A canção da vida
fico imóvel no meio do caminho
e quando à distância
observo
a dimensão dos campos arados
percebo os poucos frutos recolhidos
não obstante
voltaria a realizar a semeadura
porque a minha alma
é terra sem fechaduras
aberta aos sonhos, ao Bem
e à Poesia
quantos seres se aproximaram
de minha vida
alguns com meles
e outros carregando nas mãos pedras duras
porque a vida tem amor e ódio
e luz e sombra
o silêncio da noite
e de manhã os cantos
dos canários e dos pardais.
Isabel Furini
isabelfurini@yahoo.com.br
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