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Paradigmas pedagógicos

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

‘Paradigmas pedagógicos’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
Criador de imagens do Bing - 29 de abril de 2025,  às 15:37 PM
Criador de imagens do Bing – 29 de abril de 2025,
às 15:37 PM

A fragmentação do conhecimento científico, com especial aceleração no último século, tem provocado correspondente necessidade de especializações, de construção de equipamentos, cada vez mais sofisticados, de intervenções técnicas adequadas, e soluções pertinentes, para os problemas, entretanto surgidos, que se adicionam a outras situações, ainda não resolvidas, que transitaram para o novo século. 

No emaranhado dos conhecimentos, e na luta entre os respetivos paradigmas, surgem as fórmulas pedagógicas, didáticas e técnicas, para se transmitir o volumoso acervo de conhecimentos, que a ciência vem proporcionando, sempre a um ritmo avassalador. 

Modernamente, recorre-se, intensamente, à transmissão dos conhecimentos através das tecnologias da informação e da comunicação, – TIC – com suporte informático. Planificam-se e ministram-se cursos à distância, com a mesma garantia de rigor e validação dos cursos presenciais: as engenharias e as tecnologias ao serviço da educação e formação profissional. A utilização de uma linguagem técnico-científica suportada num idioma a caminho da universalização – Inglês.

Experimenta-se o ensino à distância, inventam-se as máquinas de ensinar, criam-se soluções informáticas para avaliar, rigorosamente, na perspetiva das ciências exatas, matérias e alunos/formandos. A capacidade humana aplicada à ciência, à tecnologia, à criatividade e ao progresso, parece não ter limites. 

A qualidade e nível de vida tem melhorado e reflete-se no desenvolvimento precoce das crianças, em diversos domínios, e no aumento da esperança de vida. Será correto, então, afirmar-se que se vive num mundo maravilhoso? Habita-se num espaço terrestre onde predominam a saúde, a paz, a solidariedade, a amizade, a lealdade, a gratidão, a consideração, o respeito, enfim, felicidade, independentemente dos seus conceitos?

A força e influência paradigmáticas da ciência e da técnica, conseguem introduzir-se na pessoa, sob fórmulas de princípios, valores, sentimentos e emoções? Interpretam e resolvem questões estritamente do foro íntimo de cada pessoa? Podem as máquinas substituir o ser humano na sua consciência, no exercício da moral e da ética, nas manifestações de alegria e de tristeza, na relação, mais profunda e íntima, entre um homem e uma mulher e/ou entre dois seres humanos? São muitas as interrogações para as quais ainda não existem respostas definitivas e solucionadoras das dúvidas que se colocam.

A humanidade aproxima-se de um entroncamento complexo: em cujo ponto central se intercetam, cruzam e partem cada vez mais caminhos; desconhecendo-se, em muitos deles, a natureza e objetivos a que conduzem; ignora-se o fim, embora se conheça o princípio; são como que uma caminhada sem destino concreto, sem “rumo” ou sem “norte” 

Ao nível das alegadas ciências exatas, objetivas e positivas, tais itinerários são incompatíveis com o rigor que as carateriza, embora se saiba que aqueles itinerários existem. Recorrer a algumas disciplinas (ou ciências) humanas e sociais levanta, nalguns setores científicos, dificuldades de aceitação de resultados, ditos não objetivos, devido ao grau de maior ou menor subjetividade, que carateriza o conhecimento adquirido através destas disciplinas (ou ciências) sociais e humanas. 

E nos domínios da metafísica e da espiritualidade: onde imperam a crença e a fé; o misterioso e o inefável, como aceitar estes conhecimentos e como transmiti-los? Serão as máquinas inventadas pelo homem competentes para o fazer? 

Como atitude intelectualmente honesta e metódica, pode-se dar o benefício da dúvida, e aceitar que constituem mais um bom recurso, a utilizar no ensino à distância, este, sim, cada vez mais interessante e que oferece imensas vantagens.

Venade/Caminha – Portugal, 2025

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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