novembro 22, 2024
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Artigo da coach Tania Forti: UM HÁBITO APENAS

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Tania FortiA maioria das pessoas não tem dúvida alguma de que as escolhas que fazem diariamente são fruto de decisões muito bem pensadas. Afinal, você escolhe o que quer para si, não é mesmo?

Mas, na verdade, não é bem assim. Elas são hábitos.

Segundo um estudo publicado  em 2006 por um pesquisador da Duke University,  40% das ações que as pessoas realizavam , todos os dias, , não eram decisões, mas sim hábitos.

Essa notícia não nos parece nada confortável, gostamos de pensar que somos os senhores de nossa vida, ou, ao menos, das decisões que tomamos.

E como surgem os hábitos então?

Os cientistas explicam que eles  surgem porque o nosso cérebro está, o tempo todo, procurando maneiras de poupar esforço. Se não fizermos nada para impedir, ele irá transformar  qualquer rotina num hábito, já que os hábitos permitem ao nosso cérebro desacelerar enquanto fica no automático.

Esse instinto de poupar esforço foi o que permitiu termos um cérebro mais eficiente num tamanho menor, o que diminuiu o tamanho da cabeça, facilitando o nascimento dos bebês e diminuindo a mortalidade durante o parto. E, isso, sem dúvida, constituiu uma vantagem evolutiva para nossa espécie.

Se o  nosso cérebro não precisa ficar pensando em  comportamentos básicos como andar, sentar e o que comer, sobra mais energia mental para inventar  a roda ou o computador e  o carro.

Então o mecanismo do hábito é bom, certo?

Sim, porque,  como expliquei acima, ele poupa nossa energia mental.

E não, porque nosso cérebro não sabe a diferença entre um hábito bom e um ruim. Se você adquiriu um mau hábito, ele estará sempre ali, à espera da deixa e da recompensa certas para retornar.

 

E como nasce um hábito, afinal?

Para evitar que o cérebro entre no automático e deixe de notar um perigo iminente, nossos gânglios basais desenvolveram um sistema inteligente para determinar quando devem permitir que os hábitos assumam o controle.

Sempre que surge um a situação, o cérebro se esforça para reconhecer algum padrão, uma deixa, que lhe dê uma pista sobre que hábito utilizar.

Então, em nosso cérebro, acontece um loop de três estágios. Primeiro ocorre uma deixa, um estímulo que manda o cérebro entrar no modo automático e que indica qual hábito usar. Depois, vem a rotina física, mental ou emocional. Finalmente, há uma recompensa, que ajuda nosso cérebro a saber se vale a pena memorizar este loop específico para o futuro:

E, aos poucos, esse loop: deixa-rotina-recompensa, se torna cada vez mais automático. A deixa e a recompensa vão se entrelaçando até que surja um poderoso  senso de antecipação e desejo e, assim, nasce um hábito. Então,  o cérebro deixa de participar totalmente do processo de decisão, ele entra no automático e muda o foco para outras tarefas.

 

Então, estamos perdidos?

alma, não estamos tão a mercê dos hábitos assim. Eles podem  ser ignorados, alterados ou substituídos. Quando passamos a entender e a reconhecer os componentes do loop do hábito, torna-se mais fácil controlá-los. No entanto, os hábitos nunca desaparecem de fato, pois ficam codificados na estrutura de nosso cérebro. E isso é muito bom,  é por isso não esquecemos como andar de bicicleta uma vez que já aprendemos quando crianças.

Por outro lado, isso torna difícil mudar nossos hábitos. Por isso é tão difícil modificar nossos hábitos alimentares ou passar a nos exercitar. Uma vez que nos habituamos a beliscar aquele salgado no meio da tarde e a chegar em casa e nos estatelar no sofá , perdemos o controle sobre essas ações.

Mas nem tudo está perdido, a ciência já desenvolveu caminhos que, se seguidos, nos levam a  modificar esses padrões e retomar o controle de nossos hábitos.

Afinal, vemos, todos os dias, exemplos de pessoas que superam maus hábitos como o fumo, por exemplo, e se transformam até mesmo em esportistas saudáveis.

 

Como modificar um hábito que me incomoda?

 

Quando desejar modificar um hábito, é preciso observar a situação toda em que esse hábito ocorre, a fim de identificar o loop, ou seja, qual é a deixa que está provocando a ação que se deseja modificar e qual é a recompensa  que estamos recebendo. Muitas vezes, por exemplo, comemos um doce ou um salgadinho no meio da tarde, não porque sentimos fome, ou porque nossa glicose está baixa, mas porque nos sentimos entediados com o serviço e precisamos nos distrair um pouco. Nesse caso, a deixa é o tédio e não a fome ou baixa glicose. Podemos experimentar pegar um copo d’água e ir bater um papo com um colega e, talvez isso, resolva o problema.  E, à medida que você cria um novo padrão, torna-se fácil deixar de comer uma guloseima no meio da tarde.

Assim também, é possível mudar qualquer outro hábito desde que se descubra, exatamente, qual é a deixa que está provocando a rotina e qual a recompensa que vem depois. No entanto, identificar a deixa,  pode ser o mais difícil nessa empreitada, exigindo muita observação e experimentação.

Portanto,  boa sorte!

Tania Forti

Coach e Escritora

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e-mail: coaching@taniaforti.com

 

 

 

 

 

 

Helio Rubens
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