Serão oferecidos dois minicursos, transmitidos em tempo real pela plataforma Zoom e os interessados podem se inscrever até 11/04. Serão oferecidas ao todo 100 vagas, sendo que 15% delas são destinadas a moradores de Diamantina e região
A 3ª edição do Festival de Música Histórica de Diamantina será realizada entre os dias 23 de abril e 01 de maio, em formato totalmente digital em função do avanço da pandemia e das necessidades de isolamento social.
A programação terá como base a temática “O acervo somos nós” e busca dar visibilidade aos diversos acervos de música existentes em Minas Gerais, desde conjuntos de partituras e de instrumentos presentes em museus e espaços culturais, além daqueles caracterizados por sua dimensão social, comunitária e corporal, os acervos vivos, compreendendo a função de mestres instrumentistas e cantadores da cultura popular, os povos indígenas presentes no estado, bem como as práticas musicais comunitárias que consolidam espaços de preservação da memória sonora, como as linguagens de sinos, as bandas e os terreiros.
Por conta deste recorte, a programação é bastante abrangente e inclui diversas atividades, voltadas para públicos variados.
Entre os destaques desta terceira edição está a realização de dois minicursos gratuitos: “Conservação de documentos musicais”, com a professora Mary Ângela Biason, do Museu Carlos Gomes e “O sino da igrejinha faz belém blem blom”: o soar e os sentidos dos sinos e de seus toques na África central ocidental e no Brasil centro-africano”, que será ministrada pelo professor Rafael Galante – mestre e doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo.
Ambas as atividades serão realizadas nos dias 27 e 28 de abril por meio da plataforma Zoom. Os links serão encaminhados para os e-mails dos selecionados. Os participantes receberão certificado de participação. As inscrições vão até 11/04 pelo site do festival: www.musicahistoricadiamantina.
Sobre os minicursos
- Conservação de Documentos Musicais, com a profa. Mary Ângela Biason
A partir da história da música brasileira, os participantes terão a oportunidade de discutir o significado de patrimônio e os movimentos de preservação. Serão abordados temas como a produção dos papéis de música, onde se encontram e porque foram preservados, sensibilizando os alunos frente às manifestações musicais que acontecem à sua volta, iniciando pela sua família e se estendendo para sua comunidade e sua região.
Aula 1: Conceitos e definições sobre pesquisa em música
– patrimônio (herança) musical – o que é considerado patrimônio, o que é importante preservar e porque se guarda um documento
– documento musical (papel de música) – onde se encontram e porque foram preservados
– pesquisa – o que o documento nos diz além da notação musical, onde buscar informações sobre quem compôs, quem tocou, quem guardou
Aula 2: Catalogação e conservação
Trabalhando com acervos
– documento musical – identificar, conservar, pesquisar, catalogar, disponibilizar
– o processo de catalogação – como buscar as informações importantes para identificar o documento, o que é importante para o pesquisador
– noções básicas de conservação e acomodação de papéis de música
- “O sino da igrejinha faz belém blem blom”: o soar e os sentidos dos sinos e de seus toques na África central ocidental e no Brasil centro-africano”, com o professor Rafael Galante
Esse minicurso, distribuído em dois encontros tem como objetivo discutir a história, as musicalidades e os significados da tradição sineira afro-brasileira, especialmente a afro-mineira, como parte dos desdobramentos culturais da grande diáspora centro-africana no Brasil.
No primeiro encontro serão discutidos alguns dos usos sociais, significados simbólicos e contextos históricos das grandes e milenares tradições sineiras das sociedades da África Atlântica e o impacto do contato destas mesmas sociedades com a tradição sineira da Europa Ocidental cristão, a partir do século XV, especialmente no contexto da chamada África Central ocidental. No segundo encontro, os participar terão a oportunidade de reler o significado filosófico/espiritual e o processo histórico de formação das tradições sineiras afro-brasileiras contemporâneas, ainda especialmente forte em práticas do catolicismo afro-mineiro de regiões como o Alto Jequitinhonha e ao longo de toda a Serra do Espinhaço. O objetivo principal da atividade é mostrar que apesar de invisibilizada/silenciada ou menosprezada na maior parte das narrativas históricas (ou de patrimonialização) sobre a tradição sineira em Minas Gerais (como também no restante do Brasil) a atuação dos sineiros africanos e de seus descendentes afro-brasileiros, sempre referenciados a partir do imenso legado civilizatório africano, foi (e ainda é) absolutamente central para a constituição e (re)existência de toda a tradição sineira afro-católica no Brasil.
Serviços
Inscrições abertas para workshops gratuitos do III Festival de Música Histórica de Diamantina
Inscrições gratuitas até 11/04 por meio do formulário disponível no site do festival: www.
Divulgação dos selecionados: 16/04
Realização:
Workshop Conservação de documentos musicais
Datas: 27 e 28 de abril de 2021
Horário: De 9h às 11h
Plataforma Zoom
Workshop “O sino da igrejinha faz belém blem blom”: o soar e os sentidos dos sinos e de seus toques na África central ocidental e no Brasil centro-africano.
Datas: 27 e 28 de abril de 2021
Horário: De 9h às 12h
Plataforma Zoom
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024