Tomás Eugénio Tomás: ‘Trocaram o kota pelo lambeta’
Logo da seção O Leitor ParticipaImagem criada por IA do Bing – 10 de agosto e 2025, às 13:05 PM
Lá pelos tempos de 78, tinha um Kota que tava firme com a sua dama. Jovens, com futuro, cheios de vontade. O Kota fazia de tudo para sustentar a banda. Não tinha vivenda grande, mas bué de comida na mesa, escola para pequenos, e aquele carinho de pai presente.
Mas mano… bastou o lambeta entrar para ver que a vida virou outra. Cesta básica já não batia. O arroz virou farinha, a carne virou peixe seco (quando muito). Os putos que estavam gordinhos começaram a emagrecer, tipo estavam a fazer jejum à força.
A casa virou bangla: sumiço de mochila, Playstation estragado, brigas, desavença, bandidagem interna. Já nem dava pa’ deixar chinelo fora que alguém levava.
Aí é que bateu a real: o Kota que a gente trocou, afinal, segurava a casa com suor e verdade. E esse novo? Só prometia, mas de promessa a barriga não enche.
Moral do mambo?
Nem todo brilho é ouro. E às vezes, ao trocar o certo pelo duvidoso, a banda toda é que paga.
Tomás Eugénio Tomás, licenciado em Ensino da Língua Portuguesa, é professor, escritor, director artístico, editor e CEO do projecto Ensinar e Aprender.
Escritor das obras ‘A Regra do Jogo’, ‘As crónicas também falam’, ‘Colecção Feminina’, ‘Esperança’ e ‘Kampôdia’.
Lina Veira: ‘Família tradicional e sua ocupação atual’
Lina VeiraImagem do Canva, com texto de Lina Veira
A palestra era sobre o modelo mais tradicional da família.
‘Família’, independentemente de seu modelo ou formação, é um núcleo social de pessoas unidas por laços afetivos, que geralmente compartilham o mesmo espaço, baseada no amor e no respeito, na ordem e progresso, elementos essenciais para o desenvolvimento pessoal e interpessoal, aplicado às interações e comunicações entre as pessoas.
No Antigo Testamento encontramos muito bem escrito no livro do EXÔDO, que faz referência à vida em família. “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolongue teus dias” (Ex 20,12), esse era um mandamento recebido pelo povo como compromisso, para que todos tivessem respeito e fossem acolhidos. Era proclamado como sinal de sabedoria e cuidado de vida. Somente o respeito mútuo ente pai, mãe e filhos produz bons frutos: vida longa, alegria, atenção, sabedoria. No Brasil, a ‘família tradicional brasileira’ é um conceito que se refere a um modelo familiar que, historicamente, é composto por um pai, uma mãe e filhos, com o pai como provedor e chefe da família. No entanto, este modelo tem se transformado significativamente nas últimas décadas, com o aumento de outros arranjos familiares e a reconfiguração dos papéis dentro da família, deixando de ser a maioria nas pesquisas das últimas décadas, ocupando 49%, e demais formações a outra metade.
Todos os estudos que envolvem relações humanas e seu comportamento mostram que o amor é a força que une e ajuda a superar conflitos impulsionando o desenvolvimento de todos, e que no caso dos filhos e filhas numa família, estes precisam viver neste lar colaborando. Muitas têm sido as transformações culturais e sociais, que tem nos deixado um novo formato e tipos de famílias, se desprendendo da origem biológica e passando a valorizar muito mais a realidade afetiva.
Independente da sua formação familiar, monoparental – quando a mulher tem um filho de forma independente, ou contemporânea – onde a mulher passa a ser o chefe da casa, comunitária – composta por avós, pais, filhos, tios e primos na mesma casa, ou arco-íris – constituída por um casal homossexual. A maior ocupação de uma família é equilibrar o trabalho e vida familiar, valorizando os laços e a união, além de reconhecer os desafios enfrentados na atualidade. Família dá trabalho e tem tarefa de casa todos os dias, é um exercício de vida e não se define pela casa bonita, carro ou conta bancária. Mas por aceitar e compreender o outro, por ensinar que o amor é o fundamento principal.
– Entenderam como é importante a gente conversar sobre ‘ser’ ou ‘construir uma família’? Só ela tem na pintura, a tinta que respinga para a vida inteira na nossa vida.
– Fecho os olhos e vejo as pessoas à mesa do almoço, sentadas na sala com suas roupas novas, suas perspectivas ao fundo do quadro na parede, um cenário guardado dentro dos meus olhos e do coração, para eu contemplar mais uma vez, recortar e guardar cada resenha e cor.
Ali na rodovia do horizonte da vida, eu precisei lembrar de mim, da saudade que acalma e sangra meu coração, entender a tradução de muitos silêncios e continuar.
Resenha do livro ‘O jardim onde morrem as flores e nascem os segredos’, de Stefany Borba
O jardim onde morrem as flores e nascem os segredos
RESENHA
Um livro extraordinário, capaz de prender o leitor do início ao fim.
A trama é meticulosamente elaborada, com cada detalhe, por mais sutil que pareça, se encaixando perfeitamente à medida que a história avança.
O enredo é repleto de surpresas, e as pontas aparentemente soltas fazem total sentido no desfecho.
Uma obra envolvente e fascinante.
Simplesmente amei!
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SINOPSE
Após o funeral de sua avó, Maria Isabel se vê atormentada por uma pergunta que sempre lhe rondou a mente, mas para a qual jamais encontrou resposta: Por que uma mulher que amava tanto as flores nunca cuidou do próprio jardim?
Enquanto observa as últimas rosas compradas por Maria Antônia sobre a mesa da cozinha, Bel não imagina que o jardim descuidado da avó, tomado por plantas mortas e ervas daninhas, esconde um segredo terrível.
Quando o solo é escavado, surgem os ossos das vítimas de um serial killer dos anos 80, conhecido como o Assassino das Bonecas, desenterrando um passado sombrio.
Dias após a missa do sétimo dia de Maria Antônia, na pacata Itapetininga, em São Paulo, crimes semelhantes aos de décadas atrás voltam a assombrar a cidade, e, ao que tudo indica, o novo assassino é alguém muito próximo de Bel.
SOBRE A AUTORA E SUA OBRA
Stefany Neves de Borba é uma escritora iniciante e leitora veterana, natural de São Paulo, com 30 anos de idade.
Além de autora, ela também atua como designer editorial, profissão que exerce desde 2013, após se formar em Produção Editorial.
Para Stefany, a literatura e a arte são essenciais, funcionando como seu “oxigênio na terra”.
Sua obra de estreia, “Um Jardim onde morrem as flores e nascem segredos”, é um romance policial Young Adult que explora as complexas relações familiares e sociais.
A trama, protagonizada por três mulheres de gerações distintas, propõe um diálogo sobre as dinâmicas de poder, as relações abusivas e os papéis sociais impostos, especialmente no que se refere às sutis, mas ainda perceptíveis, desigualdades de gênero.
O enredo surgiu a partir de conversas com mulheres de sua família, que viveram em diferentes épocas e enfrentaram as dificuldades de ser mulher em um mundo em constante transformação.
A partir dessas histórias, Stefany buscou refletir sobre os desafios de suas antepassadas, ressoando questões que continuam a ser relevantes no cenário atual.
Diamantino BártoloA ordem. Valor da cidadania Imagem criada pela IA do Bing
O mundo, as nações, as comunidades, as famílias e os indivíduos, na sua esmagadora maioria, defendem, entre outros, os valores da: Ordem, Progresso e Paz –. Abordarei neste trabalho, independentemente dos meios para os alcançar, sendo certo que, se quanto aos conceitos poderão existir diferenças mínimas, outro tanto não acontece quanto aos meios para atingir os fins, havendo, em circunstâncias excecionais, necessidade de recorrer à guerra para se alcançar a paz e, com esta, a Ordem e o progresso.
Em boa hora, e sob a clarividência de cidadãos sábios, o Brasil escolheu dois daqueles valores para o seu lema nacional – Ordem e Progresso: «ORDEM E PROGRESSO é a simplificação de um lema positivista daquela ocasião, atribuído ao filósofo Augusto Conti, que dizia: «O Amor por princípio, a Ordem por base e o progresso por fim». Conta-nos a história que Benjamim Constant foi quem sugeriu este lema a Raimundo Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil, um dos seguidores de Conti, e que foi o responsável pela ideia da nova Bandeira do Brasil. Com ele colaboraram o Dr. Miguel Lemos e o professor Manuel Pereira Reis, catedrático de astronomia da Escola Politécnica. O desenho foi executado pelo pintor Décio Vilares.» (GOVERNO PROVISÓRIO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, Decreto nº 4, de 19 de novembro de 1889).
A cidadania passa, obrigatoriamente e em primeiríssima prioridade, por aqueles valores, sem a satisfação dos quais, todos os outros ficarão comprometidos e, dificilmente, serão alcançados. A defesa intransigente daqueles valores deve ser uma preocupação de todos os cidadãos, não apenas dos brasileiros.
A Ordem implica disciplina, respeito, hierarquia e segurança, a começar no próprio indivíduo, nas famílias e nas comunidades locais, nacionais e internacionais. De facto, é preciso ser-se extremamente disciplinado, no sentido de acatar, cumprir, e até, fazer cumprir, as normas jurídicas, sociais, religiosas, políticas e tantas outras que a sociedade impõe, desde logo: para uniformização de comportamentos; disciplina no relacionamento com os outros; no acesso a inúmeros bens e serviços; no desempenho profissional; na consideração devida a colegas e dirigentes.
Disciplina, também, no pensamento, para que, no auge das emoções, os juízos, as decisões e atitudes possam ser racionalmente ponderados e manifestados, respetivamente. Ordem, portanto, no relacionamento com os cidadãos, com as instituições, com a comunidade, no sentido do tratamento igual, determinado por critérios previamente estabelecidos, e assentes na convivialidade assertiva.
Obedecer à Ordem estabelecida, legítima e legalmente, entendida como um conjunto de normativos, que garante a segurança coletiva e individual, física e jurídica, privada ou pública, é um dever cívico e reflete o respeito pela autoridade instituída. É num ambiente de Ordem, disciplina e respeito que se pode avançar para o progresso, a todos os níveis, discricionariamente, o primeiro dos quais, o progresso material dos indivíduos, das famílias, das instituições e da sociedade. A atitude ordeira, enquanto característica essencial da pessoa civilizada, que facilita a resolução de problemas, poderá ser um primeiro contributo positivo.
A Ordem é muito mais respeitada, e praticada, numa comunidade livre e responsável, do que numa outra sujeita à ditadura político-repressiva. A liberdade é, portanto, a condição privilegiada da Ordem, nesta se inserindo toda a atividade humana, que visa o progresso em todos os domínios, incluindo a própria civilização.
Liberdade de expressão, de crítica, de ensinar e aprender, de fazer opções em diversas circunstâncias da vida, tudo isto, no respeito pela Ordem democrática Liberdade enquanto pressuposto da Ordem, esta como sustentação do Progresso e da Paz. O regime político-democrático, sendo frágil será, porventura, o grande promotor da Ordem, em liberdade responsável.
A Ordem, enquanto sinónimo de disciplina, respeito, segurança e hierarquia tornar-se-ia em obrigação, tendencialmente, ditatorial, se não fosse acompanhada de progresso, no sentido do desenvolvimento da pessoa humana, e da sua condição de vida.
Bibliografia
GOVERNO PROVISÓRIO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, (1889). (DECRETO nº 4 de 19 de novembro de 1889, (Símbolos Nacionais: Bandeira). Sala das Sessões. (Teve modificações pela Lei nº 5.443, de 28 de maio de 1968, depois foi regulamentada pela Lei 5700 de 1º de setembro de 1971, capítulo III secção I, que sofreu alterações pela Lei 8421 de 11 de Maio de 1992. Também encontramos a regulamentação no decreto 70.274 de 9 de março de 1972).
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
Dorilda AlmeidaPai, uma figura amorosa e protetora Imagem criada pela IA do Bing – 02 de agosto de 2024, às 13:48 PM
Ah! Como é bom Ter um pai! Os pulmões enchem de ar O peito quer se arrebentar Só de pensar em meu pai. Meu coração enche de paz! Meu pai Não deu brinquedos do mundo Mas deu colo e amor profundo Liberdade me ensinou a conquistar Amoroso ele era Feliz com a vida e com a família Amor era o que mais sentia Por isso tudo fazia na vida Era só alegria
Como é bom ter um pai Para ensinar a andar A falar e a amar!
Resenha do livro ‘A influência oculta da família. Criando filhos para o futuro’, de José Carlos Bertan, pela Editora Uiclap.
Capa do livro ‘A influência oculta da família – Criando filhos para o futuro’, de José Carlos Bertan
RESENHA
Este livro fala sobre a influência dos pais no nosso subconsciente, dos traumas, e tudo que sentimos desde nossa concepção até a vida adulta.
Uma visão psicoterapêutica sobre a paternidade, a maternidade e o papel dos filhos, pela vida inteira.
José Carlos nos leva a pensar em uma pergunta que vai muito além destas questões que assolam a alma humana há séculos: “Quem sou? Onde estou? Para onde vou?’
A pergunta que não cala neste livro é: “Como sou?’.
Um livro super interessante, que certamente irá te levar a uma autoanálise.
Leia!!!
Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube
SINOPSE
Neste livro revelador, o autor mergulha profundamente na influência da família, muitas vezes considerada apenas pela ótica do que é bom.
Em uma análise baseada nas experiências de centenas de atendimentos REAIS, expõe como as experiências negativas, ou ‘traumas’, desde a concepção, moldam nosso comportamento ao longo da vida.
Desvenda a base inconsciente de emoções, sentimentos e sensações e nos guia através do intricado labirinto dos traumas familiares.
‘A Influência Oculta da Família’ não apenas aponta os desafios, mas oferece uma visão clara para a superação, e desafia a visão tradicional da normalidade, revelando que muitas disfunções e traumas são baseadas em comportamentos considerados comuns.
Este livro é uma chamada para a conscientização, um convite para entendermos o impacto profundo da família em nossas vidas.
Ao divulgar conhecimentos há muito ocultos, ‘A Influência Oculta da Família’ não é apenas um livro, é uma ferramenta poderosa para pais, educadores e todos que desejam criar um futuro mais consciente e equilibrado.
Prepare-se para uma jornada transformadora. Este livro não apenas abre os olhos, mas também oferece uma visão clara e compassiva para a criação de filhos preparados para enfrentar os desafios do futuro.
SOBRE A OBRA
No seu dia a dia como psicólogo, José Carlos observou, depois de centenas e centenas de atendimentos , ao longo 12 anos tratando pessoas com problemas emocionais, vindos sempre do mesmo lugar, da família e da infância.
A inspiração maior são as repetições que ocorrem em familias diferentes e sempre seguindo os mesmos padrões.
José Carlos constatou que, embora vindos de famílias diferentes, de certa forma somos todos iguais.
E que todas as pessoas têm o direito de poderem se proteger dos próprios inconscientes, e realinharem suas vidas, assumindo o controle.
Este livro vem como um grito de alerta e um ‘manual do ser humano’ onde é possível encontrar coerência em fatos da nossa vida que pareciam totalmente sem nexo.
Algumas coisas que pareciam ‘maldições’ passam a fazer sentido!
É um livro provocativo.
José Carlos o convida a pensar, observar sua vida e tudo a sua volta.
O autor não quer que acreditem no que ele escreveu.
Ele quer que você mergulhe no seu inconsciente e descubra por si só, que as coisas que ele diz estão na sua vida também.
Um livro que nos leva a autoanálise.
Uma leitura que o leva a profundas e significativas reflexões de ‘ Como sou?’
SOBRE O AUTOR
José Carlos Bertan tem 58 anos, é casado e pai de quatro filhos.
Psicanalista, Master Practitioner em EFT, Practitioner em PNL, Constelador Familiar Sistêmico, Treinador Comportamental, Criador de Treinamentos Comportamentais como: Balance in Company, Derrubando Muralhas e Programa Saúde Consciência.
Idealizador do Método S. E. R. – Systemic Emotional Release, Criador do curso de Formação Terapêutica em Psicanálise Sistêmica Integrativa – PSI, Estudioso e entusiasta do comportamento humano nos últimos 17 anos.
Terapeuta Clínico há 13 anos, nos quais , observando diariamente seus pacientes, decide escrever este ‘Manual do ser humano’.