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Idosos: Um Património Axiológico

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

‘Idosos: Um Património Axiológico’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
Imagem criada por IA do Bing - 09 de junho de 2025, às 16:29 PM
Imagem criada por IA do Bing – 09 de junho de 2025,
às 16:29 PM

Os idosos (ou os ‘velhos’, como vulgar e pejorativamente são designadas as pessoas a partir de uma certa idade, tradicionalmente, a partir dos 65 anos), começaram a ser marginalizados precisamente, com a institucionalização de propalados argumentos de inutilidade e, ainda mais grave, invocando-se os custos sociais que eles causam ao erário, ignorando-se que, foram eles, no seu tempo de vida ativa, com as respetivas comparticipações, que alimentaram o sistema de Segurança Social, e que cumpriram as suas obrigações fiscais.

Os idosos, tal como as gerações que se lhes seguem (as crianças e jovens de hoje), são o melhor património humano que um país pode ter, desde logo, se os governantes, professores, empresários, religiosos e de outras áreas, tiverem a inteligência e a visão estratégica, de saber utilizar o imenso manancial de: conhecimentos, experiências, sabedoria e prudência, que a maioria dos idosos possui, independentemente das suas culturas serem de natureza intelectualizada ou antropológica. 

Desprezar o valioso contributo das pessoas que, não obstante, terem entrado no final de suas vidas, continuam válidas, disponíveis para manterem uma boa colaboração: com a sociedade em geral; com as gerações mais novas, em particular, constitui um grave erro, para além de uma mesquinha ingratidão daqueles que, de alguma forma, detêm determinado poder de decisão. 

Apoia-se, portanto, uma teoria e uma prática que privilegiem os idosos, que lhes deem a oportunidade de passarem o testemunho de vida e de saber, em condições dignas, ao longo deste período de vida, que se considera o mais característico da existência do ser humano, no qual coexistem capacidades, saberes, ensaios, erudição, circunspeção, valores e segurança nas convicções, onde toda uma entidade se consolidou numa postura rigorosa, severa, mas também tranquila, confiante e estimulante para as gerações vindouras. 

O progresso material, e a felicidade espiritual, da pessoa integrada numa sociedade, verdadeiramente humanista, passa, imperativamente, pela consideração devida aos mais velhos, e a tudo o que eles representam, com sucessos e com fracassos, porque eles são a História, a Língua, a Cultura, as Tradições, os Valores, o Trabalho feito, que os mais novos estão a usufruir e, se possível a melhorar.

Uma primeira abordagem, poderá ser desenvolvida no sentido de atender às necessidades daqueles que, por incapacidade de qualquer natureza, ou por opção própria, não podem, e/ou não querem continuar na vida ativa, preferindo os cuidados médico-sociais adequados, acompanhados de uma vida de reflexão, de tranquilidade e de recordações. 

A educação e formação do idoso, para nesta fase da sua vida ter as melhores condições, não só para viver com melhor qualidade de vida, como também para estar à altura de transmitir às gerações mais novas, que se lhe vão seguir, todos os conhecimentos, experiências e sabedoria, constitui uma estratégia muito interessante, de grande visão político-social, porque se acredita na sua eficácia, justamente, para o bem-estar e felicidade espiritual do idoso. 

Fica-se, todavia, com uma primeira reflexão sobre a importância dos idosos, bem como a riqueza que eles representam para o bem-estar e felicidade da humanidade, porque o património que eles carregam, fruto da educação e formação que foram adquirindo ao longo da vida, das experiências vividas e sabedoria acumulada, não se pode perder. 

Jogar fora, por absurdos preconceitos etários, um património tão valioso, quanto inimitável e irrepetível, significa uma visão redutora, mesquinha e receosa da perda de um qualquer poder, ou de não o vir a alcançar mais cedo, porque, alegada e eventualmente, poderá haver um idoso no caminho da progressão de um jovem.

Venade/Caminha – Portugal, 2025

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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