Pindamonhangaba pede socorro!!!
Desde julho de 1643, através do capitão João do Prado Martins, Pindamonhangaba foi ocupada por portugueses que, naquela época, desbravavam o Território ainda virgem em terras do Sudeste Brasileiro.
Em 1649, foi formalizada uma sesmaria e somente em 1672 surgiu uma capela em homenagem a São José, a qual foi erigida por decisão e ordem dos irmãos Antônio Bicudo Leme e Brás Esteves Leme, ambos filhos do bandeirante Brás Leme, fundaram a povoação de São José de Pindamonhangaba e seu primeiro vigário foi o padre João de Faria Filho.
Situada à margem direita do Rio Paraíba do Sul, surgia então uma povoação em local extremamente privilegiado e sua capela foi erguida no alto de uma colina, onde hoje se encontra a Praça do Quartel.
Foi decidido que o dia de 12 agosto de 1672 seja a data de fundação de Pindamonhangaba, conforme sugeriu o prefeito Caio Gomes Figueiredo, no dia 7 de dezembro de 1953.
Estamos no ano de 2019 e vemos a paulista Pindamonhangaba perdendo as suas feições, destruindo o seu passado através da demolição dos casarões e edificações históricas que sucumbiram à ganância devastadora da especulação imobiliária e da ocupação indevida das áreas outrora privilegiadas, esteticamente falando.
A poluição visual na cidade de Pindamonhangaba é gritante. Impera o mau gosto, as ruas áridas sem arborização urbana e os tristes vestígios da desativada estação de trem que desapareceu com o massacre da linha férrea no Brasil.
Os mandatários de Pindamonhangaba não têm sido pessoas sofisticadas, letradas, cultas e competentes para compreender a importância da preservação de patrimônio e manutenção da natureza nessa outrora charmosa e bela região da Serra da Mantiqueira e no Vale do Paraíba.
Como tantas outras cidades paulistas, Pindamonhangaba pede socorro. Visualmente, a cidade está feia, sem características regionais e nota-se o desapego de sua população para com a sua alma.
Urge fazer-se algo pela promissora Capital Brasileira da Mantiqueira, porém, certamente, o movimento deve começar através das comunidades que representam os povos habitantes desta moribunda e simpática cidade do Sudeste brasileiro.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.