Pneumatologia, de pneuma, espírito em grego ou paracletologia, de parácleto, advogado, também em grego. São Palavras usadas para se referir ao estudo do Espírito Santo. Para que não percamos tempo comecemos pelo o que eu acho ser diferente de tudo o que já li sobre o assunto. Sabemos hoje que Ele dá plantão vinte e quatro horas; que Ele fala ao ouvido, também ao coração, por isso devemos procurar locais onde reina o silêncio. Sabemos hoje que Ele nunca desiste de nós; ele é uma das raras pessoas que permanece conosco mesmo quando cometemos algum pecado mortal; é uma das raras pessoas que ficam do nosso lado quando todos estão contra nós. É Ele que sempre apela para as nossas qualidades, ou, como dizia Aristóteles, quando Ele nos recorda de alguma virtude dianoética nossa. Dianoética vem de dianoia, intelecto, habilidade, perícia, em grego. Ninguém nega que a pneumatologia é essencial na doutrina cristã, gostaria, contudo de relembrar aqui da encíclica do papa João Paulo II sobre o homenageado de hoje, o Espírito Santo, a Dominum et Vivificantem de 18/5/1986: O Senhor e doador da vida, parece a 5a. de 14 encíclicas. Gostaríamos ainda de dizer que é Ele o que atenua em nosso favor. Voltando no tempo veremos que a festa do pentecostes confirma a missão da igreja. Nele Deus se faz presente para fortalecer a fé de seus apóstolos e discípulos. Este fato está narrado no capítulo 2 de Atos. “Numa certa casa” subiram no cenáculo, Atos 1,13 e lá se reuniram os apóstolos, a mãe de Jesus e quase cento e vinte discípulos, Atos, 1,15 em oração na expectativa da promessa que Jesus fizera que encontramos em Lc 24,49: “…permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.” Como sabemos a igreja de Cristo se inicia com a ressurreição de Cristo mas é fortalecida então no pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, dez dias depois da Ascensão. O pentecostes foi dessa forma a primeira novena da igreja, onde através do dom de línguas todos entenderam cada um em sua própria língua o que os apóstolos falavam, ou seja, acreditamos que o Espírito Santo traduzia o que os apóstolos diziam. Foi um fenômeno inverso à a torre de Babel onde todo mundo acabou não entendendo o que o outro falava. Semelhante dom possuía São Vicente Ferrer. Do Espírito Santo pode-se dizer ainda que o Pai é o amante, o Filho é o amado e o Espírito Santo é o amor. Que Ele procede eternamente do Pai e do Filho. Sobre o mistério enfim da divina Trindade podemos encontrar na “carta autobiográfica” de Abelardo onde ele questiona se em Deus há uma só onipotência ou se são três onipotências. Hoje vemos então que a matemática de Deus não tem nada a ver com a nossa matemática. Hoje sabemos que realmente a sabedoria enfada conforme Eclesiastes 1,18: ” porquanto na muita sabedoria há muita indignação: e o que acrescenta a ciência, também acrescenta o trabalho.” Pode-se dizer ainda que Espírito Santo é a entidade mais informada que existe. Mais informação sobre nosso amigo encontramos em Atos 1,15-26; Jo 14,16-17; l6, 7-8; Rm 8,26 e Apc 2,7.
José Coutinho de Oliveira
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