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Bruno Hernandes Leão: 'Brasil: o protetor mundial?'

O século XXI traz consigo os reflexos de uma época instável e trágica em diversos aspectos humanos.

O Brasil, por sua vez, tem nesse cenário um papel importantíssimo  no que tange à crise humanitária atual.

 

O século XX foi marcado pelos mais turbulentos acontecimentos da história mundial: efervesceram as mais sangrentas guerras, crises econômicas e sociais – eventos que transformaram a dinâmica das relações humanas contemporâneas. O século XXI traz consigo os reflexos de uma época instável e trágica em diversos aspectos humanos. O Brasil, por sua vez, tem nesse cenário um papel importantíssimo no que tange à crise humanitária atual.

É inegável a importância da solidariedade internacional no contexto vigente, visto que milhões de pessoas necessitam gravemente de asilo perante  situações de fome extrema, de guerras e outras mazelas. A atitude brasileira diante de tal necessidade apresenta-se com enorme potencial: embora ainda tenhamos aproximadamente oito mil refugiados, os resultados de uma realização plena do esforço nacional esboça uma potencial responsabilidade do país de conduzir um melhor destino para o mundo.

Pioneiro no acolhimento de pessoas em situação de risco, o Brasil é o primeiro país do Cone Sul a adotar a Convenção de 1951, dos mais importantes tratados sobre o tema. Contudo, não se pode limitar as exigências e preocupações no âmbito das políticas receptivas somente, já que imigrar é só a primeira das barreiras que os refugiados enfrentam. Desafios como adaptação linguística, estabilização financeira, racismo, xenofobia e a grande burocracia (envolvida nos processos laborais e legais em geral) ainda não apresentam suporte e tentativas de resolução bem desenvolvidas.

Para que o Brasil consiga exercer plenamente o potencial de fornecer aos refugiados uma vida estável além da migração propriamente, deve-se criar todo um sistema de suporte ao imigrante, por parte do governo, em parceria com instituições nacionais ou internacionais que auxiliem no processo. Tal sistema deve, primeiramente, identificar o expatriado perante a própria nação brasileira, a fim de facilitar o direcionamento dos auxílios – tal identificação, seguindo um modelo de informações gerais, precisa ser produzido logo na chegada da pessoa em território nacional.

A partir desse projeto, a então formalizada identificação pessoal do imigrante permitirá a ele benefícios, como aulas de alfabetização gratuitas. Possibilitará também uma tolerância e facilitação burocrática, assim como o recebimento de uma quantidade mínima e necessária de suprimentos para a sobrevivência do recém- chegado ao país. São somente alguns dos passos mais essenciais desse projeto que, de maneira viável e organizada, contribuiria muito para a inserção desses indivíduos na sociedade de maneira plena.

 

Bruno Hernandes Leão – brhele@gmail.com

Sergio Diniz da Costa
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