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Pedro Israel Novaes de Almeida: 'Ano Novo, de novo'

Embora o calendário ensine que o primeiro dia de janeiro não é diferente do último dia de dezembro, a humanidade vê na passagem de ano uma oportunidade de aprimorar hábitos e procedimentos, além de realimentar esperanças

 

Embora o calendário ensine que o primeiro dia de janeiro não é diferente do último dia de dezembro, a humanidade vê na passagem de ano uma oportunidade de aprimorar hábitos e procedimentos, além de realimentar esperanças.

A ocasião é propícia a desfazer rancores e realimentar alguma virtude que tenha sobrevivido aos seguidos anos de selvageria humana. O ambiente, que reina aos finais de dezembro, tende a reaproximar pessoas e cultivar sentimentos solidários.

Convém aproveitar, até porque a onda fraterna não costuma ser longeva. Dificilmente conseguiremos chegar a fevereiro em clima de candura.

Se a passagem do ano e o natal falharem, na difusão de concórdia, chegaremos às eleições sob intenso tiroteio, facadas e marretadas. A população começa a julgar, com razão, que cem anos de prisão, com serviços forçados e torturas, é pouco, quase impunidade.

Devemos evitar que as barbáries dos governos e o descrédito de nossos representantes consigam embrutecer o relacionamento entre os que nada mandamos e pouco conseguimos influir. Jamais devemos roubar, ainda que continuamente roubados, e devemos continuar cultivando o respeito, ainda que sempre desrespeitados.

Devemos confinar as notícias escandalosas e violentas às manchetes da mídia distante, evitando que se repitam em nosso cotidiano. Se cada um cuidar de seu entorno, o todo acabará melhorado.

Contudo, tamanha passividade não pode, jamais, ser confundida com omissão ou doentia alienação. Repetindo a história, devemos sempre, com vigor, açoitar os vendilhões do templo.

Persistem, na passagem do ano, as promessas e intenções de sempre. Alguns emagrecerão, outros pararão de fumar e beber, mas pouquíssimos conseguirão ser meros usuários, não mais escravos, de celulares e redes sociais.

São poucos os que prometem e acabam pagando dívidas, diminuindo os próprios gastos. Dever, sem pagar, e continuar gastando no desnecessário, é pura desonestidade.

A virada do ano deve ensejar a valorização do cidadão comum, sem sobrenome famoso, sem currículo alongado, sem muitas riquezas, que não frequenta assiduamente as colunas sociais. Este, o cidadão exemplar, que trabalha, cuida da família, a ninguém prejudica e a todos auxilia.

A virada do ano deve ensejar também a marginalização social do desavergonhado, desonesto, eterno buscador de popularidade, corrupto ou conivente. É a subserviência social a esse pária que faz crescer seu poder e enraizar as mazelas que causa.

pedroinovaes@uol.com.br

O autor é engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.

 

Sergio Diniz da Costa
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