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Élcio Mário Pinto: 'Escola, cadê os escritores?'

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“Mas, então, cadê os escritores nas escolas? Por que eles não estão lá? Cadê os profissionais da escrita circulando pelos corredores, salas de aulas e pátios, conversando com as crianças e os adolescentes, dizendo-lhes da escrita, dos livros e de tudo o que os envolve – da imaginação para escrever à produção com publicação e toda a rede de pessoal e ambientes envolvidos?

 

Em 2017 escrevi para o ROL – “Tão perto da escrita, tão longe dos escritores!” – em duas partes, reflexões sobre a distância dos estudantes, particularmente, da educação básica, ensinos fundamental e médio, em relação aos escritores.

Agora, quero refletir com os leitores, de modo especial, sobre a escola desses estudantes. Vamos lá!

Para alcançar o ambiente de instrução e de convivência, que definimos como escola, vale a citação de outros espaços e seus sujeitos: um hospital que não tivesse médicos, enfermeiros e outros profissionais da Saúde, circulando, causaria o maior estranhamento e até desconfiança em relação ao trabalho ali realizado.

Diga-se o mesmo se pensarmos nos fóruns sem advogados, escreventes, juízes e promotores, profissionais da área.

Também poderíamos dizer da padaria sem padeiros, açougue sem açougueiros, salão de cabeleireiros sem os profissionais da beleza e assim, citando as mais diversas áreas e seus agentes, seria inaceitável que qualquer ambiente não contasse com pessoal qualificado e envolvido em seus afazeres, digo, afazeres que acontecem naqueles ambientes.

Pois bem, agora podemos voltar para a escola: imagine, leitor, uma escola sem biblioteca. É bem verdade que para não contar com o profissional bibliotecário, diz-se de sala de leitura, assim, não é preciso ter um profissional da área atuando lá.

Mas, então, cadê os escritores nas escolas? Por que eles não estão lá? Cadê os profissionais da escrita circulando pelos corredores, salas de aulas e pátios, conversando com as crianças e os adolescentes, dizendo-lhes da escrita, dos livros e de tudo o que os envolve – da imaginação para escrever à produção com publicação e toda a rede de pessoal e ambientes envolvidos?

Não nos parece estranho que os escritores não frequentem as escolas para dialogar com os estudantes?

Por que os alunos não podem conhecer aqueles que escreveram os livros utilizados nas aulas, manuseados para pesquisas, lidos em casa, enfim?

Ou será que escola e livros não estão tão próximos, entre si, como pensamos?

Bem, a reflexão é uma provocação para nosso pensar e, quem sabe, conversar com os estudantes sobre os escritores que conheceram ultimamente. E se nada aconteceu, alunos e escola precisam responder: cadê os escritores?

 

ÉLCIO MÁRIO PINTO

elcioescritor@gmail.com

12/01/2018

Sergio Diniz da Costa
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