A exposição itinerante Estação da Língua Portuguesa, que leva na bagagem acervos do museu (atualmente em reconstrução), retoma sua viagem pelo interior de São Paulo e faz sua primeira parada em Tatuí, no dia 23 de fevereiro. A nova etapa da viagem traz uma mostra ampliada em relação às itinerâncias anteriores, com novas atrações.
A realização é do Ministério da Cultura, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, e da Arquiprom, proponente e produtora do projeto. O patrocínio é da CCR, Instituto CCR, Vivo, Sabesp, EDENRED e Ticket, todos por meio da Lei Rouanet. O apoio na primeira cidade da itinerância é da Prefeitura de Tatuí.
“O idioma português é um dos nossos maiores patrimônios e o Museu da Língua Portuguesa, com sua itinerância, cumpre sua vocação de divulgá-lo e ajudar a preservá-lo. Mais de 95 mil pessoas já participaram dessa viagem e queremos ter muito mais visitações em 2018”, afirma o secretário da Cultura do Estado, José Luiz Penna.
“Voltamos a viajar e com novidades, teremos um Totem na praça em frente ao acesso da exposição que é uma grande estrutura metálica com painéis que apresentam uma prévia do conteúdo e o segmento “O que nos une”, espaço que apresenta o Mundo Lusófono e que foi especialmente pensado e produzido para este tour pelas cidades paulistas” explica o arquiteto e sócio da Arquiprom, Fernando Arouca.
A exposição gratuita e ampliada será inaugurada no dia 23 de fevereiro, a partir das 9h00, no Centro Cultural de Tatuí (Praça Martinho Guedes nº 12), onde ficará em cartaz de segunda a sábado, das 9h às 17h, até 24 de março – quando segue viagem para Santos. Posteriormente, Rio Claro, Taubaté, São Carlos e Bauru serão as cidades do estado de São Paulo que também receberão a Estação da Língua Portuguesa até dezembro de 2018.
Estação da Língua Portuguesa – A itinerância traz na bagagem conteúdos inéditos, que conversam com a museologia contemporânea e com a rica expografia de sons e imagens do Museu da Língua Portuguesa, que apresenta a língua portuguesa como patrimônios imaterial, viva e dinâmica, além de conteúdos já conhecidos pelo público.
Na área externa, a Torre Estação da Língua Portuguesa dá boas-vindas aos visitantes. Em As Origens, uma instalação cenográfica remete à ideia de estação ferroviária e de viagem de trem. Versos de Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Arnaldo Antunes, iluminados com LED em um painel metálico, convidam o público a entrar na exposição.
A viagem do idioma começa com um vídeo animação que mostra a formação da língua portuguesa e as rotas marítimas dos portugueses, que levaram o idioma para outras terras. Animação, narração e trilha sonora foram criadas especialmente para a mostra Estação da Língua Portuguesa.
O vídeo “Sotaques”, com texto “O Paraíso são os outros”, de Valter Hugo Mãe, realizado pela Porto Editora e Miguel Gonçalves Mendes, com diferentes sotaques da língua portuguesa no mundo, abre o módulo O que nos une – ala composta por um painel interativo giratório, que apresenta dados dos países que fazem parte da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). São eles Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
O Desembarque reproduz a Linha do Tempo do Museu da Língua Portuguesa com a construção do idioma no Brasil, desde a chegada dos portugueses e o primeiro contato com as línguas indígenas, até os dias de hoje. Como novidade apresentada nessa viagem, ela está atualizada trazendo mais uma década em que relembra o novo acordo ortográfico e destaca novas palavras e expressões que surgiram com a influência da internet e das redes sociais.
Na ala Os trilhos três monitores touchscreen mostram palavras que vieram de outros povos e foram incorporadas ao português brasileiro. Espaço Lusófono, especialmente dedicado aos professores, é composto pelo vídeo “Raiz Lusa”, no qual especialistas falam sobre a construção da língua portuguesa.
O módulo Falares Paulista mostra em uma montagem lúdica um diálogo hipotético e poético entre pessoas com sotaques característicos de 5 cidades paulistas.
Trecho de 12 poemas são projetados e os versos ganham vida em um trabalho gráfico desenvolvido especialmente para a mostra.
Vídeos que compõem o acervo da Grande Galeria do Museu da Língua Portuguesa são apresentados no módulo O Mundo da Língua. Nele o visitante termina sua viagem assistindo aos vídeos “Culinária” e “Danças”, que mostram a relação entre língua e cultura.
Toda estrutura da exposição é transportada de uma cidade a outra em caminhões, pois a Estação da Língua Portuguesa foi projetada de maneira que possa ser desmontada e novamente aberta ao público em outro município em até sete dias.
Museu em reconstrução – Em 10 anos de funcionamento, o Museu da Língua Portuguesa recebeu cerca de 4 milhões de visitantes (319 mil destes em ações educativas). Primeiro do mundo totalmente dedicado a um idioma, trouxe ao país um novo conceito museográfico, que alia tecnologia e educação. Com uma narrativa audiovisual e ambientes imersivos, permitiu aos visitantes descobrir novos aspectos do idioma, elemento fundador da cultura do país.
O Museu foi atingido por um incêndio em dezembro de 2015 e atualmente está em reconstrução. A obra está dividida em três etapas: o restauro das fachadas (concluída) e da reconstrução da cobertura do edifício, o restauro dos pátios e torreões (iniciada em setembro de 2017, agora em andamento), a obra do interior do prédio. Por último, terá início a instalação da museografia. A previsão de reabertura é 2019.
O Museu da Língua Portuguesa é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura do Estado, concebido e realizado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. Tem como patrocinador máster a EDP, patrocinadores Grupo Globo e Grupo Itaú e apoio do Governo Federal, por meio da lei federal de incentivo à cultura. O IDBrasil é a organização social responsável pela gestão do Museu.
FOTO: Tatuí abre a exposição itinerante Estação da Língua Portuguesa em 2018 no interior de São Paulo. |