Apostolado do professor/ formador

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:

‘Apostolado do professor/ formador’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
Imagem gerada com IA do Bing - 2 de outubro de 2024 às 4:30 PM
Imagem gerada com IA do Bing – 2 de outubro de 2024 às 4:30 PM

Construir o magnífico e transcendente edifício denominado Cidadão do Mundo, não é a mesma coisa que fabricar bombas atómicas, elaborar teorias que poucos entendem, muitos ignoram e a ninguém beneficia.

A formação que se impõe para o futuro, deve surgir como um projeto estruturante de uma cultura profissional, assente na atitude metodológica reflexiva, tendo por objetivos: o rigor e o sentido dos valores humanistas.

Formar o cidadão do mundo, para a mudança que se vem operando, exige: professores, formadores e educadores, exclusivamente, ao serviço dos objetivos educacionais, em ordem à construção de um mundo mais civilizado, em todos os setores das diversas atividades das pessoas humanas.

A educação/formação, por meio dos seus currículos e procedimentos da vida escolar, tem um papel de grande importância e responsabilidade, no desenvolvimento das competências cívicas, profissionais e sociais dos indivíduos, o que é decisivo para o Estado de Direito Democrático.

O formador tem de se metamorfosear num orientador, num conselheiro, num organizador de aprendizagens, num colaborador, num colega e programador de saberes, em contextos de formação, também eles facilitadores de transformação.

A luta contra os valores irracionais, que imperam um pouco por todo o mundo, deve ser reforçada, não pela força das armas, sim pela: coerência, verdade e justeza dos argumentos, através do diálogo, assertivo, franco e frontal, pela harmonia das posições moderadas, pela compreensão das opiniões diferentes, quando razoáveis, lógicas e sensatas, pela tolerância com que devem ser interpretadas atitudes menos corretas e, finalmente, pela cooperação entre os povos.

 No processo de formação ao longo da vida, que a todos diz respeito, o professor/formador não é um aprendiz qualquer, na medida em que lhe cabe liderar, responsavelmente, os processos de aprendizagem e projetos concebidos por outros seres humanos, seus semelhantes. O estatuto ético-profissional justifica a disponibilidade e determinação para percorrer um caminho de formação, quantas vezes solitário e pessoal.

Discute-se, atualmente, um pouco por todo o mundo, o sistema educativo ideal ou, pelo menos, o mais perfeito possível. Alteram-se processos de avaliação, introduzem-se novos conteúdos programáticos, exigem-se professores/formadores competentes, dedicados, em regime de exclusividade na escola onde estão colocados, e determina-se que executem tarefas que seriam melhor realizadas por outros profissionais, desde logo nos domínios burocrático-administrativos e financeiros.

A educação/formação, através da Escola, deve reforçar algumas qualidades, sem as quais não sobreviverá no mundo contemporâneo. Valorizar a autonomia pessoal, a busca do verdadeiro conhecimento (até onde for possível chegar à verdade), a generosidade e a coragem.

Como formar este professor/Formador? Trata-se de uma tarefa que se impõe aos Governos e também aos próprios, e que passa por um novo conceito: formação ao longo da vida, com a vida e para a vida; afinal, formação contínua.

Considera-se essencial, para a sociedade, aprofundar o mais possível toda uma estratégia e metodologias adequadas, em ordem à valorização da Educação/Formação para: o conhecimento, para a cidadania, direitos humanos, enfim, axiologia em todas as suas dimensões, tendo como objetivo a preparação da criança, do jovem e do adulto, para a participação responsável dos cidadãos na vida pública do país, através de processos de representação política e do empenhamento das Instituições da sociedade civil, tendo como base os princípios e valores fundamentais da democracia.

Também a formação científica e técnico-profissional, como: projeto de vida ativa, de inserção no mundo do trabalho, da constituição da família, da prevenção da saúde, da segurança e da velhice. O saber-fazer é, indiscutivelmente, essencial para a dignificação da pessoa humana, no sentido da exigência da melhor qualidade de vida a que tem, constitucional e legitimamente, direito.

Como é óbvio, esta participação implica um conjunto de conhecimentos, competências, capacidades e atitudes, voltadas para a intervenção ativa e que também cabe à escola transmitir aos cidadãos. No limite da construção deste novo cidadão, para o atual século XXI, os professores/formadores têm a inevitável responsabilidade de cada um em sua área, transmitirem e darem o exemplo dos saberes: ser, estar, fazer e conviver em sociedade.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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O novo velho – Recomeço*

Clayton Alexandre Zocarato – Poema ‘O novo velho – Recomeço’

Foto do autor do texto, o colunista do ROL Clayton Alexandre Zocarato
Clayton Alexandre Zocarato

Em torno do antigo quadro negro…

Tessituras de sonhos e desejos…

A cada anseio…

O mestre renova sua arte…

Evocando um grito de conhecimento…

Fazendo pequenas almas…

Novos espaços de conhecimento…

Sereno, pleno e aprendendo…

Dentro da escola…

Todos são eternos aprendizes…

Que por meios de deslizes espirituais…

O estudante se faz estrela…

Por entre constelações…

De preceitos educacionais…

Fraternais…

Intelectuais…

A cada novo retorno…

Um novo contorno…

De esperança…

E subjetividade…

Entre tantas atividades…

Repletas de novidades…

E amorosidades…

Clayton Alexandre Zocarato

* Poema recitado pelo Professor  Eduardo César Santos, na Escola Estadual ‘Bento de Siqueira’, em Marapoama (SP), no dia 25 de junho de 2023.

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Clayton Alexandre Zocarato: 'E como sempre a culpa é do professor…'

Clayton Alexandre Zocarato

E como sempre a culpa é do professor

É como sempre: a culpa de nossas mazelas escolares e educacionais recaem sobre os mestres, que são responsabilizados perante políticas que empreendem uma espécie de taylorismo educacional, buscando um empirismo sádico de resultados Dentro de um vetor geopolítico, o Brasil apresenta quadros de uma ‘pedagogia da opressão’, que vai se constituindo em uma destruição de subjetividade.

E assim se caminha para a aplicação de um ‘dasein’, que coloca a culpa no professor, produzindo um extermínio de suas representações sociais. Um caminho para as realizações de liberdades repletas de frívolas artimanhas de fazer dos estudantes do ensino público uma camada alienada, sem emoldurar o seu espiritual de maneira sólida e fortificada.

A culpabilidade do professor passa por um ‘método weberiano’, destruindo sua capacidade de diluir e espalhar conhecimento. Os estudantes ficam asfixiados, privados de consciência de classe, que possa vingar como um motor da história que rompa com tessituras ideológicas, sem a responsabilidade de despertar um movimento interpessoal que seja ao mesmo tempo ético e contendo respeito a vetores multiculturalistas.

Em uma lufada de plêiades ideológicos, está ‘um jogo de amarelinha’, onde saltar casas é uma doce ignorância de princípios partidários que manipulam a seu bel prazer, criando uma aventura de pára-aprendizagens. O helenismo contemporâneo do professor foi substituído por um novo tipo de tecnicismo capitalista, onde o consumismo vai dominando aos poucos, gerando a desfiguração do ensino propedêutico, que venha retomar um caráter nacionalista, que não anseia um cunho de adoração da pátria, mas sim em ‘fazer uma teoria da ação comunicativa’.

Sim, a culpa é sempre do professor! Que tem que se submeter a três períodos de trabalho para ter algum tipo de  provento decente, que tem que ser babá, psicólogo, exorcista, assistente social, delegado partidário, advogado, diante os problemas de uma sociabilidade estudantil cambaleante, adoecida, que procura nas migalhas de seus sensos comuns cáusticos, alguma lógica de explicação intelectual, que possa assim propiciar que o papel do professor necessita ser revisto, com o reconhecimento dele como classe formadora de opinião, e não somente de ser.

A culpa é sempre do professor, que no centro de sua dor de desvalorização social, empreende construir novos vetores espirituais que venham a realizar uma identidade filosófica e que na sua representação intelectual necessita angariar rebeliões quando a um questionar, que não venha acompanhado com um véu de revolta, diante de uma crescente falta de reconhecimento e aperfeiçoamento dos seus ditames pessoais e profissionais.

Clayton Alexandre Zocarato

 

 

 

 

 




Nicanor Filadelfo Pereira: 'Exaltação ao professor'

Nicanor Filadelfo Pereira:

‘EXALTAÇÃO AO PROFESSOR’

 

 

Exaltado sejas tu, ó ser bendito!

Tu que peregrinas de classe em classe,

Tal fosse abelha, em semelhante rito,

De flor em flor, promovendo um novo enlace.

 

Pequeno inseto que poliniza a flor,

És tu, também, que levas o saber,

No teu incansável e viril labor,

Semeando o excelso conhecer.

 

O pólen da ciência que transportas

É a vida que assim fecundas,

Abrindo aos discentes novas portas,

 

Que de sucesso e vitória os inundas,

Com teu profícuo e divinal fazer.

A ti honramos, glorioso professor!

 

Nicanor Pereira – 15/10/2017 – 17h19m

nicanorpereira@gmail.com




Etec em Tatuí abre inscrições para concurso de professor de informática

Valor da hora-aula é R$ 17,15; prazo para cadastro vai até 16 de outubro

Do G1 Itapetininga e Região

A Escola Técnica Estadual (Etec) Sales Gomes em Tatuí (SP) está com inscrições abertas para concurso público de professor de ensino médio e técnico no curso de instalação e manutenção de computadores (informática). O valor da hora-aula é R$ 17,15. O prazo vai até 16 de outubro.

Os interessados devem apresentar RG, original e cópia (frente e verso) do diploma ou do certificado de colação de grau e pagar taxa de R$ 70,13. As inscrições são feitas das 9h às 11h, das 15h às 17h e das 18h às 20h.

A Etec Sales Gomes fica na Praça Adelaide Guedes, n. 1, Centro. Mais informações pelo site da escola ou pelo telefone (15) 3251-4242. Data e locais de provas não foram divulgados.