As disposições batem de frente com as disposições da lei do desarmamento
As decisões do atual inquilino do Palácio do Planalto excedem, para pior, mesmo as expectativas dos que, como eu, dele só esperavam o pior.
O grande exemplo disso é o insano decreto que, a título de flexibilizar as normas da lei do desarmamento, viabilizam o acesso de 19 milhões de pessoas às armas de fogo, as quais, no limite, poderão adquirir até quatro delas – inclusive fuzis não automáticos, ou seja, que não disparam rajadas, mas podem cuspir dezenas de disparos em curtíssimo tempo – e municiar-se com até 5 mil cartuchos por ano.
Mesmo após aparados os muitos excessos daquele ato – cujas disposições, creio, batem de frente com as disposições da lei do desarmamento, que a elas se sobrepõe – o decreto cria uma situação de risco geral e totalmente insana.
Imagine-se o que pode acontecer se, na rua ou condomínio em que você mora, um desses brasileiros hiper armados e municiados surtar e resolver acertar, na bala, suas contas com o mundo…
Ou, se num número mínimo de casas ou apartamentos, os pais não conseguirem manter armas e munições em locais separados e inacessíveis às crianças…
A mim parece que quem vai efetivamente estar acima de todos, nesse terrível cenário infernal, serão a Taurus e os seus concorrentes internacionais, agora com livre acesso ao nosso mercado.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.