O mundo, as nações, as comunidades, as famílias e os indivíduos, na sua esmagadora maioria, defendem, entre outros, os valores da: Ordem, Progresso e Paz –. Abordarei neste trabalho, independentemente dos meios para os alcançar, sendo certo que, se quanto aos conceitos poderão existir diferenças mínimas, outro tanto não acontece quanto aos meios para atingir os fins, havendo, em circunstâncias excecionais, necessidade de recorrer à guerra para se alcançar a paz e, com esta, a Ordem e o progresso.
Em boa hora, e sob a clarividência de cidadãos sábios, o Brasil escolheu dois daqueles valores para o seu lema nacional – Ordem e Progresso: «ORDEM E PROGRESSO é a simplificação de um lema positivista daquela ocasião, atribuído ao filósofo Augusto Conti, que dizia: «O Amor por princípio, a Ordem por base e o progresso por fim». Conta-nos a história que Benjamim Constant foi quem sugeriu este lema a Raimundo Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil, um dos seguidores de Conti, e que foi o responsável pela ideia da nova Bandeira do Brasil. Com ele colaboraram o Dr. Miguel Lemos e o professor Manuel Pereira Reis, catedrático de astronomia da Escola Politécnica. O desenho foi executado pelo pintor Décio Vilares.» (GOVERNO PROVISÓRIO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, Decreto nº 4, de 19 de novembro de 1889).
A cidadania passa, obrigatoriamente e em primeiríssima prioridade, por aqueles valores, sem a satisfação dos quais, todos os outros ficarão comprometidos e, dificilmente, serão alcançados. A defesa intransigente daqueles valores deve ser uma preocupação de todos os cidadãos, não apenas dos brasileiros.
A Ordem implica disciplina, respeito, hierarquia e segurança, a começar no próprio indivíduo, nas famílias e nas comunidades locais, nacionais e internacionais. De facto, é preciso ser-se extremamente disciplinado, no sentido de acatar, cumprir, e até, fazer cumprir, as normas jurídicas, sociais, religiosas, políticas e tantas outras que a sociedade impõe, desde logo: para uniformização de comportamentos; disciplina no relacionamento com os outros; no acesso a inúmeros bens e serviços; no desempenho profissional; na consideração devida a colegas e dirigentes.
Disciplina, também, no pensamento, para que, no auge das emoções, os juízos, as decisões e atitudes possam ser racionalmente ponderados e manifestados, respetivamente. Ordem, portanto, no relacionamento com os cidadãos, com as instituições, com a comunidade, no sentido do tratamento igual, determinado por critérios previamente estabelecidos, e assentes na convivialidade assertiva.
Obedecer à Ordem estabelecida, legítima e legalmente, entendida como um conjunto de normativos, que garante a segurança coletiva e individual, física e jurídica, privada ou pública, é um dever cívico e reflete o respeito pela autoridade instituída. É num ambiente de Ordem, disciplina e respeito que se pode avançar para o progresso, a todos os níveis, discricionariamente, o primeiro dos quais, o progresso material dos indivíduos, das famílias, das instituições e da sociedade. A atitude ordeira, enquanto característica essencial da pessoa civilizada, que facilita a resolução de problemas, poderá ser um primeiro contributo positivo.
A Ordem é muito mais respeitada, e praticada, numa comunidade livre e responsável, do que numa outra sujeita à ditadura político-repressiva. A liberdade é, portanto, a condição privilegiada da Ordem, nesta se inserindo toda a atividade humana, que visa o progresso em todos os domínios, incluindo a própria civilização.
Liberdade de expressão, de crítica, de ensinar e aprender, de fazer opções em diversas circunstâncias da vida, tudo isto, no respeito pela Ordem democrática Liberdade enquanto pressuposto da Ordem, esta como sustentação do Progresso e da Paz. O regime político-democrático, sendo frágil será, porventura, o grande promotor da Ordem, em liberdade responsável.
A Ordem, enquanto sinónimo de disciplina, respeito, segurança e hierarquia tornar-se-ia em obrigação, tendencialmente, ditatorial, se não fosse acompanhada de progresso, no sentido do desenvolvimento da pessoa humana, e da sua condição de vida.
Bibliografia
GOVERNO PROVISÓRIO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, (1889). (DECRETO nº 4 de 19 de novembro de 1889, (Símbolos Nacionais: Bandeira). Sala das Sessões. (Teve modificações pela Lei nº 5.443, de 28 de maio de 1968, depois foi regulamentada pela Lei 5700 de 1º de setembro de 1971, capítulo III secção I, que sofreu alterações pela Lei 8421 de 11 de Maio de 1992. Também encontramos a regulamentação no decreto 70.274 de 9 de março de 1972).
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
Ah! Como é bom Ter um pai! Os pulmões enchem de ar O peito quer se arrebentar Só de pensar em meu pai. Meu coração enche de paz! Meu pai Não deu brinquedos do mundo Mas deu colo e amor profundo Liberdade me ensinou a conquistar Amoroso ele era Feliz com a vida e com a família Amor era o que mais sentia Por isso tudo fazia na vida Era só alegria
Como é bom ter um pai Para ensinar a andar A falar e a amar!
Resenha do livro ‘A influência oculta da família. Criando filhos para o futuro’, de José Carlos Bertan, pela Editora Uiclap.
RESENHA
Este livro fala sobre a influência dos pais no nosso subconsciente, dos traumas, e tudo que sentimos desde nossa concepção até a vida adulta.
Uma visão psicoterapêutica sobre a paternidade, a maternidade e o papel dos filhos, pela vida inteira.
José Carlos nos leva a pensar em uma pergunta que vai muito além destas questões que assolam a alma humana há séculos: “Quem sou? Onde estou? Para onde vou?’
A pergunta que não cala neste livro é: “Como sou?’.
Um livro super interessante, que certamente irá te levar a uma autoanálise.
Leia!!!
Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube
SINOPSE
Neste livro revelador, o autor mergulha profundamente na influência da família, muitas vezes considerada apenas pela ótica do que é bom.
Em uma análise baseada nas experiências de centenas de atendimentos REAIS, expõe como as experiências negativas, ou ‘traumas’, desde a concepção, moldam nosso comportamento ao longo da vida.
Desvenda a base inconsciente de emoções, sentimentos e sensações e nos guia através do intricado labirinto dos traumas familiares.
‘A Influência Oculta da Família’ não apenas aponta os desafios, mas oferece uma visão clara para a superação, e desafia a visão tradicional da normalidade, revelando que muitas disfunções e traumas são baseadas em comportamentos considerados comuns.
Este livro é uma chamada para a conscientização, um convite para entendermos o impacto profundo da família em nossas vidas.
Ao divulgar conhecimentos há muito ocultos, ‘A Influência Oculta da Família’ não é apenas um livro, é uma ferramenta poderosa para pais, educadores e todos que desejam criar um futuro mais consciente e equilibrado.
Prepare-se para uma jornada transformadora. Este livro não apenas abre os olhos, mas também oferece uma visão clara e compassiva para a criação de filhos preparados para enfrentar os desafios do futuro.
SOBRE A OBRA
No seu dia a dia como psicólogo, José Carlos observou, depois de centenas e centenas de atendimentos , ao longo 12 anos tratando pessoas com problemas emocionais, vindos sempre do mesmo lugar, da família e da infância.
A inspiração maior são as repetições que ocorrem em familias diferentes e sempre seguindo os mesmos padrões.
José Carlos constatou que, embora vindos de famílias diferentes, de certa forma somos todos iguais.
E que todas as pessoas têm o direito de poderem se proteger dos próprios inconscientes, e realinharem suas vidas, assumindo o controle.
Este livro vem como um grito de alerta e um ‘manual do ser humano’ onde é possível encontrar coerência em fatos da nossa vida que pareciam totalmente sem nexo.
Algumas coisas que pareciam ‘maldições’ passam a fazer sentido!
É um livro provocativo.
José Carlos o convida a pensar, observar sua vida e tudo a sua volta.
O autor não quer que acreditem no que ele escreveu.
Ele quer que você mergulhe no seu inconsciente e descubra por si só, que as coisas que ele diz estão na sua vida também.
Um livro que nos leva a autoanálise.
Uma leitura que o leva a profundas e significativas reflexões de ‘ Como sou?’
SOBRE O AUTOR
José Carlos Bertan tem 58 anos, é casado e pai de quatro filhos.
Psicanalista, Master Practitioner em EFT, Practitioner em PNL, Constelador Familiar Sistêmico, Treinador Comportamental, Criador de Treinamentos Comportamentais como: Balance in Company, Derrubando Muralhas e Programa Saúde Consciência.
Idealizador do Método S. E. R. – Systemic Emotional Release, Criador do curso de Formação Terapêutica em Psicanálise Sistêmica Integrativa – PSI, Estudioso e entusiasta do comportamento humano nos últimos 17 anos.
Terapeuta Clínico há 13 anos, nos quais , observando diariamente seus pacientes, decide escrever este ‘Manual do ser humano’.
Ano após ano, a festa tradicional, alegadamente da família, celebra-se com mais ou menos pompa e circunstância, designadamente, nas suas principais dimensões: material, religiosa, social; ou conforme os objetivos de cada pessoa, independentemente dos seus valores, crenças, tradições e cultura; e, também, ainda há quem passe indiferente por esta festa, encarando o dia de Natal, como um outro qualquer dia do calendário anual.
Na cultura da sociedade Portuguesa, o Natal continua a ser a festa da família, período de tempo em que se procura reforçar os laços parentais ou, em muitos casos, a reconciliação dos entes mais queridos que, por vicissitudes várias da vida, estiverem desavindos durante mais ou menos tempo.
O reencontro dos familiares, também dos amigos verdadeiros, naquele dia mágico constitui motivo de grande felicidade e de quantas vezes, acerto do passado, da resolução de situações mal resolvidas ou, ainda, por solucionar, de cedências, desejavelmente, sinceras e generosas, das partes até então conflituantes.
Natal de todos, para todos e com todos: adultos e crianças; famílias e amigos; colegas de trabalho e patrões; camaradas de armas, independentemente de o serem em tempo de guerra ou de paz; tempo para recordar traquinices de infância, malandrices escolares, paixonetas de adolescentes, namoros e compromissos, enfim, um mundo de vivências e de recordações, que se tenta reconstruir, se possível com as pessoas que também as experimentaram connosco.
Mas esta magia, que tão bem carateriza o Natal, vive-se, ainda mais intensa e sinceramente, no mundo das crianças, que, na sua ingenuidade e simplicidade, aguardam com imensa ansiedade, a “chegada” do “Menino de Jesus”, precisamente na noite da consoada, em que a família, os amigos incondicionais, quando convidados, se juntam para tomarem a refeição tradicional daquela noite mágica, e que varia, relativamente, de região para região, mesmo dentro do próprio país.
Em geral, as famílias constroem o presépio, alusivo ao nascimento de Jesus, implantam a denominada “Árvore de Natal”, que enfeitam e iluminam, no cimo da qual é colocada a estrela, qual farol que, dias mais tarde, nos princípios de Janeiro, guiará: “na tradição cristã, os três reis magos eram sábios que vinham do Oriente à procura do menino Jesus. Ao encontrarem Cristo, prestaram-lhe culto e deram-lhe presentes.
“Segundo a narrativa bíblica, os reis magos vieram do Oriente à procura do recém-nascido menino Jesus a fim de adorá-lo e oferecer-lhe presentes. Apesar de serem descritos em algumas versões da Bíblia apenas como magos (termo utilizado para referir-se a homens sábios, eruditos), essas figuras foram convertidas ao longo da história em reis, por isso, são conhecidos hoje como “três reis magos”.”
“Os magos, então, ofereceram ao menino Jesus três presentes: incenso, mirra e ouro. Após isso, foram avisados por Deus em um sonho que não deveriam informar nada a Herodes e, assim, retornaram para sua terra por outro caminho.” (in: https://brasilescola.uol.com.br/natal/reis-magos.htm)
O presépio é, porventura, o símbolo maior e mais encantador do Natal. Ele como que irradia uma atração irresistível, as figuras que o integram, parecem reais, com vida e, bem protegida, a cabana onde estão Maria e José com o seu filhinho, Jesus, aquecidos, naquela noite fria de dezembro, pelos animais.
A simplicidade, a humildade e o amor estão ali expostos para o mundo habitado por uma humanidade que não consegue entender-se, devido aos mais diversos e, por vezes, incompreensíveis e inaceitáveis interesses, não obstante todas as pessoas terem perfeito conhecimento que, sem exceções, a vida físico-intelectual e sócio material é, tão só, uma passagem efémera, por um mundo que se renova e morre a cada instante.
O Natal das crianças, também dos adultos, deveria ser uma quadra de paz, de alegria, de fraternidade e de perdão, quanto mais não fosse por um futuro melhor, no qual se possa acreditar, que seria: de conforto, de abundância, de tranquilidade, de segurança, de liberdade, de igualdade, de justiça, de paz, de solidariedade, de amizade, de lealdade e de gratidão, entre pessoas e povos que habitam um mundo que, afinal, não é deles.
A Quadra Natalícia, tal como a Quaresma por ocasião da Páscoa, porém, numa perspetiva diferente, designadamente para as religiões que comemoram estes períodos festivos, reveste-se de um significado muito intenso, porque vivido com as mais profundas convicções culturais, e uma Fé muito grande no devir melhor. É um tempo mágico, de esperança.
O Natal, para quem acredita que pode ser uma Festa da Família, que neste período é possível resolver muitas situações do passado, proteger um futuro de concórdia, enfim, para quem deseja viver esta festa com o coração, deve ser encarado como mais uma oportunidade de vida, agora, no sentido de que há sempre uma porta aberta, (uma oportunidade) e, quando esta, apesar de tudo, se fecha, é preciso confiar na possibilidade de que uma janela poder abrir-se para a bem-aventurança.
Aproveito esta oportunidade para: primeiro, pedir desculpa por algum erro que, involuntariamente, tenha cometido e, com ele, magoado alguém; depois para desejar um Santo e Feliz Natal, com verdade, com lealdade, com gratidão, seja no seio da família, seja com outras pessoas, com aquela amizade de um sincero «Amor Humanista» e muito reconhecimento pelo que me têm ajudado, ao longo da minha vida, compreendendo-me e nunca me abandonando.
É este Natal, praticamente simbólico, que eu desejo festejar com a alegria possível, pesem embora as atuais restrições e condicionalismos, impostos por um conjunto de situações cruéis, que atiram cada vez mais pessoas para a miséria, fome e morte.
Finalmente, de forma totalmente pessoal, sincera e muito sentida, desejo a todas as pessoas que, verdadeiramente, com solidariedade, amizade, lealdade e cumplicidade, me têm acompanhado, através dos meus escritos, um próspero Ano Novo e que 2024 e, desejavelmente, as muitas dezenas de anos que se seguirem, lhes proporcionem o que de melhor possa existir na vida, que na minha perspetiva são: Saúde, Trabalho, Amizade/Amor, Felicidade, Justiça, Paz e a Graça Divina. A todas estas pessoas aqui fica, publicamente e sem reservas, a minha imensa GRATIDÃO.
Venade/Caminha – Portugal, NATAL de 2023
Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente Vitalício (Não Executivo) do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo: 'O namoro para a constituição de família'
O namoro para a constituição de família
Associar S. Valentim ao dia dos namorados, ou vice-versa, é inevitável, porque o destaque que aqui se pretende dar, contempla o Santo e os Namorados (ou Enamorados), muito embora o fio condutor do tema, o núcleo central, o objetivo que se pretendem, apontem no sentido do amor, não necessariamente o “amor-paixão” que, eventualmente, será efémero.
Pensa-se ser muito importante, o amor que fundamenta uma amizade sólida, para toda a vida, entre duas pessoas que se gostam, se respeitam, se cuidam e comungam as alegrias e as tristezas, os sucessos e os fracassos, a cumplicidade, a confiança, a solidariedade e a lealdade, de resto, excelentes bases para um namoro que conduza, justamente, a um casamento feliz, se possível, para sempre.
Num breve resumo da vida de S. Valentim, resulta logo numa análise despretensiosa, sem qualquer manifestação elitista ou hagiográfica, que o padroeiro dos namorados é uma entidade santificada, muito popular e querida no seio da humanidade, independentemente do escalão etário de cada pessoa, porque nunca se é demasiado velho, nem muito novo, para as “coisas” do coração, que, quantas vezes, se sobrepõem à racionalidade calculista.
A história do “Padroeiro dos Namorados” resume-se, neste trabalho, ao seguinte: «Há muitos anos, o Imperador Cláudio pretendia reunir um grande exército pois queria aumentar o império romano. Mas nem todos os homens queriam alistar-se no exército porque já estavam cansados de tantas guerras e de estarem muito tempo sem as suas famílias.
O Imperador ficou furioso. Então teve uma ideia: se os homens não fossem casados, nada os impediria de ir para a guerra. Assim decretou que não seriam permitidos mais casamentos. Os jovens acharam aquela lei cruel e injusta.
Um sacerdote chamado Valentim, que também discordava da lei imposta pelo Imperador, decidiu realizar casamentos às escondidas. Uma noite, durante um desses casamentos secretos, ouviram-se passos. O casal que nesse momento estava a casar conseguiu fugir, mas o padre foi capturado.
Durante o seu cativeiro, jovens passavam pelas janelas da sua prisão e atiravam flores e mensagens onde diziam acreditar também no poder do amor. Entre os jovens que admiravam Valentim, encontrava-se a filha do carcereiro. O pai dela deixou que ela o visitasse na sua cela e ficavam horas a conversar. No dia da sua execução, Valentim deixou uma mensagem à sua amiga agradecendo a sua amizade e lealdade. Dizem que essa mensagem foi o início do costume de trocar mensagens de amizade no dia de São Valentim, celebrado no dia da sua morte, a 14 de fevereiro do ano 269.» (Disponível em http://www.cybertic.net/images/Hotpotatoes/respostatextos_multipla/saovalentim/saovalentimjogo1.htm 05.07.2018).
Namorar, amar, casar, estimar, cuidar, são atitudes e sentimentos que não têm idade, e ninguém pode provar que uma amizade, dita tardia, sentida, vivida, oferecida por uma pessoa sénior, seja menos intensa, menos verdadeira e menos sólida do que esse mesmo sentimento, experienciado aos vinte ou trinta anos porque, em boa verdade, há valores, sentimentos e emoções que vivenciados ao longo da vida, poderão ter exuberâncias, causas e consequências diferentes e, cientificamente, parece que ainda não há conclusões sobre qual a faixa etária, em que aquelas atitudes e sentimentos são mais autênticos e sólidos.
Partindo-se do princípio de que o namoro poderá ser um período de aprofundamento de uma amizade, ainda na sua fase embrionária, com o objetivo de estreitar o relacionamento, conhecimento mútuo do casal, projetos que serão comuns aos dois e, eventualmente, à união matrimonial, então será necessário que os futuros cônjuges se abram plenamente um ao outro, que confiem, que consolidem os seus propósitos, para estarem preparados para constituírem uma família, iniciarem uma vida a dois, com todas as responsabilidades inerentes.
O namoro, tendo por objetivo projetos sérios, de constituição de família, será bem diferente do namoro de ocasião, que visa apenas a conquista fácil, a posse e fruição do corpo, para prazeres erótico/sexuais, enquanto nenhuma das partes se saturar da outra, porque onde não existe amizade sincera, o amor, muito dificilmente, surgirá e vencerá.
Importa, por isso mesmo, nesta breve reflexão, dedicada, primeiramente, ao dia dos namorados, abordar o namoro na perspectiva de constituição de uma família honrada, respeitada, em que os futuros cônjuges, para além de se amarem, comportam-se com respeito, consideração, estima e confiança na fidelidade um do outro para, de seguida, abordar o namoro a partir de uma amizade sincera, que se transformará num expoente mais elevado.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
Genealogia: Afrânio Mello fornece informações sobre as famílias Ferreira e Rodrigues
Afrânio Mello fornece informações sobre as famílias FERREIRA e RODRIGUES
ATENDIMENTOS NÚMEROS 1.321, 1.322 e 1.323
Prezado Evandro,
Um pedido do Sérgio é uma ORDEM e a sua solicitação é um imenso prazer atender.
Estou enviando os dois arquivos. Bastante material para sua pesquisa.
Na mensagem segue um resumo dos arquivos para os leitores do Jornal Rol e os principais só no seu e-mail.
FERREIRA…………………… 15 páginas, 2 brasões no arquivo e mais 2 em separado.
RODRIGUES……………….. 22 páginas, 4 brasões portugueses es 7 espanhóis.
RODRIGUEZ(Espanha)…. 2 páginas e sem brasão.
Tem também nos arquivos do Rodrigues a NOBREZA TITULAR, a HERÁLDICA, a LINHA INDÍGENA,
a LINHA AFRICANA e os CRISTÃOS NOVOS.
Você está recebendo bons arquivos para o seu estudo e, espero que encontre os seus.
Afrânio Franco de Oliveira Mello
afrânio@tintaspig.com.br
“ Estas informações estão sendo fornecidas gratuitamente e serão publicadas no Jornal Cultural ROL-(www.jornalrol.com.br).
A não concordância com esta publicação deve ser informada imediatamente. Gratos”
Ferreira, sobrenome de origem portuguesa. Sobrenome de raízes caracteristicamente toponímicas, teve a sua origem, segundo alguns autores, na designação da vila de Ferrera, em Castela, hoje Herrera de Rupisverga, havendo outros que a dão numa das várias vilas portuguesas com o mesmo nome, significaria “lugar onde há ferro ou jazida de ferro” Terá sido o fundador desta família em Portugal, Dom Fernando Álvares Ferreira, senhor do paço de Ferreira, na freguesia de Sâo João de Eiris, comarca de Aguiar de Sousa, rico-homem de Dom Sancho I segundo Rei de Portugal, no final do século XII. Outros genealogistas dão crédito a Rui Pires, um dos fidalgos que vieram a este reino com a rainha Dona Tareja, foi o primeiro que se chamou de Ferreira, tomando o nome da ” Ferreira de Alves “, de quem foi senhor, e é considerado como sendo o solar da família.
Em Portugal sobrenome tomado do lugar de Ferreira, na Freg.ª de S. João de Eyris, Concelho de Aguiar, comarca do Porto, Prov. do Minho, Portugal (Sanches Baena, II, 68). Do latim ferraria, mina de ferro (Antenor Nascentes, II, 111). Portugal: O primeiro que usou este sobrenome foi Rio Pires, que o tomou da localidade de Ferreira de Aves, de que era senhor e onde fundou o solar da família. Era bisneto de Fernão Jeremias, um dos fidalgos que passaram de Castela a Portugal em 1095, acompanhando D. Teresa, mulher do conde D. Henrique de Borgonha (Anuário Genealógico Latino, I, 43). Felgueiras Gayo, no século XIX, informa que no Concelho de Aguiar se achava o Couto de Ferreira, o Vale de Ferreira, o Rio de Ferreira e o Chão de Ferreira, e que tudo foi motivo de originar esta família.
Títulos, Morgados e Senhorios em Portugal
Barões da Ermida Barões da Silva
Barões de Famalicão Barões de Ferreira
Barões de Ferreira dos Santos Barões de Guaratiba
Barões de Luso Barões de Matosinhos
Barões de Mogadouro Barões de Mogofores
Barões de Pernes Barões de Salvaterra de Magos
Barões de Samora Correia Barões de Santos
Barões de São João de Canelas Barões de Sarmento
Barões do Cruzeiro Condes de Carvalhido
Condes de Cavaleiros Condes de Condeixa
Condes de Ferreira Condes de Fontalva
Condes de Itacolumi Condes de Mesquita
Condes de Santa Isabel Condes de São Cosme do Vale
Condes de Sarmento Senhores da Casa de Cavaleiros
Senhores de Cavaleiros Senhores de Povolide
Senhores do Morgado de Argemil Viscondes da Ermida
Viscondes da Fonte Boa Viscondes de Arneiro
Viscondes de Atouguia Viscondes de Azevedo Ferreira
Viscondes de Borges de Castro Viscondes de Carvalhido
Viscondes de Ferreira Viscondes de Ferreira Alves
Viscondes de Ferreira de Abreu Viscondes de Ferreira de Almeida
Viscondes de Ferreira Lima Viscondes de Ferreira Lima
Viscondes de Guaratiba Viscondes de Itacolumi
Viscondes de Landal Viscondes de Montalvo
Viscondes de Montargil Viscondes de Moreira de Rei
Viscondes de Rio Sado Viscondes de Ruães
Viscondes de Santa Isabel Viscondes de São Clemente de Basto
Viscondes de São Cosme do Vale Viscondes de Sarmento
Viscondes de Trevões Viscondes de Vale de Sobreda
Viscondes de Vilarinho de São Romão Viscondes do Desterro
Viscondes do Silho Viscondes dos Lagos
Cargos e Profissões no Reino de Portugal
Alcaides de Monforte
Alcaides de Portel
Alcaides de Trancoso
Engenheiros
Médicos
Professores
A linhagem dos Herrera da Espanha
Herrera trata-se dum apelido castellano que teve seu solar, na vila de Pedraza. O primeiro de quem se tem noticia desta linhagem é Don Gonzalo Peláez de Herrera que aparece como testemunha numa escritura fechada no ano 1.163. E em outra, no ano 1.229, por mercê do rei Don Fernando “el Santo”. Don Estaban de Herrera acompanhou, ao anteriormente citado rei, na conquista de Sevilla, no ano 1.235 e foi uns dos duzentos cavaleiros aos que o dito monarca, em agradecimento aos serviços que lhe prestaram, deixou muitos bens a esses cavaleiros . Outro tanto, lhe ocorreu a Don Pelayo de Herrera, que participou da mesma conquista deste rei, que também, entrou no repartimento de terras. Há alguns autores, que admitem que sua difusão partiu de Castilla, levan o tronco deste apelido além de nossas fronteiras, dizendo que teve origem na Itália, que os identificam com Ferrara, indicando que, ao passar a Espanha, primeiro como Ferrera e logo se transformou em Herrera. Vários cavaleiros deste apelido juntos aos citados anteriormente, estiveram na conquista da cidade e fortaleza de Ubeda. Entre estes cavaleiros, se chamava el mariscal Juan de Ferrera. Temos que dizer que com este apelido ocorre o mesmo que com Fernández e Hernández, que se acostumava a escrevê-los indistintamente com F ou com H, e assim em antigos documentos pode-se ler Ferrera e em outros Herrera, quando se estão referindo ao mesmo personagem. Pois bem, el mariscal Ferrera numa batalha que tiveram contra os mouros ante Baeza, morreu combatendo valorosamente contra seus inimigos. García González de Herrera teve título de Mariscal de Castilla e foi senhor de as vilas de Pedraza, Arroyo del Puerto e outros lugares que lhe deu o conde don Sancho, filho del rei Alfonso XI. Esta família de Herrera está entroncada com as de Guzmán, Enríquez, Padilla, Velasco e outras de reconhecida nobreza. Melchior de Herrera foi alferes mor de Madrid e mereceu do rei Felipe II, o título de Marquês de Auñón. A família que passou para Portugal, acabou por mudar o apelido para Ferreira.
Rodrigues, Rodriguez, sobrenome de origem luso-espanhola. Classificado como Patronímico bastante abundante, tanto quanto era o nome próprio Rodrigo ou Rui que o originou nos séculos XIV e XV, inúmeras são as famílias que o adotaram por apelido sem existirem os menores laços de consanguinidade entre elas.
Isso não impede que algumas dentre elas ascendessem à nobreza da fidalguia de cota de armas, o que sucedeu particularmente com três. Teremos assim, e para começar, a que procede de um desconhecido Martim Rodrigues, cujas armas figuram já no Livro do Armeiro-Mor.
Sobrenome de formação patronímica – o filho de Rodrigo (v.s.). Documentou-se as formas Roderiquici [no ano de 1074], rodoriquici [em 1075], rodoriquiz [em 1081], roderiguiz [em 1079], rodorigiz [em 966], rodrigiz [em 1096] e rodriguez, forma espanhola (Antenor Nascentes, II, 264). Patronímicos são apelidos que consistem numa derivação do prenome paterno. No latim ibérico constituiu-se esse tipo de apelido com o sufixo “-ícus” no genitivo, isto é, “-íci”. É quase certo que se trata de um sufixo ibérico “-ko”, indicativo de descendência, com as desinências latinas da 2ª declinação. Assim, por evolução fonética temos no português medieval -ez (escrito -es, porque átono) -iz, -az (escrito -as, quando átono). Por exemplo: Lopes (que vem de Lopo), Fernandes (filho de Fernando) e Perez ou Peres ou Pires (filho de Pero, variante arcaica de Pedro). Portanto Peres (paroxítona/Portugal) e Perez (oxítona/Espanha) têm por significado «Filho de Pedro». Registram-se, entre muitas, quatro antigas famílias com este sobrenome, com brasão de armas diferente: I – Martim Rodrigues, Antônio Rodrigues e Paio Rodrigues, obtiveram as mesmas armas; II – Antônio Rodrigues, outro, principal rei de armas Portugal, no tempo de D. Manuel I, rei de Portugal em 1495; III – Paio Rodrigues; e IV – Rodrigues de Varillas (de Salamanca, Espanha). Procede do conde D. Vela, filho de D. Ramiro, fal. em 1094, rei de Aragão. Registra-se, ainda, Diogo Rodrigues das Varillas, que no tempo do rei D. Felipe II, passou a Portugal, onde se casou e seu neto Diogo Rodrigues, em 1629, registrou brasão de armas (Anuário Genealógico Latino, I, 82). Brasil: Assim como os demais patronímicos antigos – Eanes, Fernandes, Henriques, etc. – este sobrenome espalhou-se, desde os primeiros anos de povoamento do Brasil, por todo o seu vasto território. Em São Paulo, entre as mais antigas, registra-se a família de Braz Rodrigues, carpinteiro da ribeira, com geração de seu cas. com Brígida Ramalho – falecidos antes de 1582. Ainda em São Paulo: Diogo Rodrigues [1560, Santo Amaro], Baltazar Rodrigues [1562, S. Paulo], Braz Rodrigues [1579, S. Paulo], Martim Rodrigues Tenório [1589, S. Paulo], Manuel Rodrigues de Gois [1599, S. Paulo] (AM, Piratininga, 165) e Antônio Rodrigues de Alvarenga [c.1555, Lamego – 1614, SP], de quem também descendem os Alvarengas (v.s.), de São Paulo. Ainda, em São Paulo, registra-se os descendentes de Pedro Rodrigues, que deixou geração do seu cas., por volta de 1899, com Palmira Dumont, filha de Gustavo Dumont. Entre os descendentes do casal, registram-se: I – o filho, José Rodrigue [26.08.1902 – 31.01.1961], que deixou geração do seu cas. com Yolanda Negrini [1910-1992], integrante da família Negrini (v.s.), de São Paulo; II – a neta, Neide Negrino Rodrigues, filha da anterior. Casada na família Gomes. Ainda em São Paulo, registra-se, entre muitas, a família de Fortunato José Rodrigues [05.04.1895 – 09.04.1971], estabelecido em Itapeva. Residiu na zona rural do Bairro do Colégio no distrito de Itapeva. Com geração do seu cas. com Maximiana Francisca de Oliveira [25.04.1901, Itapeva, SP – 12.10.1988]. Entre os descendentes do casal, registram-se: I – o filho, José Rodrigues da Cruz [14.11.1922, Itapeva, SP -], que, ainda religioso, serviu como capelão dos antigos terços cantado de Itapeva. Mestre da tradicional dança de São Gonçalo, a qual aprendeu com seu pai.