A História do primeiro técnico de enfermagem Manhuaçuense diplomado com curso em 1972
Entre as principais funções do técnico em enfermagem está o atendimento aos pacientes da unidade hospitalar, sendo ele um profissional imprescindível à assistência, prevenção de complicações e recuperação da pessoa necessitada, considerando sempre a segurança e a humanização.
O técnico em enfermagem tem várias funções, todas com o propósito de promover a total assistência aos indivíduos e grupos sociais de forma efetiva, em prol da promoção, prevenção, recuperação e reabilitação dos pacientes em todas as etapas do processo.
Trata-se de um dos responsáveis pela garantia de uma assistência individualizada à pessoa. Suas funções podem ser divididas em assistenciais e administrativas. Entenda um pouco mais sobre como funciona cada uma delas a seguir.
Existem três alternativas para quem pretende trabalhar na área da enfermagem. É muito importante que você entenda cada uma delas para evitar qualquer tipo de dúvida. Veja a seguir:
Enfermeiro: trata-se do profissional com graduação em enfermagem, curso superior que geralmente tem a duração de cinco anos;
Técnico em enfermagem: é o profissional formado em um curso técnico, cuja duração aproximada é de dois anos e exige a formação no ensino médio completo;
Auxiliar de enfermagem: é o profissional que fez o curso de auxiliar de enfermagem, que exige, no mínimo, a conclusão do ensino fundamental.
A História de Benoni da Paixão como o primeiro técnico de enfermagem Manhuaçuense diplomado com curso:
Segundo Benoni, em 1971 a enfermagem era denominada “Atendente de Enfermagem”. Não existia na época curso de formação técnica em enfermagem no modelo dos dias atuais. Quando surgiu o primeiro curso na área da enfermagem na época, foi no Instituto Científico de Química do Rio de Janeiro/RJ.
Quando Benoni tomou conhecimento sobre esse curso, foi quando encontrou uma cartilha em uma cestinha na entrada do hospital César Leite de Manhuaçu/MG, oferecendo o curso técnico de enfermagem por correspondência tendo que ao final do curso fazer um estágio em algum Hospital para praticar os conhecimentos teóricos.
No município de Manhuaçu no ano de 1971, Benoni foi o único que se inscreveu no curso de atendente de enfermagem com duração de 8 meses. Ele relata que todo mês recebia material desse curso técnico para estudar e fazer avaliações. Depois do período de oito meses de estudos, Benoni destacou-se como um aluno acima da média com notas nas avaliações superiores de 8 pontos, numa escala de 0 a 10.
Após concluir o curso no ano seguinte, se dirigiu ao Rio de Janeiro sede do Instituto Científico de Química para buscar o diploma de conclusão do curso técnico de atendente de enfermagem. Fez estágio no Hospital das Clínicas em Belo Horizonte por 4 anos, onde aprimorou mais os seus conhecimentos e técnicas de enfermagem e na oportunidade ajudou a salvar muitas vidas. Benoni ressalta que quando foi fazer o estágio em Belo Horizonte, apresentou a cópia do diploma do curso de Atendente de Enfermagem e o professor supervisor do estágio falou que entre os 80 estagiários do Hospital naquele ano, ele era o único que tinha esse diploma de formação técnica em enfermagem. Benoni fala emocionado que só tem de agradecer a Deus por tudo que ele pode fazer em prol do próximo através do seu serviço como enfermeiro, e ainda relata que uma das suas habilidades do curso de enfermagem era para aplicar injeção, onde ele recebeu o apelido de mão de anjo. Ele disse que treinou muito no estágio, de como pegar veia da pessoa para que ela não sentisse dor. Disse também que uma coisa interessante é que as pessoas que ele cuidou não esquece dele né ele relata que tem muitos pacientes que lembram dele até hoje.
O enfermeiro Benoni da Paixão trabalhou 15 anos na enfermagem e 25 anos no setor faturamento do Hospital César Leite e que se aposentou em 1995, mas a convite do provedor da época, voltou a trabalhar por mais 10 anos finalizando a sua trajetória na enfermagem no HCL de Manhuaçu em 2006.
O homenageado de hoje Benoni da Paixão é também um grande poeta de Manhuaçu onde escreveu alguns versos para homenagear o hospital César Leite pelo 95º aniversário de fundação no mês de maio de 2022.
Poema: Hospital César Leite
Em 1927 a comunidade de Manhuaçu era premiada
E os benfeitores daquele tempo iniciavam
Uma grande e difícil jornada
A grande conquista de Manhuaçu e região
Estava sendo preparada.
Com campanhas e doações
O sonho daquela gente foi se realizando
Um povo esperançoso e solidário
Acreditando nos benfeitores
Estava sempre ajudando.
Seu primeiro nome Hospital Manhuassú
Depois de algum tempo seu nome teria que mudar
O nome do seu maior benfeitor
O hospital iria ganhar.
Os outros benfeitores foram aparecendo
E o hospital sempre desenvolvendo
Com amor dedicação e perseverança
O hospital César Leite foi sempre crescendo.
Hoje em dia o povo de Manhuaçu e região
Deve considerar-se privilegiado
Com crescimento e organização
E o grande serviço que este hospital tem prestado.
Não vou citar nome de todos os benfeitores
Para que ninguém seja injustiçado e ofendido
Entre muitos benfeitores
Teve médicos funcionários e outros,
O importante é a gente saber que por nós foi construído.
Benoni da Paixão – Acadêmico Honorário da Academia ACLA/MG de Manhuaçu.
Créditos das fotos: acervo pessoal de Benoni da Paixão
Matéria publicada originariamente na Coluna Resenha Cultural Fabrício Santos, do Portal Zona da Mata News, em 29/04/2022, às 10h44
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Comendador Fabrício Santos, é natural de Munhuaçu (MG). Artista Plástico/Restaurador filiado ao SINAP-ESP e AIAP – UNESCO registro nº 2161/14, Graduado em Pedagogia pela UNOPAR/CEM, 2ª Licenciatura em História pela CESUAR/FIAR, Bacharel Livre em Teologia pela FATE/SP, Auxiliar Técnico em Metalurgia – CEFET/ES, Cursando Arquitetura e Urbanismo pela UNIFACIG, Pós-graduado em Literatura, Cultura e Arte na Educação – FACEC, Pós-graduando em Filosofia e Direitos Humanos – FAVENI, Especialização em Arteterapia e Musicoterapia pelo Ensino Nacional-EAD, Certificação em Artes Decorativas – Projetos de Ambientação, Designer de Interiores, Pintura Decorativa e Restauração, pelo Projeto Mural Color-Rio de Janeiro/RJ. Presidente Fundador da ACLA/MG cadeira nº01, acadêmico efetivo e Benemérito da FEBACLA cadeira nº06, acadêmico efetivo cadeira n°03 da Academia Manhuaçuense de Letras e acadêmico efetivo da ALEPON cadeira n°37. Embaixador da Paz e Diretor da Secretaria Nacional de Educação e Cultura da OMDDH. Representante no CIAB – Circuito Internacional de Arte Brasileira em 11 países(Alemanha, Polônia, Áustria, Hungria, Itália, Portugal, Espanha, Hungria, Eslováquia, Holanda, República Dominicana). Penta-Recordista (RankBrasil). Diretor/Presidente do GOTLAND Instituto Cultural de Educação e Artes de Manhuaçu/MG. Membro do Lions Clube Cibernético Ecológico -LC12. Colunista do Portal Zona da Mata News.