Tua aldravia

Tua poesia desabou em mim como tempestade, abriu valas, levou galhos e entulhos… Choveu, chuva torrencial! Me lavou inteira! Branqueou a carne antes…
Tua poesia desabou em mim como tempestade, abriu valas, levou galhos e entulhos… Choveu, chuva torrencial! Me lavou inteira! Branqueou a carne antes…
Lembro-me das histórias do jardim ensolarado, dos pedregosos caminhos, das veredas orvalhadas, dos ramalhetes amarelos pendurados nas janelas, da saudade…
Sobre a mesa os cotovelos magros, e as mãos com seus dedos longos e finos apoiando o queixo… Era uma mesa de madeira lisa, dura, silenciosa. Os lábios…
A vida era boa e a gente não sabia. A gente não sabia que crescer doía, que faltariam os sorrisos, que haveria dias cinzas e noites insones. A gente não sabia
Já li as entrelinhas do teu texto, descobri a mensagem recôndita, pus uma flor sobre tua mesa, pintei de azul os teus pedestais, deixei a mala na beira do…
É ácido, ressequido e tenaz. Entra pela boca e escorre pelos olhos, turva a visão e embarga a voz. É o cheiro do mistério, da passagem para o outro lado…
Era brasa que queimava em silêncio a pele despida. Macias pétalas de rosa púrpura. Qual em seus galhos, os espinhos eram a proteção inebriada, dissimulada…