outubro 05, 2024
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Educadora, escritora e poetisa, Sandra Vasconcelos é a mais nova colaboradora do Jornal ROL!

Sandra Vasconcelos

Da ALAC para o ROL, Sandra Vasconcelos traz sua Tintas Literárias para o deleite dos leitores ROLianos!

Sandra Vasconcelos é natural de Cruzeiro (SP). Formada em Magistério e Cursos Superiores: Estudos Sociais, Pedagogia, Supervisão Escolar e Direito.  Pós-Graduada   em Gestão Educacional pela UNICAMP. Diretor de Escola. Supervisor de Ensino na Diretoria de Ensino de São José dos Campos (SP). Bacharel em Direito.

Foi Presidente da UDEMO (Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo) na Região de São José dos Campos (SP) por dois mandatos.

Em 2010 foi homenageada na Câmara Municipal de São José dos Campos pelos professores, pais e alunos da E.E. ‘Dr. Maurício Anisse Cury’, pelo livro publicado em Braille: ‘O menino, o Gnomo e a Floresta Destruída’.

Em 2014 foi homenageada na Câmara Municipal de Cruzeiro, com o diploma ‘Mérito Mantiqueira’, pelos livros publicados e pelo seu relevante trabalho na Educação.

Em 2019 venceu o Concurso da ALAC ‘História e Memória’ – 2º lugar – Medalha de Prata, com o Conto: ‘Aconteceu na Estação’.

Em 2020 venceu o Concurso de Poesia ‘Albertina dos Santos Paula’, da ALAC – 1º lugar – medalha de ouro – com o poema: ‘Pseudo Soneto Sonado’.

Teve suas poesias selecionadas em concursos promovidos pela UNIVAP: ‘Pausa’- 1995,  ‘Incêndio art. 250′ – 1998, ‘Tranqueira de Vida’ – 2000.

 Em 2002 escreveu, juntamente com os alunos da E. E. São Leopoldo em São José dos Campos, o livro: ‘Nós e o Parque’.

 Em 2005 publicou, com os professores da E.E. ‘Dr. Mauricio Anisse Cury’ o livro: ‘Conhecendo São José dos Campos’ e ‘Poesia em Braille’.

É autora de vários livros e contos, dentre os quais:  ‘Estrelinha Azul’; ‘O Menino, o Gnomo e a Floresta Destruída’; ‘Carlinhos e o Gnomo no mundo do Circo’; ‘Histórias de Assombração’; ‘A brisa do pôr do sol (romance  – Editora Viseu) e participou das antologias poéticas ‘Orgasmo, Orvalho e Orquídeas’ e ‘Orgasmo, Flores e Orvalho’

Seus livros foram selecionados pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo e participaram do Festival da Mantiqueira em São Francisco Xavier (SP): ‘Orgasmo, Orvalho e Orquídeas’ (Antologia Poética); ‘O Menino, o Gnomo e a Floresta destruída’; ‘Carlinhos e o Gnomo no Mar’; ‘Carlinhos, o Gnomo e o Curupira’;  ‘Histórias de Assombração’.

Também publicado, para Teatro: ‘O menino, o Gnomo e a Floresta Destruída’.

Acadêmica fundadora da ALAC – Academia de Letras e Artes de Cruzeiro.

É esta educadora e literata que o Jornal Cultural ROL ora apresenta a seus leitores, para o seu deleite literário!

Seja muito bem vinda à Família ROliana, Sandra Vasconcelos!

E abaixo, sua primeira contribuição: o conto Carlinhos, o Gnomo e o Natal:

CARLINHOS, O GNOMO E O NATAL

                 De repente a noite invade a mata.

                Em sua residência, no centro da floresta, rodeado por espécies nativas e exóticas  e por alguns animais, o Gnomo preocupado  e pensativo tenta desvendar um mistério .

                “Já penetrei os poros da terra e as raízes das montanhas e por mais que eu procure, não consigo encontrar o meu amigo Noel. Ah! Estou tão preocupado! Onde andará Noel?”

                Um Crejoá pousou na janela e perguntou:

                – Gnomo, você que é amigo do Noel, sabe se teremos presentes esse ano?

                -Não sei, Crejoá, há dias que não sei notícias de Noel. Estou ficando preocupado…

                -Há duas semanas do Natal, Noel me mandou um e-mail avisando que iria viajar pelo mundo para comprar presentes diferentes para as crianças. Ele estava cheio dos brinquedos caros. Noel foi procurar brinquedos simples e divertido. Ele se queixou de dores nas costas e estava triste.

                -Por que ele estava triste? – perguntou o Crejoá já quase chorando.

                -Porque os homens fizeram do Natal um tempo de comercialização, de interesses pessoais, egoísmo e preconceito.

                -É mesmo, o espírito consumista invadiu o planeta, todos só pensam nos presentes de   Natal e só querem comprar presentes caros, gastar… gastar…

                -E o Noel não se conforma, pois sabe que enquanto uns passam fome, outros esbanjam o dinheiro com coisas supérfluas.

                -Hoje, o que importa para alguns homens é ter, eles não se preocupam em ser. Ser honesto, ser solidário, ser educado… – Disse o Gnomo.

                – Ontem estive na oficina do Noel, encontrei um Gnominho, ainda mocinho, preocupado, que me disse:

                -Gnomo, o que vai ser da humanidade se os homens não aprenderem o verdadeiro sentido do Natal? O Noel saiu para procurar presentes. Ele quer dar brinquedos que façam as crianças lembrarem o verdadeiro sentido do Natal.

                -É, ele partiu sozinho e desolado- coitado! – Disse o Gnomo.

                -O que vai ser do Natal sem a alegria do Papai Noel? Falou o Gnominho.

 

                De repente, os vagalumes clarearam a noite. Um silencioso casal de Alces se abrigou nas raízes gigantescas das árvores, enquanto pequenos macacos brincavam nos cipós. Um trovão rasga os céus    e o Gnomo tem um pressentimento.

                “Acho que o meu amigo Noel está em perigo e precisa de mim.

Vou ligar para Carlinhos, quem sabe ele pode me ajudar? Pegou seu celular e ligou.”

                – Alô! Carlinhos?

                -Oi amiguinho, tudo bem com você?

                – Não está nada bem por aqui, estamos com um grave problema.

                -Assim você me assusta, amigo. O que está acontecendo?

                -O Noel sumiu… faltando duas semanas para o Natal, ele desapareceu. Quero que você me ajude.

                -Nossa!  E agora? O que vai ser do Natal sem o Papai Noel?

                -Você pode me ajudar, amigo?

                -Claro que posso, hoje mesmo vou colocar na face book, nas rádios e na TV. Vou pedir para todos ajudarem.

                – Conto com você amiguinho, chama também a Sofia e o Joli.

                -Sim claro, eles irão comigo.

                -Boa noite Carlinhos, encontro você amanhã.

                -Boa noite Gnomo.

                Era noite de lua cheia e por todo canto da floresta havia um cheiro de mistério.

                O vento uivava balançando os galhos das árvores.

                Os bichos andavam apressados e até a calma tartaruga Mimi ficou acelerada e preocupada com o natal. Será que não teremos presentes?

                O Gnomo foi até o jardim e perguntou:

                -Amiga tartaruga, você viu o Noel?

                – Não, não o vejo desde o natal passado, mas acho que ele está na oficina dos gnomos preparando os nossos presentes – disse Mimi.

                -É, vou dar um pulo ate lá. Tchau.

II-

                O Gnomo chegou na oficina do Noel e levou um susto.

                Quase não acreditou no que viu.

                Os Gnominhos dormindo, as máquinas de brinquedos paradas e tudo em desordem. O Gnomo bateu palmas, acordando os Gnominhos que apressados começaram a chorar porque não sabiam do Noel. Já haviam procurado por toda parte e até ligaram para   a polícia.

                O Gnomo muito preocupado e vendo os Gnominhos tristes, resolveu chamar mais alguns amigos para desvendarem o mistério.

                – O Gnomo escreveu:

                “Amigos, faltam dois dias para o Natal e ninguém sabe o paradeiro do Noel.Preciso que vocês ajudem –me a encontrá-lo.”

                Chamou o Crejoá e pediu que entregasse a carta em mãos.

                O Crejoá pressuroso partiu levando as cartas no bico.

                O Crejoá entregou a carta de Carlinhos, Sofia e Joli e os três prometeram ajudar.

                Os Gnominhos da oficina de Natal saíram em disparada pela mata, procurando Noel.

                O Silfo Rivail, ser belo, doce e delicado, de pele azulada e fina, se deslocava rapidamente de um lado para o outro. Rivail tem os cabelos longos, soltos e às vezes se confundem com o vento; sua canção é tão suave que encanta e entontece. Rivail cantava alegremente e purificava o ar quando o Crejoá lhe entregou a carta. Rivail chorou e prometeu ajudar, procurando por entre as nuvens.

                A Ondina estava recolhendo madrepérolas para o seu novo colar. Ela queria usá-lo  no dia de Natal, mas quando viu o Crejoá , largou tudo e o saudou:

                -Olá Crejoá! Que bons ventos o trazem? – Perguntou a Ondina.

                -Olá amiga Ondina! Infelizmente os ventos que me trazem não são bons, estou à procura do Noel, caso não o encontre, não teremos Natal.

                -Ah! Meu Deus, coitadinho do Noel. Pode deixar, vou invocar os espíritos aquáticos, para nos ajudar na procura.

                O Crejoá saiu voando ligeiro.

                -Adeus Ondina, vou procurar a Salamandra.

                A Salamandra estava limpando sua gruta para as comemorações de Natal quando viu o Crejoá bater o bico na janela.

                -Olá salamandra, trouxe uma carta urgente do Gnomo para você. Tchau, e saiu voando apressado.

                A Salamandra leu a carta e pensou: “Preciso ajudar o Gnomo a encontrar o Noel ou então não teremos presentes e nem Natal”. Largou a vassoura e correu, pegou sua maleta com remédios e plantas que curam e, foi pela estrada rolando como uma bola de fogo, clareando tudo.

                Todos procuraram sem sucesso e ninguém sabia onde estava o Papai Noel.

                O Natal chegando, as horas passando depressa, e então o Gnomo resolveu pedir ajuda também para o rei leão que, imediatamente nomeou uma comissão de bichos para uma sindicância interna, formada pela Raposa, Jacaré e o Abutre. Mas nada adiantou. Ninguém conseguia achar Noel.

                Quando já estava sem esperanças, recebeu um torpedo de Carlinhos que dizia: “Amigo Gnomo, acho que encontramos o Noel, venha correndo, o endereço está escrito na sola da bota do gato de botas.”

                O Gnomo contente pulava de alegria, mas chegou um outro torpedo, avisando que Noel estava muito doente e estava em coma.

                O Gnomo com a ajuda do Silfo Rivail, conseguiu uma cama móvel e dois paramédicos voadores. Percorreram a floresta, a atmosfera e avistaram uma barba branca suja de sangue.

                -É ele! Gritou o Gnomo . Aquela barba branca é do Noel.

                -Vamos! Corram! Vamos!

                – Vamos salvá-lo.

                O Papai Noel estava a beira de um abismo.

                Souberam mais tarde pelo Crejoá que ele fora atacado por um Consumidor Maléfico que queria forçá-lo a comprar presentes caros.

                O Consumidor Maléfico tinha a cara de um monstro, só pensava em riqueza e só queria gastar…gastar… Era o egoísmo em pessoa.

                O Consumidor Maléfico era materialista e só pensava em dinheiro. Ele não tinha amigos.

                O Consumidor Maléfico incentiva os ricos a gastarem seus dinheiros com coisas supérfluas. Incitam as pessoas, às festas caras para esbanjar e esperdiçar comidas que vão para o lixo enquanto tantos passam fome.

                Ele incentiva as pessoas com vida financeira difícil, a fazerem dívidas enormes    que depois não podem pagar.

                Carlinhos vendo o Noel desmaiado chorou e disse:

                -Vamos salvá-lo depressa, só ele pode nos ensinar a ver o mundo com os olhos do coração.

                -Natal é tempo de bênçãos e não de consumismo –Disse o Gnomo.

                Levaram Noel para a Casa de Saúde da Floresta e com a ajuda do Gnomo, do Silfo Rivail, da Ondina e da Salamandra ele ficou bom.

                Carlinhos, Sofia e Joli rezaram muito para Papai Noel sarar e o Gnomo prometeu dar a maior festa do mundo, se Noel voltasse com saúde.

                …E o menino Jesus ouviu as preces de todos…

III-

A FESTA DE NATAL NA FLORESTA

                Natal é Jesus e Jesus nos ensina a viver de verdade, sem ilusões, sem discriminações.    Ricos e pobres, doentes e sãos, negros, brancos, amarelos ou vermelhos podem ser felizes e se respeitarem e viverem com os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

                O Gnomo começou a enfeitar a casa para comemorar o Natal.

                Chamou o Crejoá e enviou convites para Carlinhos, Sofia, Joli, Silfo Rivail, Salamandra e para a Ondina.

                 A casa do Gnomo fica no interior da floresta onde os troncos das árvores são recobertos por vários tipos de plantas como trepadeiras, bromélias e orquídeas.

                -Antes vou equilibrar as energias das plantas e dos animais – pensou o Gnomo.

                Para que a floresta fique em harmonia e para que todos fiquem bem, vou harmonizar o ambiente.

                Toda a casa foi enfeitada   com flores e pedras coloridas.

                Uma mesa retangular de cinco metros de comprimento foi decorada com velas e arranjos natalinos nas cores marrom e verde.

                O Gnomo transformou algumas rochas em cristais para dar mais brilho e cor ao ambiente.

                Para ceia havia muito suco de frutas silvestres, frutas maduras, ervas, caldos, pães, saladas e doces.

                Na antessala em cima de uma mesa redonda, um lindo bolo de chocolate confeitado com bolinhas de açúcar.

                O Gnomo estava ansioso, queria a confraternização de todos os seres do planeta.

                Uma grande árvore foi decorada com material reciclado e ficou linda.

                A casa ficou uma beleza e uma fonte de águas cristalinas   no meio da sala dava paz ao coração.

                Borboletas sobrevoavam o recinto dando harmonia e beleza. Todos estavam ansiosos.

                Os primeiros a chegarem foram Carlinhos, Sofia e Joli.

                Carlinhos trouxe um presépio montado numa caixa de papelão para que todos se lembrem o verdadeiro sentido do Natal.

                -O presépio representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja: uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino- Disse Carlinhos.

                -Vocês sabiam que essa tradição de montar presépios teve inicio com São Francisco de Assis no século XIII? Disse o Gnomo.

                -As músicas de Natal também faz parte dessa linda festa- Disse Sofia. E nós ensaiamos uma música para cantar na festa.- completou Carlinhos.

                Enquanto isso o Silfo Rivail chegou contente cantando:

“Noite Feliz!

Noite Feliz!”

                E Carlinhos perguntou:

                -E o Papai Noel, já chegou?

                -Ainda não, ele passou na oficina para pegar os Gnominhos, seus ajudantes.

                -Que legal, vou conhecê-los, sempre tive curiosidade em conhecer a oficina do Noel e os Gnominhos seus ajudantes.

                -Silfo, você poderia me ajudar a pendurar as lanternas mágicas para dar mais claridade ao ambiente?

                -Claro que sim, é pra já – Respondeu o Silfo.

                Enquanto o Silfo Rivail pendurava as lanternas mágicas, uma batida suave na porta se fez ouvir. Era como se as ondas do mar beijassem calmamente a porta.

                -É a prima Ondina no seu cavalo marinho.

                Ondina usava um colar de madrepérolas cor –de- rosa e trouxe para festa uma garrafa de Elixir que dá força, coragem e alegria quando ingerido.

                O Gnomo agradeceu a Ondina e todos prepararam – se para receber a Salamandra.

                Lá longe, pela janela da sala, avistaram línguas incandescentes e o Gnomo gritou:

                – É ela, minha prima, a Salamandra e foi ligar o ar condicionado.

                -Salamandra sempre deixa o ambiente muito quente.

                – Olá prima, como vai? – Perguntou o Gnomo.

                -Estou bem, mas não posso demorar. Vim só para desejar um Feliz Natal a todos.

                -Bem agora só falta o nosso convidado de honra, o meu amigo Noel. – Disse o Gnomo.

                – Faltava, olha a carruagem chegando… e apontou para cima.

                Papai Noel chegou em uma carruagem puxada pelos bambes da Floresta. Ele veio vestido com uma bermuda vermelha, camisa regata branca e um capuz vermelho e branco. Um cinto vermelho e branco combinando com sua barba branca, enorme.

                A carruagem estava cheia de presentes.

                -O que terá dentro das caixas?

                – Estou curiosa para saber o que vou ganhar- disse Sofia.

                Todos perguntaram sobre a saúde do Papai Noel. E ele disse que estava muito bem, graças a Deus.

                O Gnomo começou a explicar a origem do Natal e o significado da comemoração.

                Com o elixir trazido pela Ondina , fizeram um brinde ao Papai Noel.

                E o Gnomo começou:

                Estamos aqui reunidos, para comemorarmos o verdadeiro sentido do Natal.

                O Silfo Rivail começou a cantar uma doce melodia e a voz do Gnomo soou baixinho:

“-O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Antigamente, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não sabiam com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi no século IV que o dia 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. As pessoas hoje em dia montam árvores e compram presentes caros e se esquecem do aniversariante do dia”.

                -Vocês sabem quem é o aniversariante do dia 25 de dezembro? – Perguntou Noel.

                Joli latiu , querendo participar da conversa.

                – E todos responderam em coro:

                -O Menino Jesus!

                – Jesus veio nos ensinar o amor.

                -O amor incondicional.

                -Natal é tempo de bênçãos.

                -Devemos tratar todos como irmãos.

                -Pois é, continuou o Gnomo, num dia frio , bem longe daqui, em Belém , nasceu um menininho lindo , o qual deram o nome de Jesus.

                 A festa continuou e a Ondina apresentou sua dança.

                A Ondina dançou… dançou… e todos aplaudiram.

                E quando a Salamandra se apresentou, toda sala iluminou-se e línguas de fogo douradas espalharam –se pela sala. A salamandra engolia e soprava o fogo.

-Eu trago para o Natal, entusiasmo e fé para todos vocês. Fé no menino Jesus que veio salvar o mundo.

                O Gnomo serviu a ceia e Carlinhos pediu para ler uma mensagem de Natal.

                O Papai Noel já estava roncando quando Sofia pediu para abrir os presentes.

                Papai Noel então explicou o verdadeiro sentido do Natal:

                -Meus amiguinhos, estamos nesse planeta para aprendermos o Amor.

                -O Amor incondicional.

                -Deus enviou seu filho ao mundo para que o mundo fosse salvo por Ele .

                -Por que há tanto ódio no mundo? -Perguntou Carlinhos.

                -O ódio é o contrário do amor e os homens ainda aprenderão a amar uns aos outros.

                – E por que existe orgulho? – Perguntou Carlinhos.

                -Orgulho é o amor que enlouquece – respondeu Noel. Um dia a humanidade entenderá o sentido da humildade.

                -Por que filho mata o pai e até a mãe?

                -Por falta de amor.

                -O dia em que todos nós aprendermos o amor, não haverá mais guerra e no mundo só haverá paz. Também não haverá mais necessidade de leis quando o amor incondicional dominar a Terra.

                Nisso, o Gnomo colocou a imagem do menininho Jesus em cima da mesa e todos fizeram uma oração.

                Papai Noel emocionado, disse:

                – Em um mundo onde carro vale mais do que abraços e uma tela de TV vale mais que conversa, é preciso nos unirmos para espalharmos o amor e o respeito.

                -Bom, mas agora vamos aos presentes.

                -Para você Gnomo esse saco cheinho de alegrias – e entregou um saco colorido com laços vermelhos.

                -Obrigada Noel estou mesmo precisando de alegria.

                -Para você salamandra, entrego esse pacote de paciência. Que você use a paciência sempre que tiver pressa. A pressa é inimiga da perfeição.

                -Obrigada Noel, estou mesmo precisando de paciência para não colocar fogo em tudo.

                -Para você Ondina esse pacote de solidariedade. Que você a use sempre que precisar ajudar seus irmãos no fundo do mar.

                -E para o Silfo Rivail um pacote colorido de beijos de luz. Que o Silfo Rivail espalhe beijos por todo canto do céu.

                -Para Carlinhos um embrulho com um laço azul, cheinho de abraços apertado.

                -Para Sofia, uma caixinha de música cheia de felicidades.

                – E… cadê o Joli?

                 Joli dormia debaixo da mesa. Carlinhos o acordou. Joli latiu e Papai Noel entregou-lhe uma caixa de bombons de amizade.

                Todos gostaram muito dos presentes, mas… Carlinhos tinha uma surpresa para Noel.

                -O senhor pensou que o esquecemos?

                Papai Noel sorriu timidamente.

                -Meu presente é a amizade de vocês.

                Nesse momento o Gnomo entrou com uma caixa enorme com fitas coloridas contendo vários vidrinhos de elixir do amor. Na caixa havia também uma imagem do menino Jesus , a manjedoura , Maria e José.

                -Vamos agora agradecer a Deus por esse momento de paz.

                -Obrigada Senhor pelos meus olhos perfeitos, pelas minhas mãos perfeitas, pelos ouvidos perfeitos, obrigada Senhor pela vida.

                Uma música suave fez-se ouvir, o Silfo Rivail tocando uma harpa, era a imagem personificada do amor e da beleza.

                Todos estavam entorpecidos pela magia daquela hora.

                O Papai Noel chamou a carruagem, colocou todos os presentes e despediu-se:

                -Esta é uma noite de magia, todos receberão presentes.

                -Que presentes? – Perguntou Sofia.

                Os presentes deste ano são: amor, ternura, amizade, abraços sinceros, beijos, solidariedade, compaixão, fraternidade ….

                -Adeus amiguinhos!

                -Adeus Papai Noel.

                E o Papai Noel desceu as colinas, embrenhou –se pela floresta, subiu aos céus e caiu no mundo para ensinar valores éticos aos homens de boa vontade.

                                               Feliz Natal!!!

 

 

 

 

 

 

 

Sergio Diniz da Costa
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