Gemidos suprimidos
Tuas dores, ó povo Brasileiro, ouço-as sem cessar.
As dores dos idosos em seus leitos, entubados a chorar.
As dores dos mais jovens, conscientes ou não,
Temendo um futuro que, talvez, não virá.
As dores dos incansáveis Profissionais da Saúde
Lutando sem cessar…
As dores dos desempregados desolados,
Sem ter com que pagar.
As dores dos inocentes afastados
Do convívio escolar.
As dores das Autoridades sentindo
As responsabilidades do problema a sanar.
As dores dos cientistas passando horas
Em vigília para uma vacina criar.
Ó Terra adorada, quantos são seus ais!
Ouço o silêncio dos teus olhos,
Ouço os questionamentos não verbais,
Ouço os gemidos suprimidos,
Abafados como num Cais.
Ó Terra adorada, quantos são os seus ais!
Marilza Alvarenga Teixeira Santos
Poema publicado originariamente na Coluna Diário das Emoções, em 10/06/2021
(https://zdmnews.com.br/noticia/4150/poema-gemidos-suprimidos)
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