barata na juventude. “Era o que dava para comprar na época”… dizia, com certo sarcasmo.
Já o outro sofria com uma ansiedade, que tinha que ser controlada com fortes medicamentos ‘tarja preta’, mas que não impedia de tomar suas cachacinhas, sempre que podia ficar longe dos olhares atentos, tanto de sua mãe, como de seus alunos do Ensino Médio.
Esses eram os principais membros desse doce ‘(re)encontro’, que muito provavelmente teria as mesmas conjecturas comportamentais desde a última vez que tiveram juntos.
Não haveria uma nova história para se narrar, tampouco uma nova história em ser contada, que viesse angariar algum frisson notório…
Mas o que realmente importava é que os três velhos amigos da adolescência estavam ali para curtir, dentro do possível, velhas afinidades que tinham sido meio que apagadas com o tempo e o ritmo frenético de suas vidas empregatícias.
Mas dessa vez, a festa de aniversário tinha como foco principal um estranho sistema de diversão, onde boa parte dos convidados havia trazido jogos, que assim viesse a manipular por algumas horas uma realidade que não fosse a melhor para todos, era ao menos louvável de esperança para muitos de seus convidados.
E assim, quando todos chegaram a casa, que ainda estava em construção, com alguns alicerces a mostra, se passaram um bocado de momentos se entorpecendo de Coca-Cola e carne assada, para depois armarem sua mesa board games, para assim darem inicio a uma jogatina que praticamente não teria horário para acabar.
Um dos amigos, (o mais introspectivo de todos e todas), quanto a se deixar seduzir pelo vício, estava de certa forma ficando entediado, em somente ouvir a respeito de campeonatos de jogos de mesa, pelas quais não fazia a menor questão de participar, pois tinha outros anseios em sua mente, como em terminar os artigos que escrevia para diferentes meios de comunicação.
Até que, entre tantas pessoas, com as quais tinha pouca afinidade, começou a conversar com uma das convidadas, esposa de um dos amigos, do seu amigo aniversariante.
Ai sim, esse ‘camaleão’ no meio do senso-comum do divertimento se sentiu valorizado, pois começaram a discutir ideias acerca de neurociências, pedagogias e metodologias a serem desenvolvidas dentro da sala e aula.
Ela também era professora.
Foi um bate-papo e tanto, e o ‘(re)encontro’ dos amigos se tornou um afluente colcha de diálogos que estava sendo disseminada em polivalentes naipes, de que não adianta em determinados momentos continuar insistindo em comiserar atitudes mentais que venham a transpor hábitos tecnicistas, que enquanto muitos querem a multidão para exaustão, muitos querem a solidão para sua reflexão.
A conversa em certo momento estava fazendo com que o ‘senso comum’, de algumas pessoas ficasse mais apurado, e enquanto aconteciam rodadas e mais rodas das mais variadas tipologias de board games, os dois novos conhecidos continuavam alegremente a troca mútua de informações.
Para esse amigo, depois dessa conversa, é que a festa tinha de fato começado, imiscuindo novas maneiras em como ‘ser uma dialética ambulante’ em poder ensinar, como aprender, não ficar unicamente somente à mercê de um ‘mundo de fantasia’, que estava contra sua lógica filosófica, em tentar encontrar alguém que pudesse discutir acerca tanto de ‘quibe a sutiã’.
Antes de se iniciar esse diálogo ficava de minuto a minuto olhando o celular, e seu relógio de pulso, almejando descobrir ou criar alguma desculpa para ir embora.
Não que se sentisse excluído, mas se sentia ‘um peixe fora d’água’ em meio a uma bagatela de assuntos, que sabia que assim que deixasse aquele recinto de pessoas queridas não lhe serviria, provavelmente, mais para nada.
Depois desse diálogo intelectualizado, de tanto insistirem aceitou jogar um pouco mesmo que bem a contragosto, e, de certa forma, acabou por se alegrar um pouco naqueles momentos derradeiros do ‘(re)encontro dos velhos amigos’.
Refletindo depois que foi embora da festa, ‘ele’ bem sabia que teria que se esforçar e muito para não viver só de saudade, encarcerado psicologicamente em um tempo que já tinha se ido embora. Ou aceitar os ritmos de estar só, ou adentrar em um mundo comportamental que abominava intrepidamente?
Bem sabia que tudo o que tinha lido e escrito, teria que em muitos momentos ficar só para si mesmo e não compartilhar, para não ‘ser taxado de lunático ou doido’.
Mas aquele ‘(re)encontro’, no final das contas foi bacana, serviu para aguçar um pouco sua saúde mental, e para colher novos fronts intelectuais, de um estrutura social de se reaver perante o universo social que estava inserido.
Sim! O amigo professor, era diferente das outras pessoas, e como castigo por sua escolha profissional, sabia que não adiantaria ficar insistindo em explicar quais eram seus prazeres e hobbies.
Poucos entenderiam, e também estava sujeito a sofrer um pragmático julgamento, (como ocorreu nos tempos em era mocinho) de esquisito e estranho.
No caminho de volta a casa, em meio à fria e leve garoa, ficou pensando consigo mesmo… – Haverá novos ‘(re)encontros’, assim como novas pessoas a dialogarem com o ‘nerd aqui‘, assim como também haverá a repetição das mesmas conversas pelas quais evito constantemente participar…
Respirou fundo e concluiu o raciocínio…
– Assim é a vida de quem pensa, ‘fora da casinha’... demonstrando um leve sorrisinho de ironia.
– Termina praticamente refém do seu próprio conhecimento.