Evani Rocha: Poema ‘Efêmero’
Durou tanto quanto uma chuva de verão,
Foi tão efêmero quanto o nascer
E o pôr do sol…
Assim como duram as folhas que se entregam à solidão do solo,
Secas e desgarradas da ‘árvore-mãe’,
No outono…
Passou como passa o tempo, fugaz,
Mas ainda assim imergiu em mim e fez morada.
Fez trilhas e descampados
Refestelou sob a luz da Lua,
Nas noites de primavera.
Deveras, carrega em teu âmago
A brevidade das horas,
A sutileza das sombras…
Como as ondas desavisadas na maré cheia!
Durou feito o tempo dos beija-flores, a sorver o néctar…
O suficiente para se nutrir da viva seiva
Que transborda em ti…
Aqui nada mais resta, senão fragmentos de saudade,
Feito rastros na areia,
Que brevemente as ondas levam para as profundezas do mar!
Evani Rocha
Contatos com a autora
- Não vale - 9 de outubro de 2024
- Amor infinito - 2 de outubro de 2024
- Efêmero - 10 de setembro de 2024
Evani, você descreveu poeticamente a efemeridade. Porém, a impressão que o poema causa na alma é perene! Cada verso você o o dá à luz literária com filigrana de sensibilidade!
Caríssimo editor e precioso amigo! Suas palavras muito motiva-me a continuar escrevendo minhas singelas inspirações.
Gratidão sempre!