Ella Dominici: Poema ‘Foz de azul’
estrada se abre desvios à frente
vento sopra levemente às costas
Sol brilha, cintila morno suave à face
nos seus campos encontras ais salientes
caem de mansinho chuvas adocicadas
enquanto o guiso das ovelhas
meigos sinus presos em aselhas
acorda o vale deitado verde
do gramado que alonga-se sede
eu, coração desritmado vou dilatando
além da conta dos vermelhos sábios
eu recitando de molhados lábios
no ritmo destes batimentos francos
descontrolados pois não caibo
na pequena casa de meu corpo
rola coração ladeira abaixo
roda coração no tempo em furacão
vai desencanto te impera cachoeira
esta paixão te ampara a queda
more em gotas juntas lado a lado
moro-me, habito-te e me encaixo
onde nasce a nós foz de azulado
veio de seu corpo em meu coração
Ella Dominici
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