Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Penhasco’
Na sombra da névoa tênue
e esvaecida da colina,
geme em segredo o vento.
Franzi as águas
que deslizam sorridentes
sobre a areia,
aos olhos da natureza.
Na placidez da tarde,
canta no crepúsculo
a paisagem
pelas janelas do tempo.
Mistérios,
segredos…
Nas paredes aquareladas
do entardecer
cortinas mescladas de saudades
nos adereços da tarde,
debruçam-se.
Aos olhos do rio sobre as ondas,
a solidão perpetua.
O crepúsculo adormece,
a tarde agoniza,
nuvens misteriosas
derramam-se no ocaso.
Na sombra da névoa tênue
e esvaecida da colina rochosa,
geme em segredo o vento,
enquanto o penhasco sorri.
Ceiça Rocha Cruz
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