Afrânio Mello fornece informações sobre as famílias FERREIRA e RODRIGUES
ATENDIMENTOS NÚMEROS 1.321, 1.322 e 1.323
Prezado Evandro,
Um pedido do Sérgio é uma ORDEM e a sua solicitação é um imenso prazer atender.
Estou enviando os dois arquivos. Bastante material para sua pesquisa.
Na mensagem segue um resumo dos arquivos para os leitores do Jornal Rol e os principais só no seu e-mail.
FERREIRA…………………… 15 páginas, 2 brasões no arquivo e mais 2 em separado.
RODRIGUES……………….. 22 páginas, 4 brasões portugueses es 7 espanhóis.
RODRIGUEZ(Espanha)…. 2 páginas e sem brasão.
Tem também nos arquivos do Rodrigues a NOBREZA TITULAR, a HERÁLDICA, a LINHA INDÍGENA,
a LINHA AFRICANA e os CRISTÃOS NOVOS.
Você está recebendo bons arquivos para o seu estudo e, espero que encontre os seus.
Afrânio Franco de Oliveira Mello
afrânio@tintaspig.com.br
“ Estas informações estão sendo fornecidas gratuitamente e serão publicadas no Jornal Cultural ROL-(www.jornalrol.com.br).
A não concordância com esta publicação deve ser informada imediatamente. Gratos”
Ferreira, sobrenome de origem portuguesa. Sobrenome de raízes caracteristicamente toponímicas, teve a sua origem, segundo alguns autores, na designação da vila de Ferrera, em Castela, hoje Herrera de Rupisverga, havendo outros que a dão numa das várias vilas portuguesas com o mesmo nome, significaria “lugar onde há ferro ou jazida de ferro” Terá sido o fundador desta família em Portugal, Dom Fernando Álvares Ferreira, senhor do paço de Ferreira, na freguesia de Sâo João de Eiris, comarca de Aguiar de Sousa, rico-homem de Dom Sancho I segundo Rei de Portugal, no final do século XII. Outros genealogistas dão crédito a Rui Pires, um dos fidalgos que vieram a este reino com a rainha Dona Tareja, foi o primeiro que se chamou de Ferreira, tomando o nome da ” Ferreira de Alves “, de quem foi senhor, e é considerado como sendo o solar da família.
Em Portugal sobrenome tomado do lugar de Ferreira, na Freg.ª de S. João de Eyris, Concelho de Aguiar, comarca do Porto, Prov. do Minho, Portugal (Sanches Baena, II, 68). Do latim ferraria, mina de ferro (Antenor Nascentes, II, 111). Portugal: O primeiro que usou este sobrenome foi Rio Pires, que o tomou da localidade de Ferreira de Aves, de que era senhor e onde fundou o solar da família. Era bisneto de Fernão Jeremias, um dos fidalgos que passaram de Castela a Portugal em 1095, acompanhando D. Teresa, mulher do conde D. Henrique de Borgonha (Anuário Genealógico Latino, I, 43). Felgueiras Gayo, no século XIX, informa que no Concelho de Aguiar se achava o Couto de Ferreira, o Vale de Ferreira, o Rio de Ferreira e o Chão de Ferreira, e que tudo foi motivo de originar esta família.
Títulos, Morgados e Senhorios em Portugal
Barões da Ermida Barões da Silva
Barões de Famalicão Barões de Ferreira
Barões de Ferreira dos Santos Barões de Guaratiba
Barões de Luso Barões de Matosinhos
Barões de Mogadouro Barões de Mogofores
Barões de Pernes Barões de Salvaterra de Magos
Barões de Samora Correia Barões de Santos
Barões de São João de Canelas Barões de Sarmento
Barões do Cruzeiro Condes de Carvalhido
Condes de Cavaleiros Condes de Condeixa
Condes de Ferreira Condes de Fontalva
Condes de Itacolumi Condes de Mesquita
Condes de Santa Isabel Condes de São Cosme do Vale
Condes de Sarmento Senhores da Casa de Cavaleiros
Senhores de Cavaleiros Senhores de Povolide
Senhores do Morgado de Argemil Viscondes da Ermida
Viscondes da Fonte Boa Viscondes de Arneiro
Viscondes de Atouguia Viscondes de Azevedo Ferreira
Viscondes de Borges de Castro Viscondes de Carvalhido
Viscondes de Ferreira Viscondes de Ferreira Alves
Viscondes de Ferreira de Abreu Viscondes de Ferreira de Almeida
Viscondes de Ferreira Lima Viscondes de Ferreira Lima
Viscondes de Guaratiba Viscondes de Itacolumi
Viscondes de Landal Viscondes de Montalvo
Viscondes de Montargil Viscondes de Moreira de Rei
Viscondes de Rio Sado Viscondes de Ruães
Viscondes de Santa Isabel Viscondes de São Clemente de Basto
Viscondes de São Cosme do Vale Viscondes de Sarmento
Viscondes de Trevões Viscondes de Vale de Sobreda
Viscondes de Vilarinho de São Romão Viscondes do Desterro
Viscondes do Silho Viscondes dos Lagos
Cargos e Profissões no Reino de Portugal
Alcaides de Monforte
Alcaides de Portel
Alcaides de Trancoso
Engenheiros
Médicos
Professores
A linhagem dos Herrera da Espanha
Herrera trata-se dum apelido castellano que teve seu solar, na vila de Pedraza. O primeiro de quem se tem noticia desta linhagem é Don Gonzalo Peláez de Herrera que aparece como testemunha numa escritura fechada no ano 1.163. E em outra, no ano 1.229, por mercê do rei Don Fernando “el Santo”. Don Estaban de Herrera acompanhou, ao anteriormente citado rei, na conquista de Sevilla, no ano 1.235 e foi uns dos duzentos cavaleiros aos que o dito monarca, em agradecimento aos serviços que lhe prestaram, deixou muitos bens a esses cavaleiros . Outro tanto, lhe ocorreu a Don Pelayo de Herrera, que participou da mesma conquista deste rei, que também, entrou no repartimento de terras. Há alguns autores, que admitem que sua difusão partiu de Castilla, levan o tronco deste apelido além de nossas fronteiras, dizendo que teve origem na Itália, que os identificam com Ferrara, indicando que, ao passar a Espanha, primeiro como Ferrera e logo se transformou em Herrera. Vários cavaleiros deste apelido juntos aos citados anteriormente, estiveram na conquista da cidade e fortaleza de Ubeda. Entre estes cavaleiros, se chamava el mariscal Juan de Ferrera. Temos que dizer que com este apelido ocorre o mesmo que com Fernández e Hernández, que se acostumava a escrevê-los indistintamente com F ou com H, e assim em antigos documentos pode-se ler Ferrera e em outros Herrera, quando se estão referindo ao mesmo personagem. Pois bem, el mariscal Ferrera numa batalha que tiveram contra os mouros ante Baeza, morreu combatendo valorosamente contra seus inimigos. García González de Herrera teve título de Mariscal de Castilla e foi senhor de as vilas de Pedraza, Arroyo del Puerto e outros lugares que lhe deu o conde don Sancho, filho del rei Alfonso XI. Esta família de Herrera está entroncada com as de Guzmán, Enríquez, Padilla, Velasco e outras de reconhecida nobreza. Melchior de Herrera foi alferes mor de Madrid e mereceu do rei Felipe II, o título de Marquês de Auñón. A família que passou para Portugal, acabou por mudar o apelido para Ferreira.
Rodrigues, Rodriguez, sobrenome de origem luso-espanhola. Classificado como Patronímico bastante abundante, tanto quanto era o nome próprio Rodrigo ou Rui que o originou nos séculos XIV e XV, inúmeras são as famílias que o adotaram por apelido sem existirem os menores laços de consanguinidade entre elas.
Isso não impede que algumas dentre elas ascendessem à nobreza da fidalguia de cota de armas, o que sucedeu particularmente com três. Teremos assim, e para começar, a que procede de um desconhecido Martim Rodrigues, cujas armas figuram já no Livro do Armeiro-Mor.
Sobrenome de formação patronímica – o filho de Rodrigo (v.s.). Documentou-se as formas Roderiquici [no ano de 1074], rodoriquici [em 1075], rodoriquiz [em 1081], roderiguiz [em 1079], rodorigiz [em 966], rodrigiz [em 1096] e rodriguez, forma espanhola (Antenor Nascentes, II, 264). Patronímicos são apelidos que consistem numa derivação do prenome paterno. No latim ibérico constituiu-se esse tipo de apelido com o sufixo “-ícus” no genitivo, isto é, “-íci”. É quase certo que se trata de um sufixo ibérico “-ko”, indicativo de descendência, com as desinências latinas da 2ª declinação. Assim, por evolução fonética temos no português medieval -ez (escrito -es, porque átono) -iz, -az (escrito -as, quando átono). Por exemplo: Lopes (que vem de Lopo), Fernandes (filho de Fernando) e Perez ou Peres ou Pires (filho de Pero, variante arcaica de Pedro). Portanto Peres (paroxítona/Portugal) e Perez (oxítona/Espanha) têm por significado «Filho de Pedro». Registram-se, entre muitas, quatro antigas famílias com este sobrenome, com brasão de armas diferente: I – Martim Rodrigues, Antônio Rodrigues e Paio Rodrigues, obtiveram as mesmas armas; II – Antônio Rodrigues, outro, principal rei de armas Portugal, no tempo de D. Manuel I, rei de Portugal em 1495; III – Paio Rodrigues; e IV – Rodrigues de Varillas (de Salamanca, Espanha). Procede do conde D. Vela, filho de D. Ramiro, fal. em 1094, rei de Aragão. Registra-se, ainda, Diogo Rodrigues das Varillas, que no tempo do rei D. Felipe II, passou a Portugal, onde se casou e seu neto Diogo Rodrigues, em 1629, registrou brasão de armas (Anuário Genealógico Latino, I, 82). Brasil: Assim como os demais patronímicos antigos – Eanes, Fernandes, Henriques, etc. – este sobrenome espalhou-se, desde os primeiros anos de povoamento do Brasil, por todo o seu vasto território. Em São Paulo, entre as mais antigas, registra-se a família de Braz Rodrigues, carpinteiro da ribeira, com geração de seu cas. com Brígida Ramalho – falecidos antes de 1582. Ainda em São Paulo: Diogo Rodrigues [1560, Santo Amaro], Baltazar Rodrigues [1562, S. Paulo], Braz Rodrigues [1579, S. Paulo], Martim Rodrigues Tenório [1589, S. Paulo], Manuel Rodrigues de Gois [1599, S. Paulo] (AM, Piratininga, 165) e Antônio Rodrigues de Alvarenga [c.1555, Lamego – 1614, SP], de quem também descendem os Alvarengas (v.s.), de São Paulo. Ainda, em São Paulo, registra-se os descendentes de Pedro Rodrigues, que deixou geração do seu cas., por volta de 1899, com Palmira Dumont, filha de Gustavo Dumont. Entre os descendentes do casal, registram-se: I – o filho, José Rodrigue [26.08.1902 – 31.01.1961], que deixou geração do seu cas. com Yolanda Negrini [1910-1992], integrante da família Negrini (v.s.), de São Paulo; II – a neta, Neide Negrino Rodrigues, filha da anterior. Casada na família Gomes. Ainda em São Paulo, registra-se, entre muitas, a família de Fortunato José Rodrigues [05.04.1895 – 09.04.1971], estabelecido em Itapeva. Residiu na zona rural do Bairro do Colégio no distrito de Itapeva. Com geração do seu cas. com Maximiana Francisca de Oliveira [25.04.1901, Itapeva, SP – 12.10.1988]. Entre os descendentes do casal, registram-se: I – o filho, José Rodrigues da Cruz [14.11.1922, Itapeva, SP -], que, ainda religioso, serviu como capelão dos antigos terços cantado de Itapeva. Mestre da tradicional dança de São Gonçalo, a qual aprendeu com seu pai.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros, Editor-Geral do Jornal Cultural ROL e um dos editores do Internet Jornal. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA. Membro Fundador das seguintes entidades: Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA; Academia Hispano-Brasileña de Ciências, Letras e Artes – AHBLA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALLA e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 7 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Dr. h. c. em Literatura, Dr. h.c. em Comunicação Social, Defensor Perpétuo do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro e Honorável Mestre da Literatura Brasileira; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia e Associação Literária de Tarrafal de Santiago, Embaixador Cultural | Brasil África – Adido Cultural Internacional