Neste mês chega às livrarias brasileiras, pela editora Novo Século, o Box – Obras de Mário de Andrade, trazendo novas edições de quatro das principais obras desse grande autor, que foi um dos criadores do modernismo no Brasil: Pauliceia desvairada,Macunaíma, Contos novos e Amar, verbo intransitivo.
Na obra Paulicéia Desvairada (publicada em 1922), o autor já mostra a que veio: inaugurar uma atitude revolucionária em relação à cultura brasileira. Considerado um manifesto em versos livres, junta o humor com a seriedade para propor uma nova expressão, livre das amarras do passado com rimas cuidadosamente contadas. A velocidade dos carros, o cinema, a riqueza da cultura e das cores do país, a língua como instrumento de invenção e não de opressão. Uma língua rica e sonora, que junta o inglês e o tupi numa poesia que traz o tempo novo. Os tempos modernos mais como cacofonia do que como sinfonia.
Já Macunaíma (lançado em 1928) é considerado um marco do modernismo brasileiro. Escrito em apenas seis dias, nas férias do autor, é obra fundamental da literatura brasileira. A história, com características de um conto fantástico, junta elementos do folclore, da história de índios, mistura a mata virgem com a São Paulo que cresce. Junta a língua falada e zomba da escrita empolada dos parnasianos.
Contos novos, publicado dois anos após a morte de Mário de Andrade, reúne nove narrativas escritas por ele ao longo de sua vida, sendo a maioria dos últimos dez anos antes de sua morte. Os contos podem ser agrupados de acordo com seu foco narrativo, pois alguns foram escritos em primeira pessoa e outros em terceira. O livro traz os contos Tempo de camisolinha em que retrata momentos da infância e Primeiro de Maio que combina subjetividade e lirismo a engajamento social.
E Amar, verbo intransitivo (publicado em 1927) traz a trajetória de um jovem que inicia sua vida sexual com uma mulher alemã já madura, contratada pelo seu pai. A obra causou enorme impacto na sociedade da época por trazer conceitos nunca abordados e inovar na técnica narrativa. O romance é classificado pelo próprio autor como idílio, sinônimo de poema de tema bucólico.
Sobre o autor
Mário Raul Moraes de Andrade nasceu em São Paulo, em 9 de outubro de 1893 e faleceu em 25 de fevereiro de 1945. Foi poeta, escritor, crítico literário, musicólogo, folclorista, cronista ensaísta e um dos pioneiros da poesia moderna brasileira, com a publicação de seu livro Pauliceia Desvairada, em 1922. Durante sua infância foi considerado um pianista prodígio, tendo sido matriculado no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo em 1911. Recebeu educação formal apenas em música, mas foi autodidata em história, arte e, especialmente, poesia. Em 1922, ao mesmo tempo em que preparava a publicação de Pauliceia Desvairada, trabalhou com Malfatti e Oswald de Andrade na organização de um evento que se destinava a divulgar as obras deles a um público mais vasto, a Semana de Arte Moderna, que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 11 e 18 de fevereiro. Depois de trabalhar como professor de música e colunista de jornal, ele publicou seu maior romance, Macunaíma, em 1928. No fim de sua vida, tornou-se o diretor-fundador do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo, formalizando o papel que ele havia desempenhado durante muito tempo como catalisador da modernidade artística na cidade e no país. Andrade morreu em sua residência, em São Paulo, devido a um enfarte do miocárdio, quando tinha 51 anos. Dadas as suas divergências com a ditadura, não houve qualquer reação oficial significativa antes de sua morte. Dez anos mais tarde, porém, quando foi publicado, em 1955, Poesias completas, quando Vargas já havia falecido, começou a consagração de Andrade como um dos principais valores culturais no Brasil. Em 1960 foi dado o seu nome à Biblioteca Municipal de São Paulo.
Ficha técnica | |
Título Nacional | Box – Obras de Mário de Andrade |
Autor | Mário de Andrade |
Categoria | Literatura brasileira |
Formato | 14×21 |
Acabamento | Brochura |
Edição | 1ª |
ISBN | 9788542811131 |
Preço | R$ 44,90 |
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024