O PT foi fora ditadura nas diretas-já; jogará sua história no lixo se agora mantiver a opção pelo fica Bolsonaro
Como filiado de primeira hora ao Partido dos Trabalhadores, naquela fase em que ainda eram coletadas assinaturas para a obtenção do seu registro na Justiça Eleitoral; e também como um dos primeiros a se desligarem, decepcionado com os rumos que o PT tomou (de expurgar as tendências de esquerda e de se afastar cada vez mais da luta de classes, trocada pela conciliação de classes), acredito ter alguma responsabilidade por aquilo que se tornou o partido ao qual pertenci durante quase uma década.
Então, em momentos cruciais, sempre apoio os que tentam recolocar o PT no rumo traçado em seu manifesto de fundação (“O PT buscará conquistar a liberdade para que o povo possa construir uma sociedade igualitária, onde não haja explorados nem exploradores”, etc.), no qual se definia explicitamente como uma força anticapitalista.
Se hoje o PT está em queda livre, isto se deve às várias encruzilhadas nas quais escolheu o caminho errado, sempre o da direita, até ter-se tornado pouco mais do que uma força auxiliar do capitalismo.
E agora a direção nacional do PT comete outro erro histórico de extrema gravidade, ao negar apoio à luta pelo afastamento do presidente que está destruindo o Brasil e que, ao sabotar as medidas de combate à pandemia, vai produzir um genocídio sem precedentes em nosso país, propiciando o morticínio em larga escala de pobres e idosos (principalmente).
Tal posicionamento equivale a deixar o impeachment para o Dia do São Nunca, tudo levando a crer que seu real motivo seja o cálculo eleitoreiro do Lula de que, permanecendo na Presidência, Bolsonaro será o adversário ideal para ele derrotar em 2022.
Então, pelo que valer (se servir de algo) o meu apoio, ele vai todo para o grupo de parlamentares petistas que acaba de lançar um manifesto no sentido de que, numa decisão com características bem próximas da que o partido tomou em 1983 quando assumiu a bandeira das diretas-já, não faça exatamente o contrário neste momento em que enfrentamos novamente o mesmíssimo inimigo.
Quem conhece meu passado de lutas sabe que a lista de signatários do manifesto inclui indivíduos dos quais guardo profundas mágoas (p. ex., um deles me chamou de cachorro louco por praticar a solidariedade revolucionária, outro covardemente fez pressão de bastidores para que me negassem a palavra num evento para o qual eu fora convidado).
Mas, há situações em que a importância histórica da linha de ação a ser adotada fala mais alto do que a identidade de quem defende tal ou qual posição. Esta é uma delas.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros, Editor-Geral do Jornal Cultural ROL e um dos editores do Internet Jornal. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA. Membro Fundador das seguintes entidades: Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA; Academia Hispano-Brasileña de Ciências, Letras e Artes – AHBLA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALLA e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 7 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Dr. h. c. em Literatura, Dr. h.c. em Comunicação Social, Defensor Perpétuo do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro e Honorável Mestre da Literatura Brasileira; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia e Associação Literária de Tarrafal de Santiago, Embaixador Cultural | Brasil África – Adido Cultural Internacional