Célio Pezza – Crônica # 342 – ‘Choque de asteroides na Terra’
Nos últimos anos ouvimos falar muito sobre choques de asteroides na Terra, causando grandes catástrofes ou mesmo a extinção da vida no planeta.
Quem nunca ouviu falar do Nibiru, Hercólubus, Planeta Vermelho, Planeta X, Marduk, Absinto e outros nomes associados a um enorme asteroide que poderá colidir com a Terra? Basta dar uma olhada na Internet, que encontraremos centenas de sites falando sobre esse tema.
O governo americano divulgou, neste final de dezembro de 2016, um relatório chamado National Near-Earth Object Preparednesss Strategy, que quer dizer Estratégia Nacional de Preparação para Objetos Próximos da Terra.
Este estudo foi conduzido por John Holdren, Assistente do Presidente para assuntos de Ciência e Tecnologia, e membros dos Departamentos de Defesa, do Estado, de Ciências, NASA. etc., ou seja, é relatório sério e com fundamentos científicos.
Este relatório procurou estabelecer estratégias para o caso de uma possível colisão na Terra, de um corpo celeste como um asteroide.
Ele aborda desde sua detecção e rastreamento até os procedimentos para sua destruição, protocolos de emergência e cooperação internacional.
Um pequeno asteroide, com apenas 20 metros de diâmetro, que caiu em Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, gerou uma energia de 500 quilotons de TNT, equivalente à energia de uma bomba atômica 20 vezes maior que as primeiras detonadas no mundo.
Outro objeto, com 40 metros de largura, que caiu em Tunguska, na Rússia, em 1908, produziu uma energia de 5 a 10 Megatons e devastou perto de 2.000 km ² de matas.
Objetos acima de 140 metros desprenderiam uma energia acima de 60 Megatons, superior à maior bomba nuclear existente atualmente.
Um asteroide de 10 km, como o que causou a extinção dos dinossauros, causará grandes terremotos, tsunamis, e poderá acabar com a vida na Terra.
Esse estudo diz que, no caso de um objeto ser detectado, é importante que a informação seja divulgada de imediato para quem está envolvido na solução, para evitar atrasos e confusões. Se for identificado a tempo, dependendo de seu tamanho, poderá ser eliminado pelo desvio de sua rota ou sua fragmentação, através de explosões nucleares. O estudo também sugere que o mundo atual não está preparado para enfrentar esse problema e propõe sete estratégias e ações tecnológicas. Isso implica em enormes investimentos e cooperação internacional, coisa que não temos em um mundo com a economia enfraquecida, cheio de guerras internas e sem a preocupação com a preservação do futuro. Vamos aguardar…
Célio Pezza / Janeiro, 2017
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.