Edna Froede: ‘Vi e senti amor em meio à dor’
Testemunhei a fúria da natureza em um único Estado, onde chuvas torrenciais, enchentes, rios transbordando e ventos violentos isolavam pessoas, derrubavam casas e levavam consigo vidas inocentes. Vi a devastação sem piedade, levando tudo em seu caminho, das casas às árvores, dos carros às esperanças.
Ouvi os gritos de desespero, a fome, a sede, o pavor ecoando por todos os lados. E nesse caos, como um lamento coletivo, vi algo surpreendente: uma força protetora, como se a própria terra estivesse defendendo-se da ganância humana que busca desenraizá-la.
Nesse cenário desolador, vi poderosos e simples, justos e ímpios, todos compartilhando da mesma angústia. Mas mesmo na adversidade, uma presença divina parecia guiar os destinos. Aqueles que mantinham a fé permaneciam firmes, enquanto os descrentes lançavam suas blasfêmias.
Contudo, em meio à desolação, vi algo ainda mais poderoso emergir: o amor. Vi pessoas se unindo em solidariedade, estendendo mãos amigas para salvar os desamparados. Vi, ouvi e senti a essência humana se elevar acima do terror, revelando a beleza da compaixão em tempos sombrios.
Assim, vi em meio ao caos e ao terror, a beleza e a harmonia do amor.
Edna Froede
Contatos com a autora
- Darwinismo morto - 24 de junho de 2024
- Que país é este? - 5 de junho de 2024
- Corpus Christi - 29 de maio de 2024
Quanta profundidade nas palavras! Aonde há amor, há esperança.
Parabéns pela publicação.
Amo as poesias dessa autora.