Jose Coutinho de Oliveira – Aristóteles IV

     Hoje trazemos a notícia de uma grande descoberta: a relação entre a teoria das ideias inatas ou pré-existência da alma com o empirismo. Sócrates, então, lançou a teoria das ideias inatas, ou seja, a crença de que quando nascemos os nossos insconscientes e subconscientes já estão repletos de informação. Assim ele afirmava pois cria na pré-existência da alma, ou seja, de que já tínhamos vivido em espírito antes de nossa encarnação aqui na terra. Uma das consequências dessa crença é o surgimento de outra crença, ou seja, de que aprender é recordar, anamnese ou anagnosia, palavra que parecem ser sinônimas. Sócrates afirmava resgatar esse arquivo através da maiêutica, partejamento de ideias, homenagem à profissão de sua mãe que era parteira, maia, em grego. Com Aristóteles todavia essa tese foi revista. O Estagirita, de Estagira, Trácia, colônia grega, Macedônia segundo algumas fontes, afirmou que não existia essa tal pré-existência da alma. A consequência portanto dessa crença é de que alma e corpo surgem simultaneamente, por isso nossa mente está vazia quando nascemos. Surgia assim o empirismo, ou seja, só aprendemos aquilo sobre o qual meditamos. Empirismo provém do grego, empeiría, experiência. Aristóteles afirmava: ” nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos.” Outro filósofo empirista famoso foi Locke, divulgador do liberalismo econômico. Talvez o empirismo terá provocado lá adiante o surgimento do pragmatismo, ou seja, o valor das coisas está em sua utilidade, de pragma, coisa, em grego. Pragmático talvez seja aquele então que ” pensa com as mãos”. Orígenes também defendeu a pré-existência da alma.