‘Itaipu inaugura primeira usina de biometano do país capaz de transformar grama e restos de comida em energia’.
Mesmo com todos os percalços, crise política e econômica, entre outros, o avanço do Brasil rumo a uma economia de baixo carbono segue em expansão
Segundo a EPE – Empresa de Pesquisa Energética, só de 2014 para 2015 a expansão das renováveis havia sido de 39,4% para 41,2% com destaque para a energia eólica que saltou de 2% para 3,5% no total da matriz energética brasileira. Até a mesmo a solar tem crescido muito apesar de percentualmente ainda representar pouco mesmo diante de seu imenso potencial em nosso território. Isso para não citarmos a já consolidada e polêmica energia hidrelétrica por seus cada vez mais questionados impactos ambientais.
Mas além do crescimento de fontes conhecidas o que trás ainda mais esperança nas renováveis para um futuro abandono dos chamados combustíveis fósseis, é o surgimento de novas tecnologias capazes de transformar em energia boa o que antes eram resíduos causadores de problemas e impactos diversos.
Esse é o caso da primeira fábrica de biometano do país, inaugurada no começo do mês pela Itaipu Binacional em Foz do Iguaçu (PR). A usina custou pouco mais de R$ 2 milhões e foi desenvolvido em conjunto pela Itaipu Binacional, Parque Tecnológico de Itaipu e pela Eletrobrás.
Por mês a produção será de 4 mil metros cúbicos de biometano, um gás não poluente capaz de abastecer os cerca de 80 veículos da empresa. O mais interessante é que a matéria-prima dessa fábrica são restos orgânicos, esgoto e até a grama podada de todo o complexo com todo esse material podendo ser misturado e transformado em energia. A título de curiosidade, a poda em Itaipu resulta em 1,5 tonelada de grama por dia!!
Para Paulo Schmidt, superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional, “o domínio dessa tecnologia de ponta para a produção de biogás poderá contribuir, inclusive, para desenvolver outras iniciativas que permitam a produtores rurais tratarem dejetos e até transformar o seu resultado em renda adicional“.
Os ganhos ambientais também são notáveis já que, além da produção de biometano e biofertilizante, a transformação do biogás em biometano reduz a emissão de gases de efeito estufa e trata os resíduos que antes eram descartados no meio ambiente. “A ideia é introduzir uma nova economia e ainda tratar o passivo ambiental”, explica Rodrigo Régis, presidente do Cibiogás.
Novas tecnologias, novos negócios e, quem sabe, iniciativas como essa possam efetivamente ajudar no combate as temidas mudanças climáticas.
É preciso ter esperança, não é mesmo?
Por Reinaldo Canto, especial para a Envolverde –
*Reinaldo Canto é jornalista, Membro do Conselho Editorial da Envolverde – Revista Digital, colunista de Carta Capital, ex-diretor de Comunicação do Greenpeace Brasil e do Instituto Akatu, além de professor e especialista em sustentabilidade.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024