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O leitor participa: Cassiano Ricardo Miranda, de Sorocaba (SP), com suas 'Divagações Poéticas'!

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O leitor participa: 

Cassiano Ricardo Miranda, de Sorocaba (SP), com suas ‘Divagações Poéticas’!

 

Ah se uma mera vírgula caísse daquela árvore tão frondosa e nebulosa, tão espontânea, silábica, matemática, musical e poética, tão repleta de idéias, sensações e sentimentos, tão permeada por números, verbos, predicados, notas e sons musicais, tão física, espiritual e química, tão real e imaginária, tão generosa, tão generosa que sempre emana ou inspira sentimentos, raciocínios, palavras, redações, poemas, canções e tantas outras especiarias, tudo para uma vida melhor ou menos sofrível, e mais rica em sensibilidade, inteligência, expressividade, comunicação e fraterna união!

Com o gancho de uma interrogação (?), eu içaria essa vírgula, fecharia meus olhos e exclamaria nas reticências do suspiro de um pensamento talvez inexprimível… Iria então para o quintal das letras e plantaria o fugidio sinal de pontuação no solo sempre fértil da inspiração, que faz de cada ponto final uma súbita vírgula e, de cada vírgula, repentinos dois pontos: para oxigenar, renovar e fazer evoluírem as culturas, em qualquer contexto, época e lugar!

Irromperia então mais uma surpresa, saboreada bem devagar, como um relâmpago em câmera lenta desde o poente, passando pela noite, até um amanhecer que desperta sob os badalos de sinos eclesiásticos e o sinal sonoro de uma escola.

No mesmo dia ou depois, numa linda e sedutora noite, que traz em seu ventre a misteriosa madrugada, eu tento desenhar, com tinta solar fosforescente que brilha na escuridão da inconsciência, a dança dos meus sentidos, ainda tímidos, com um pouco de filosofia, geometria, música e poesia, tentando esquecer um pouquinho das ânsias que costumam agitar, castigar e transcender as mentes e os corações dos poetas, os quais já vivem cercados de tantas flores, mares e rochas, ora reais, ora imaginários, e vivem presos a uma liberdade sem fim, com fins!!!

Mesmo assim o autor se pergunta o que deseja de fato com tudo o que escreve e aonde quer chegar, mas não importa o que ele tente responder, seus leitores já possuem tantas respostas, ou não, e tudo se encerra numa constante soma e nova combinação dos elementos.

Mas a árvore da boa comunicação continua lá, frondosa, frutífera e cheia de flores, plantada com raízes tão luminosas e profundas que chegam a se contorcer nas densas camadas do subsolo, em naturais movimentos que desenham imprevisíveis semicírculos, infinitos parênteses e novas poesias… Sem fim, com fins.

 

(Cassiano Ricardo Miranda, 23/09/2017.)

 

 

Sergio Diniz da Costa
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