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Artigo de Pedro Novaes: "Crime rotineiro'

    Pedro Israel Novaes de Almeida: CRIME ROTINEIRO

 

 

colunista do ROL
Pedro Novaes

Um cidadão carioca resolveu, e conseguiu, documentar cenas trágicas de violência urbana, em pleno centro do Rio de Janeiro.

Celulares, bolsas, pastas, joias e bijuterias são ostensivamente arrancadas dos transeuntes, em sua maioria crianças, idosos e mulheres. Gritos de socorro não atraem a reação de transeuntes, temerosos pela própria integridade física e gratos por não haverem sido eleitos vítimas.

As cenas ocorrem à luz do dia, e percorreram o mundo, reforçando a imagem que transmitimos, de uma sociedade desassistida e insegura. Policiais sequer descem da viatura, após ouvirem os apelos desesperados da vítima, assaltada segundos antes, ali pertinho. Solícitos, com certeza orientaram o assaltado à feitura de um Boletim de Ocorrência, na delegacia mais próxima.

Dizem que os policiais andam desestimulados e pouco respeitados, pelo fato de poucos dos conduzidos ao plantão persistirem de fato detidos. A maioria dos marginais que atua nos centros urbanos, com local, dia e hora marcados, são menores, não raro sob comando de maiores.

Na cultura popular, menor, di menor, é a criatura pouco atingida pelo rigor das leis penais, possuidor de passaporte válido e respeitado para a quase impunidade. Na cultura social e humanista de parte dos intelectuais ainda não vitimados, o menor é o produto final e inequívoco do ambiente em que foi criado. Só.

Alguns povos, mais evoluídos, conseguiram manter intacto o instinto de sobrevivência da sociedade, priorizando a segurança de cada cidadão, direito absoluto, perante qualquer desvio de comportamento humano. Habitam países onde o coitadismo visa a coletividade, que não pode ficar exposta aos desígnios de um ou outro desrespeitador, tenha ou não histórico trágico de nascimento ou criação.

No Brasil, o zelo com que é idealizado o trato do menor bandido pouco tem a ver com as condições reais do recolhimento. O sistema prisional, para menores e maiores, persiste primitivo e selvagem.

Persistimos confundindo idade cronológica com imaturidade obrigatória, enquanto velhos de 17 anos seguem delinquindo. Idosas de 17 anos, devidamente vividas e experientes, estupram e iludem crianças de 70 anos.

Já o dissemos, que a segurança da sociedade deve ser priorizada contra qualquer indivíduo que a afronte. Se o afrontador for um bebê, fica contido no berço; se tiver 90 anos, fica sem a bengala.

Inadmissível é a repetição de crimes com hora e local marcados, sob o olhar de todos e com a impunidade de sempre. Se a imprensa e qualquer cidadão são capazes de detectar e filmar os palcos e personagens dos crimes de sempre, a polícia também o é. E no entanto não o faz !

pedroinovaes@uol.com.br

O autor é engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.

 

Helio Rubens
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