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Pode parecer muita pretensão de minha parte, mas como tive oportunidade de escrever, neste espaço, há mais de cinco meses, o governo Dilma II chegou ao fim: (O governo de quatro meses; 04/04/15)
“Dilma, solapa as conquistas dos trabalhadores que jurou defender e, sem rumo, segue refém de um governo que, em menos de quatro meses de mandato, já acabou.”
Os fatos demonstram que eu estava certo e, desde então, a crise se aprofundou. O reino da fantasia criado pela propaganda eleitoral, desmoronou. A rainha, perdida nos seus suntuosos palácios, desonerou-se das responsabilidades do governo, por incompetência e falta de credibilidade. No vácuo de poder, multiplicaram-se as perguntas: Quem vai assumir o comando da economia?… Da coordenação política?… Das relações institucionais?
O mercado financeiro concordou em indicar o Ministro da Fazenda. Quadros leais aos seus princípios e dogmas os bancos têm em abundância. Há muitos economistas com o perfil adequado ao desafio. O problema é que poucos estão dispostos a assumir a missão quase impossível. Contudo, como é missão, a ‘banca” escalou o seu representante que não pode fugir da responsabilidade. Seu nome, pouco importa. Basta que seja da confiança do sistema financeiro.
A dificuldade maior foi definir o coordenador político. Não por falta de candidato, mas por excesso. Muitos se prontificaram a assumir o papel, pois já se sabe que a tara do político é a busca do poder. O objetivo é chegar lá. E depois? Bem… O depois é depois.
Dilma desacreditada não teve saída. Rendeu-se à condição de rainha da Inglaterra que lhe foi imposta e engoliu a indicação do chefe do PMDB. O lulopetismo, por sua vez,devastado pela corrupção e pela profunda crise de governabilidade, não teve como evitar. Aceitou o comando do presidente do PMDB, seu poderoso aliado e potencial adversário político.
Levi assumiu o comando da economia e Temer a coordenação política. Chegou-se, assim, a um acerto que na física se denomina de princípio do equilíbrio instável. Até quando?…
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.