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Sônyah Moreira: 'Matemática do seu Joaquim da padaria'

Sônyah Moreira: ‘Matemática do seu Joaquim da padaria’

 

Você, caro leitor, deve lembrar-se de alguma padaria perto de sua casa na sua infância, não se lembra?

Sempre havia um distinto senhor de Portugal, um português no caixa com uma caneta atrás das orelhas. Diziam os corneteiros de plantão que era pra ajudá-lo a fazer contas de cabeça!

Que matemática fascinante era essa, não? E não é que ele fazia mesmo as contas com uma rapidez invejável? Não havia erros, nem para mais e nem para menos.

Agora, cá estamos nós a tentar fazer as contas dos valores que surgem diariamente na Operação Lava-Jato.

Os números atingem a estratosfera; chega ser impossível conseguir acompanhar a quantidade de zeros existentes As cifras são descritas em dólares e euros. É dinheiro que não acaba mais!

Somente uma coisa nesse lamaçal nos deixa satisfeitos: somos um país rico, muito rico; roubaram muito e não conseguiram nos quebrar!

Com tudo isso poderíamos, sem sombra de dúvida, estar entre os melhores países do planeta; seríamos uma grande potência mundial!

Vamos voltar  para a  matemática de padaria, a mesma que começou com nossa colonização, aprimorou-se e muito, só que,  infelizmente, com doutorado para esfolar a população já descarnada.

O que fazer com um gigante desbravado por degredados da pátria Mãe? A origem é nefasta, porém, a mágica é que isso tudo nos fez o que somos hoje: um povo com um jogo de cintura capaz de sobreviver a tantos sobressaltos!

O que não justifica é, depois de passados mais de 500 anos, continuarmos a culpar nossos descobridores. O fato é a nossa imensa necessidade de achar algum culpado para nossas desgraças e a falta de compromisso para com a nossa pátria.

A culpa é de quem? Nossa! Inteiramente nossa!  Sabem por quê? Existe nos rincões de nosso país a velha prática de vender o sagrado voto, por par de botinas, camisetas, telas para cercar galinheiros ou dentaduras etc. etc.

Continuamos a nos vender por benesses da casa grande como se fossem bênçãos divinas de nossos senhores de escravo; cá fora dos palácios é a senzala, e vivemos das migalhas dos banquetes palacianos.

Acordem, meus caros!  Vejam o abismo a que estamos sendo arrastados; percebam a terrível ameaça ao nosso futuro como país livre e democrático.

Os discursos pedindo a intervenção de ditadores se avolumam; o povo, acostumado à mordaça, clama por seus algozes, colocando-os na posição de salvadores da pátria!

Seu Joaquim!  Salve-nos com sua matemática na ponta do lápis, nos ensine a fazer conta de cabeça, aquela derivada do ganho do suor do rosto.

A origem de nossa raça está contida em nosso DNA, somos uma mistura fantástica, temos tudo o que precisamos para continuar a lutar para limpar nosso país desses politiqueiros que nasceram em casebres fétidos do qual obriga o trabalhador a viver, e sequer sentem orgulho de suas origens.

Ora, pois, pois, noves fora… Ai, Jesus!

 

Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com

Sergio Diniz da Costa
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