setembro 19, 2024
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No ROL, mais uma colaboração de Primeira Grandeza: a poetisa Mari Moraes!

A poetisa e professora sorocabana Mari Moraes é pós-graduada em Literatura Infantil e ludopedagogia e graduada em Letras Português/Inglês e Pedagogia

A Família ROLiana continua crescendo! Em quantidade e, sobretudo, sensibilidade!

Mari Moraes é pós-graduada em Literatura Infantil e ludopedagogia e graduada em Letras Português/Inglês e Pedagogia. Atualmente atua na área da educação como professora de ensino básico I na rede municipal de Tatuí.

Participante de saraus literários e eventos culturais envolvendo a arte, a educação e a literatura com poesias de sua autoria e seu livro autoral acadêmico com ênfase na literatura infantojuvenil e nas temáticas adolescentes como a bulimia, a homossexualidade e a separação dos pais na adolescência, intitulado “Análise temática da série juvenil Pretty Little Liars – Aproximação e Ensino” (2018).

É, também, participante de banca examinadora de trabalhos de conclusão de curso da Universidade de Sorocaba (Uniso) e foi palestrante da 32° Semana de Letras da referida universidade devido ao lançamento do seu livro acadêmico.

Atualmente está com projeto de pesquisa relacionado ao gênero na literatura infantojuvenil.

Mari Moraes inaugura sua colaboração no ROL com um poema atualíssimo e altamente reflexivo: ‘Bala Perdida‘!

BALA PERDIDA

Bala perdida no meu peito,
Feriu meu coração,
Ruas da cidade,
Bares, lanchonetes e mercados,
Favelas, morros e bairros luxuosos,
Ninguém está livre da violência,
Ninguém está livre do mundo que construímos.
O que será de nossas crianças amanhã?
Será que elas ainda existirão?
Será que nós ainda existiremos?
Bala perdida em minha cabeça,
Feriu a minha mente,
Fazendo-me pensar num mundo totalmente mudado;
Violência na própria escola,
No próprio trabalho, no próprio lar em que vivemos.
Desemprego aumentando,
A fome apertando,
O dinheiro acabando,
Onde  estão as nossas famílias?
Onde está a nossa paz? A nossa alegria?
Bala perdida em minhas mãos,
Feriram meus dedos,
Eu vi meu trabalho e tudo que conquistei,
Acabar naquele momento, em minhas mãos
Ensanguentadas com o sangue de minhas veias,
Tudo que suei, tudo que lutei para conseguir,
Toda a vida digna que dei a minha família,
Todo amor e carinho que construí,
Toda a minha história feita com amor,
Tiraram de mim a minha vida…
Bala perdida no meu coração,
Feriram meus sentimentos,
Crianças sem um lar, sem uma família,
Pedindo esmolas nas ruas,
Enrolando-se em folhas de jornal e as fazendo de cobertor,
Necessitando de carinho, de atenção,
De um gesto de amor, de compreensão,
Idosos que nunca mais tiveram um lar,
Abandonados pela sua própria família,
Pessoas sem  tempo, nem para dar um último suspiro…
Bala perdida no mundo,
Feriram todos nós,
Trouxeram a guerra,  a violência,
A mortalidade infantil e muitas outras dores,
Uma brutalidade sem igual nos próprios corações,
Uma vida sem destino, sem rumo.
Perdidos estamos,  neste mundo,
Sem paz, sem abrigo, sem luz!
Com medo, vivendo uma terrível realidade,
Aceitando tudo e se calando para o mundo.
Bala perdida no ser humano…
Até onde mais iremos chegar?!…

 

 

 

Sergio Diniz da Costa
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