A Comenda Maria Quitéria – Heroína da Pátria, visa homenagear a memória da HEROÍNA E MILITAR BRASILEIRA MARIA QUITÉRIA DE JESUS, Patronesse do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro
Decreto Acadêmico nº 0831.07/2020 – FEBACLA
Criação da Comenda Maria Quitéria – Heroína da Pátria
A Diretoria Executiva da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA), por proposição do seu Presidente, institui na data de 31 de agosto de 2020 a criação da COMENDA MARIA QUITÉRIA – HEROÍNA DA PÁTRIA.
A Comenda Maria Quitéria – Heroína da Pátria, visa homenagear a memória da HEROÍNA E MILITAR BRASILEIRA MARIA QUITÉRIA DE JESUS, nascida em 27 de julho de 1792 na Cidade de Feira de Santana/BA, Patronesse do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.
A COMENDA MARIA QUITÉRIA – HEROÍNA DA PÁTRIA será concedida aos Acadêmicos e Personalidades Civis e Militares de todo o país que tenham se destacado por suas ações meritórias, reconhecidas como abnegadas e de inestimável valor, àqueles que lutam pela defesa da Pátria e por um Brasil melhor.
A Comenda Maria Quitéria será concedida pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA) e consistirá na concessão de certificado e medalha com a imagem da Maria Quitéria.
A outorga da COMENDA MARIA QUITÉRIA – HEROÍNA DA PÁTRIA será realizada no II ENCONTRO NACIONAL DAS ACADEMIAS DE LETRAS, CIÊNCIAS E ARTES DO BRASIL E DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ACADÊMICOS DAS CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES – FEBACLA
A cerimônia será virtual através do aplicativo Google Meet
Direto de Feira de Santana/BA
Data: 31 de outubro de 2020 às 17h.
A escolha dos agraciados ocorrerá por meio dos nomes previamente indicados pelos coordenadores do encontro, mediante envio de um breve currículo contendo endereço completo e pagamento da taxa de chancelaria.
A HEROÍNA DA PÁTRIA
Maria Quitéria de Jesus (27 de julho de 1792 – 21 de agosto de 1853) foi a primeira mulher a fazer parte do Exército Brasileiro. Considerada a heroína da Independência, a baiana fingiu ser homem para poder entrar nas Forças Armadas.
A jovem Maria Quitéria juntou-se às tropas que lutavam contra os portugueses em 1822. Ela utilizou o nome de seu cunhado, ficando conhecida como soldado Medeiros, já que somente homens faziam parte do Exército.
Semanas depois de entrar para o Exército, Maria Quitéria teve sua identidade revelada. No entanto, o major Silva e Castro não permitiu que ela saísse das tropas, já que era importante para a luta contra os portugueses por sua facilidade com o manejo de armas e sua disciplina em batalha.
Vida Pessoal
Maria Quitéria nasceu em 1792, em uma fazenda localizada na então freguesia de São José de Itapororocas, local onde hoje fica a cidade de Feira de Santana, na Bahia.
Aos 10 anos, Maria Quitéria perdeu a mãe e ficou responsável por cuidar de suas irmãs. Seu pai casou-se mais duas vezes. A jovem teve uma relação conturbada com sua segunda madrasta, já que ela não aceitava o jeito independente de Quitéria.
Maria Quitéria não tinha formação escolar, mas era experiente na caça e na pesca, assim como no manejo de armas. Diferente das moças de sua época, ela era independente e contrariava os padrões da sociedade.
De soldado Medeiros a cadete Maria Quitéria
Em 1822, o Conselho Interino do Governo da Bahia passou a recrutar voluntários para as lutas de apoio à Independência. Maria Quitéria interessou-se pela proposta e pediu ao seu pai permissão para se alistar, mas foi proibida por ele.
Decidida a lutar pela Independência, Maria Quitéria contou com a ajuda de sua irmã, Tereza Maria, e seu cunhado, José Cordeiro de Medeiros. Ela pegou o uniforme do cunhado emprestado, cortou seus cabelos e apresentou-se como homem ao Exército.
Como soldado Medeiros, Quitéria juntou-se ao batalhão “Voluntários do Príncipe Dom Pedro”.
O pai de Maria Quitéria procurou o batalhão e contou que ela era mulher. Como ela já era reconhecida por seus esforços, disciplina e facilidade com as armas, o major não permitiu que ela fosse desligada do Exército.
Após adotar seu nome verdadeiro, Maria Quitéria trocou o uniforme masculino por saias e adereços. Sua coragem em ingressar em um meio masculino chamou a atenção de outras mulheres, as quais passaram a juntar-se às tropas e formaram um grupo comandado por Quitéria.
Quitéria participou de vários combates com o batalhão, entre os quais estiveram a defesa da Ilha da Maré, da Barra do Paraguaçu, de Itapuã e da Pituba.
Depois da declaração da Independência, as tropas portuguesas permaneceram combatendo no Brasil. Maria Quitéria, mais uma vez, destacou-se ao guerrear com as mulheres de seu grupo, na foz do rio Paraguaçu, na Bahia.
Com a derrota das tropas portuguesas, em julho de 1823, Maria Quitéria foi promovida a cadete e reconhecida como heroína da Independência. Dom Pedro I deu a ela o título de “Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”.
Fim da carreira militar
Após o fim das guerras pela Independência, Maria Quitéria decidiu retornar à região onde morava. Dom Pedro I escreveu uma carta ao pai dela reconhecendo sua importância para o Brasil e pedindo que ela fosse perdoada por fugir de casa.
Posteriormente, Maria Quitéria casou-se com o lavrador Gabriel Pereira de Brito. Ela teve uma filha, Luísa Maria da Conceição. Ao ficar viúva, Quitéria mudou-se para Feira de Santana para tentar receber parte da herança deixada por seu pai, em 1834, mas desistiu e foi para Salvador.
Foi em Salvador que Maria Quitéria faleceu, em 21 de agosto de 1853, no anonimato. Ela foi sepultada na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento no bairro de Nazaré, na capital baiana.
Homenagens
Maria Quitéria tornou-se símbolo da emancipação feminina e exemplo para mulheres de todo o país.
A heroína da Independência foi condecorada patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro. Em 1953, no aniversário de 100 anos de sua morte, o governo brasileiro decretou que seu retrato estivesse presente em todos as repartições e unidades do Exército.
Fonte: Lorraine Vilela. Maria Quitéria. https://brasilescola.uol.com.br/biografia/maria-quiteria.htm >. Acesso em: 02 set. 2020
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024