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Artigo de Celio Pezza: 21 DE ABRIL

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Celio Pezza –  21 de abril

Neste último dia 21 de abril, em Ouro Preto – MG, mais de 140 pessoas ligadas ao governo atual, foram homenageadas com a medalha da inconfidência.

A Praça Tiradentes foi cercada logo de manhã, para impedir a presença de manifestantes contra as homenagens, e a musica em alto volume abafava o grito das ruas.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que foi o opositor principal de Joaquim Barbosa, no julgamento do mensalão, recebeu a comenda maior, o Grande Colar. Outro condecorado, pasmem, foi o líder do MST, João Pedro Stédile, esse mesmo que comanda as invasões em terras alheias e promove vários tipos de bagunças pelo país, sempre acobertado pelas autoridades. O governador Fernando Pimentel do PT foi quem entregou a honraria mais importante de Minas Gerais a Stédile, contra a vontade popular, impedida de acompanhar esse ato.

Respondendo às vaias do povo indignado, Pimentel disse que eram vozes da democracia e mereciam ser respeitadas. Stédile, aplaudido pelos integrantes do MST, ainda criticou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Recentemente, durante ato em homenagem ao ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Stédile também criticou os “movimentos das elites” no Brasil contra Dilma Roussef e disse que o “poder econômico e a imprensa querem derrotar a nossa ideologia e o nosso projeto de liberação da América Latina”.

Voltando a data de Tiradentes, ele foi enforcado em 21 de abril de 1792 e seu corpo esquartejado, pois defendia a separação do Brasil de Portugal e protestava contra os impostos abusivos cobrados do povo brasileiro. Na época, o povo brasileiro tinha que pagar 20% sobre todo o ouro encontrado no Brasil, chamado “O Quinto”. O Brasil era conhecido como inferno pelos portugueses e, quando viam chegar o navio com o ouro, eles falavam: “lá vem uma nau dos quintos do inferno”. Daí veio essa expressão.

Contra essa cobrança, Tiradentes e inúmeros outros lutaram.

Hoje pagamos mais do que o dobro daquele valor em impostos para sustentar a nova corte, a corrupção e manter projetos que ao invés de dar trabalho, educação e saúde ao povo brasileiro, preferem que fiquem em casa na ignorância, com vários tipos de bolsas e vales. Impostos!

Na França, durante o reinado autoritário de Luís XIV, o seu lema era de que o clero deveria se dedicar a orar, o nobre a morrer pelo rei, e o povo a pagar impostos.

Célio Pezza

Abril, 2015

Helio Rubens
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