setembro 18, 2024
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Celso Lungaretti: 'Isto precisa er divulgado com a máxima urgência e da forma mais ampla possível: os bolsonaristas já estão convocando para o golpe!

Celso Lungaretti

Celso Lungaretti: alerta vermelho: QUASE UM SÉCULO DEPOIS DA
MARCHA SOBRE ROMA, OS FASCISTAS DAQUI  TENTARÃO IMITAR NO DIA 30! 

Um amigo de décadas acaba de receber pelo WhatsApp e me repassar um áudio de 1’05’, no qual o locutor que se identifica como Beto Fontes, de Londrina, PR (seu perfil no Youtube o apresenta como “jornalista investigativo, analista de mídias sociais, ativista e coaching“), faz esta convocação para uma versão brasileira da Marcha sobre Roma de 1922, que marcou a conquista do poder por parte dos fascistas italianos:

“Este áudio é curtíssimo para que vocês possam compartilhar em todas as redes.

Dia 30/06/2019 voltaremos às ruas contra o crime político organizado.

A pauta será única e objetiva, ou seja, o tiro letal contra a corrupção que vem atravancando um governo que nós elegemos democraticamente.

Todo poder emana do povo, artigo 1º, é constitucional. E o povo irá às ruas ordenado para que o presidente Jair Bolsonaro acione o artigo 142 da Constituição Federal e faça uma faxina constitucional. 

[Que] Juízes e políticos corruptos, inclusive jornalistas criminosos, [sejam] julgados e condenados sem redução de pena.

Quem manda no Brasil somos nós e o governo que nós elegemos democraticamente está precisando do nosso apoio.constitucional.

E a pauta é objetiva e única: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

Eis o que estabelece o citado artigo 142:

“As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

Então, depreende-se que se pretenda colocar o povo nas ruas para dar ao presidente Jair Bolsonaro um pretexto para ele, presumivelmente em nome da defesa da lei e da ordem, ordenar às Forças Armadas que barbarizem o Judiciário, o Legislativo e a imprensa.


Isto se faz com anuência do próprio presidente ou à sua revelia? Não há como provar, mas se pode conjeturar, a partir deste relato de hoje (2ª feira, 17) do jornalista Reinaldo Azevedo:

“É de assombrar a sequência de ações destrambelhadas do senhor presidente da República em 96 horas. Entre a quinta, data em que o deputado Samuel Moreira apresentou o texto da Previdência, e este domingo, o chamado Mito se dedicou incontinente à tarefa de gerar crises. 

E não! Não se trata de coisas irrelevantes. Pior: em duas das invectivas contra o bom senso, contou com o auxílio de Paulo Guedes, tido por incautos como âncora da estabilidade do governo. 

…Atenção! Na mesma quinta em que se apresentou o texto da Previdência, Bolsonaro demitiu Santos Cruz da Secretaria de Governo e pôs em seu lugar um general da ativa: um paraquedista vai fazer articulação política. 

Na sexta, anunciou que vai pôr na rua o presidente dos Correios e criticou o STF, voltando a defender um evangélico no tribunal. No mesmo dia, Guedes disparou contra Joaquim Levy, então presidente do BNDES, e desferiu duras críticas ao Congresso e ao texto da reforma.

No sábado, o presidente disse que a cabeça de Levy estava a prêmio e que, para governar, precisa mais do povo do que do Parlamento. Adicionalmente, defendeu o armamento da população e, se preciso, a luta armada propriamente. 

E isso em meio ao escândalo das conversas de pornografia política e jurídica explícita entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol”.

Ou seja, há fortes motivos para supormos que Bolsonaro esteja mesmo decidido a virar a mesa para obter poderes bem maiores do que a Constituição lhe concede. E que ele sonhe com uma reedição do êxito de Mussolini ao marchar com seus fascistas sobre Roma.

 

Mas, se todos que repudiam o golpismo e o autoritarismo reagirem firmemente, Bolsonaro pode, isto sim, bisar o fracasso retumbante que Jânio Quadros colheu em 1961 com sua renúncia que embutia um autogolpe. (por Celso Lungaretti)

Helio Rubens
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