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Sergio Diniz da Costa: 'Um vírus resgatando o passado?'

Sergio Diniz

Um vírus resgatando o passado?

Imagem extraída da internet

Recentemente, recebi um e-meio* da amiga, poetisa e colunista do Jornal Cultural ROL Elza Francisco, com o seguinte teor:

“Oi, Sergio, boa tarde!

 Espero que você esteja bem, apesar do momento difícil. Estou aqui presa na quarentena, que parece será eterna.

 Viajei para o Sul, visita aos meus netos e meu filho. Voltei no dia 18, passando por SP. Fiquei muito preocupada, mesmo tomando todos os cuidados. Penso que não fui picada pelo bichinho destruidor.

 Estou com o Guto, meu filho do meio, o artista plástico, que veio para ficar comigo nesse período difícil. Ele mora em Ubatuba e lá a situação está muito grave. Muitos turistas estrangeiros passam por ali. Agora… temos mar e não temos praia. Tudo mudou muito de repente. Nada será igual…

 Espero que seja um mundo melhor a nos aguardar.

 Envio texto para o ROL.

 Grande abraço. Gratidão sempre. Fique com Deus.”

 Elza Francisco

Como resposta, fiz as seguintes colocações:

Bom dia, Elza!

Como todo mundo aqui também estamos confinados.

Esta pandemia parece que tem por objetivo unir os membros das famílias, numa tentativa de resgatar o passado sem TV e internet.

Todavia, nem forno a lenha temos mais para nos reunirmos em torno dele.

A tecnologia, cada dia mais avançada, nos tornou prisioneiros de nós mesmos. Desta forma, dentro de casa continuamos a navegar pela internet, ou pelo WhatsApp em particular. Ou seja, a nossa família, regra geral, é um grupo de pessoas que, reunidas, estão cada vez mais individualistas, mergulhadas em comunicações virtuais.

Curiosamente, o mundo se globalizou e diminuiu a distância das fronteiras nacionais e internacionais, mas a proximidade física e o inter-relacionamento cada vez mais ficam distantes, virtuais.

Por ironia, a palavra ‘virtual’ vem do Latim ‘virtus’, significando ‘virtude’ que é qualidade do que se conforma com o considerado correto e desejável. Sendo assim, os aficionados por ficção científica bem podem imaginar que o individualismo já está sendo e, consolidadamente, será o estado natural dos seres humanos daqui pra frente.

Entretanto, contra essa visão desesperadora temos de lembrar o famoso discurso de Charles Chaplin, no final do filme ‘O Grande Ditador’, quando afirma: “Vós nãos sois máquinas! Homens é que sois. E com o amor da humanidade em vossa alma”.

Portanto, minha querida amiga e poetisa, continue poetizando; continue aspergindo versos no terreno cada vez mais estéril das relações humanas.

A poesia é o melhor antivírus contra a pandemia da insensibilidade!

Um mega abraço de luz!

Sergio

*  No Jornal Cultural ROL, de acordo com o nosso Manual de Redação e Estilo, aportuguesamos algumas palavras da língua inglesa, como, por exemplo, e-meio (e-mail)  saite (site), relise (release) e eslaide (slide).

Sergio Diniz da Costa

Jornalculturalrol2@gmail.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sergio Diniz da Costa
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