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Clayton Alexandre Zocarato: 'Suicídios culturais ideológicos'

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Clayton Alexandre Zocarato

Suicídios culturais ideológicos

A história da  moralidade brasileira passa por um cotidiano de transformações, onde  se tem  grande necessidade de  tratamento formal e informal em ser classificado  como o que é  indiferentes ou que é ser diferentes.

Não se trata de um pedantismo gramatical, e  sim uma forte análise de como grande parcela das pessoas se comporta em grupo populacional colossal.

Um grupo que em muitos momentos eleva o indivíduo para uma  massificação em destruir sua capacidade de abstração do real, e que vai psicoticamente elevando padrões  comportamentais ociosos, onde concomitantemente se aceita de tudo, e se  pode “imaginar”,  se fizer de tudo.

Usando de Stephen Hawking, “se pode realizar de tudo, refazendo uma história do quase tudo”, que vai minando um falsificacionismo de amor pela humanidade, que faz com que a mente crítica seja forçada em determinados momentos a realizar uma práxis de suicídios culturais, defronte, em  agastar  há  se fazer presente em torno de um senso-comum extasiante, em destruir  uma  moral questionadora poliforme.

O cidadão tupiniquim está de maneira silábica, abraçado ao manuseio da palavra  em se, menorizado quase sendo  classificado como um  quase emancipado politicamente, sendo que ainda carrega traços fortes do seu passado colonial, que é quase ético em respeitar miscigenações e suas heranças multiculturais, mas que ainda sofre com o descaso da sociedade civil em se  consolidar uma história indígena e africanista,  como forma de realçar um respeito de cidadania constitucional que seja assim aberta e acalentada para todos os seus membros.

E em meio à pré-campanhas e pré – prévias eleitoreiras,  para a indicação de candidatos a concorrerem nas próximas eleições federais e estaduais, está um sentido de também buscar um discurso que se  aproxime  da ação discursiva  enfadonha que se aproxime  de um  deleite cultural – partidário ético, com os  setores  mais miseráveis tanto mentalmente como socialmente.

É necessário  certa prioridade de conservação de uma condição humana, havendo um invólucro argumentativo depreciativo, para que assim se possa trabalhar e disseminar dialéticas de um abuso moral e espiritual, que muitas vezes a política feita em pedaços, contenha clareza em seu objeto de conhecimento propedêutico.

Um conhecimento que, ao invés da valorização da razão, promova um entorpecimento intelectual, na sedição dos “menos letrados”, refazendo uma  reescrita de sua história que não seja unicamente  baseado em promessas e com poucas realizações profícuas de mudanças de paradigmas sociais discriminadores.

Dentro da factologia contemporânea, a República Brasileira, passou por períodos onde a esperança de uma igualdade classicista, foi ficando mais encarcerado dentro de  um sentido ideológico utópico e tirânico.

O que não deixa também de ser um suicídio cultural, já que dentro dos bancos escolares, em boa parte de suas unidades, a história, bem como a filosofia, geografia e a sociologia, são vistas como disciplinas subversivas, e com base a promover exclusivamente  assuntos para debates nada prolixos de “resultados de metas de aprendizagens” que favoreçam o  crescimento de índices educacionais nefastos, sem ter a centelha de subjetividades críticas e  indagadoras.

Não se há um projeto congênito, de uma valorização da leitura, deixando suas  aulas engessadas, baseadas nos antigos métodos da “memorização e decoreba”, que vem assim a promove, uma distorção do sentido moral em se entender a democracia, como um sistema político, que venha valorizar a interpretação pessoal e interpessoal em torno de  suas métricas ideológicas.

A  Escola, não está preparando, em grande parte o jovem,  tanto para sua inserção no mercado de trabalho, como também, em  elencar enfrentamentos intelectuais contra um senso-comum retardatário, na disseminação de uma informação, que possa ter tanto ludicidade, como também em labutar um pensamento científico e social, que venha a apresentar uma sublime formatação do livre – pensar de maneira respeitosa e empática entre os diferentes competentes étnicos e culturais que formam o povo da antiga  Ilha de Vera Cruz.

Ou passando por um “conceito deleuziano”, uma repetição cultural nefasta, que venha, a contaminar a construção do afeto coletivo, não  resplandecendo indiferenças, que vão atomizando uma  ética por todas as manifestações culturais existentes nos seus espaços psicossociais.

O suicídios culturais, se perdem em meio a ideologias, que não colocam o fator do respeito pela opinião alheia, como um elo de ligação, que transmita que o princípio universal de exercer seu poder  particular  argumentação.

Uma argumentação que vai se perdendo no meio, de um caos globalizante, que não venha a humanizar, que um acariciar mental,  que esteja  postergado, para uma  abertura de novas virtudes de um pensamento filosófico disseminador, e  que não seja somente uma conceitualização burocrática de bons hábitos, e  que venha a revelar uma mordaça existencial,  limitando  as pessoas, a terem que concordar com tudo aos quais sejam  inseridos em torno de  seus cotidianos.

O brasileiro ficou mal acostumado a ser sempre o “dono do poder”, usando de um aforismo que submete em recordar os estudos classicistas e sociológicos de Raymundo Faoro.

O povo  brasileiro detém em sua grande parcela comportamental,  a questão de ser domesticado, de ter  alguém que o leve pelas cordas, em torno do sentimento de inferiorização, que é mordaz, em se fazer, como se sentir sempre  menor, em se viver plenamente um caminho de liberdade, que não seja exclusivamente existencial, e que se reinvente uma retroalimentação binária de um sentido de  vida, que detenha reflexão, assim como ação.

Uma ação que seja encarcerada, contra páralógicos sentimentais, em se desenvolver  princípios filosóficos ativos,  na forma de se viver, e de angariar reflexões, no sublime desejo individualista, de não se  projetar novos  suicídios coletivos diários, construídos em meio a ideologias políticas e sociais, que venham a concentrar uma forte concentração de classe,  conduzindo para uma responsabilidade política que abarque todos os nichos humanos em torno da “nossa” imensa disparidade étnica.

Sendo assim nossos suicídios culturais ideológicos, são um alerta para uma consternação do livre – pensar, que leve para uma organicidade de intelectualidade fugindo, de “tecnicismos e achismos”, que venham a contaminar a formação de opinião própria cativante e consciente.

Faz-se jus e necessário se provocar, mas sem tirar um saciar, em deixar cada um se perder e também se  encontrar nas  suas próprias respostas de compreensão dos milhares de dilemas sociobiológicos que diariamente assolam boa amplitude de  nossa nação.

Clayton Alexandre Zocarato

claytonalexandrezocarato@yahoo.com.br

 

 

 

 

 

 

Clayton Alexandre Zocarato
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